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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE BIG BROTHER

Neste breve texto buscamos relacionar alguns aspectos presentes no programa televisivo da Rede Globo “Big Brother”, que já está na décima edição, com a sociedade atual. No final, apresentamos uma sucinta proposta de formação humanística como viés de uma paulatina conscientização.

     No programa televisivo, o grande objetivo de cada participante é ganhar o jogo e com isso um bom dinheiro, uma proposta para posar nu e ficar famoso. Analisando o programa e a sociedade atual, parece que estamos convivendo com uma geração big brother. Na grande maioria as pessoas querem mesmo é vida boa, sucesso e dinheiro sem esforço e sem trabalho. Esquecem por completo a bela frase de Einstein “O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.

     Os mesmos critérios que a emissora de televisão utiliza para selecionar seus participantes, o indivíduo na sociedade se utiliza. Por exemplo: não há interesse para a emissora colocar um participante que não atinja um determinado índice de audiência. O brother do dia a dia elimina de seu círculo de convivência todas as pessoas que não satisfaz seus interesses imediatos, isso inclui a eliminação de valores como religião e família se acaso uma destas instituições vier atrapalhar seu sonho de brother.

     O brother de nossa sociedade vive constantemente em busca do prazer. O prazer está acima de tudo e de todos. Para se viver bem, deve-se evitar o sofrimento. Aliás, o brother atual não pode se deixar levar por sentimentalismos alheios. O que importa é o seu sucesso, não o bem estar do outro. Com isso, muitas pessoas, hoje, são marcadas por uma significativa frieza e insensibilidade. É mais fácil se comover com uma cena de novela, de um filme de ficção a ver todos os dias pessoas implorando por comida, pessoas mutiladas pela guerra. Chora-se diante da ficção em detrimento da realidade.

     No intuito de atingirem seus objetivos os brothers que convivem entre si, acabam tornando-se um obstáculo um para o outro. No programa televisivo, todo participante é um adversário, só ganhará o participante que conseguir permanecer na casa, aquele que conseguir eliminar todos os seus conviventes. Na sociedade, lamentavelmente não é diferente. Para conseguir uma ascensão profissional é preciso deixar colegas de trabalho para trás, ou seja, eliminá-los. O jovem para entrar em uma universidade precisa eliminar seus colegas no vestibular. A máxima de Paul Sartre, filósofo existencialista do século passado, está mais do que presente: “O outro é um verdadeiro inferno para mim”. Realmente, a presença do outro, aniquila, reduz, coisifica. Por isso, é preciso eliminá-lo.

     Diante desta realidade, urge uma conscientização, precisa-se urgentemente investir e fazer significativas mudanças no campo educacional, ou seja, ir além da mera formação superespecializada, fragmentada, que acaba formando indivíduos que sabem tudo de quase nada e que pensam apenas em seu bem-estar. Faz-se necessário uma formação mais humanística. Os educadores deveriam lembrar com mais frequência o grande objetivo da educação brasileira que é preparar os educandos para o exercício da cidadania e qualificar para o trabalho (Art. 205 da constituição brasileira). A cada ano que passa, a impressão que se tem, é que a educação está mais preocupada em formar para o trabalho, para o sucesso individualizado deixando para segundo plano a formação cidadã.
Portanto, a escola deveria ser capaz de formar pessoas competentes para as mais diversas áreas de trabalho, mas ao mesmo tempo formar cidadãos: éticos, justos, pessoas mais sensíveis ao mundo, críticas e solidárias. Para tanto, volto a insistir na ideia: precisamos nos humanizar, na sociedade atual precisamos ser mais irmãos e “menos brothers”.

Eleandro Carlos Rossatto,
Filósofo e Educador de Ciências Humanas no ProJovem Urbano de São Leopoldo.
Endereço eletrônico: elerossatto@hotmail.com

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