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terça-feira, 17 de maio de 2011

DECLARAR E ACLAMAR UM SANTO


A notícia de que Bento XVI declarará beato seu antecessor João Paulo II merece reflexão. É uma prática do catolicismo e um direito do Papa. A quase totalidade dos católicos lhe dá este direito. Aceitamos sua liderança. Pode ser que, aos olhos de muitos católicos, João Paulo II devesse esperar, mas milhões acham sua vida, seu testemunho e seus sofrimentos suficientes para que o incluam entre os exemplos a serem seguidos. Ele amou e testemunhou Jesus e viveu heroicamente a sua fé. Não há santos perfeitos neste mundo, mas ele e outros candidatos como Irmã Dulce viveram a fé com maior perfeição do que a nossa. Declaremos e proclamemos. Jesus fez e continua fazendo novos santos.

Os católicos privadamente proclamam alguém santo, ou santa quando percebem valores cristãos elevados nesta pessoa. Oficialmente, porém, alguém é declarado santo ou santa quando sua vida foi toda voltada para Deus e para o próximo. Como se trata de assunto estritamente católico, uma vez que outras igrejas também proclamam a santidade ou vida santa de seus fundadores e fiéis mais ilustres, mas os cultuam de outra forma, vale a pena entender o porquê destas beatificações ou canonizações.
No fundo tudo pode ser resumido nas frases: Deus é glorificado nos seus santos. Foi herói ou heroína da caridade. Deu a vida pelos outros e viveu pelo reino de Deus.
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. (Mt 5, 48)
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; (I Pd 1, 15)
Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus. (Lev 20, 7)
Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos. (Lev 21, 6)
Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo com todos os seus santos. (I Ts 3, 13)
De certa forma o primeiro santo canonizado foi João Batista a quem Jesus declarou santo. Segundo está nos evangelhos, o próprio Jesus deu o critério para o que a Igreja passou a fazer:  Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida pelo bem dos outros  (Jo 15,13).
Mas nem todos os declarados e aclamados foram imediatamente aceitos pela Igreja. Em alguns casos levou tempo. Houve casos que esperaram 400 anos até serem  proclamados e declarados santos, isto é: cristãos sancionados, provados  e selados como sinais do Reino. Sanctus, santo, vem de sancire, sancionar…Deus e a Igreja assinariam em baixo desta vida!
Houve casos quase imediatos. Muitos mártires e Francisco de Assis, por exemplo, em menos de um ano foram canonizados. Entraram no cânone dos bem-aventurados que a Igreja aposta que estão salvos e no céu. Ultimamente, José Escrivá, o Fundador da Opus Dei, levou 27 anos. Dom Romero já leva mais de 40 anos em processo e, no entanto, ele morreu pela libertação do seu povo que morria sob uma cruel ditadura.
Tereza de Calcutá levou menos de dez, João XXIII menos de 50, João Paulo II menos de 7, Irmã Dulce menos de 15 anos após a morte. Em alguns casos, a Igreja ouviu a aclamação dos fiéis ou de um grupo de fiéis; em outros, não ouviu e até chegou a tirar da lista de proclamáveis e declaráveis algum candidato sobre quem se lançaram dúvidas pelo que teriam dito e escrito.
É critério da Igreja e não cabe a nenhum grupo querer impor o seu candidato ao reconhecimento de toda a Igreja. E daí? Seu candidato não foi declarado, o que não significa que não tenha levado vida santa.  A Igreja não se opõe ao fato de seus fiéis admirarem algum católico que viveu vida heróica. Poderemos pedir a prece de nossos pais e de nossos irmãos de vida santa, desde que não o façamos contra a proposta da Igreja.
Dizer que alguém não será proclamado beato não é o mesmo que dizer que ele não se salvou, que não está no céu ou que sua vida não foi santa. Significa apenas que a Igreja não o proclamará modelo em tudo. Muitos dos santos que admiramos nem sempre escreveram ou disseram coisas hoje aceitas pelos católicos. Estão aí os livros para provar que a Igreja não concorda com eles em tudo. A Igreja mudou muitos conceitos e muitas de suas práticas e hoje, quem dissesse o que eles disseram ou fizesse o que eles fizeram não seria aprovado como modelo de ética cristã. Mas foram vistos como pessoas totalmente dedicadas ao Reino.
Como não há santo sem escorregão e nenhum santo é perfeito e sábio em tudo, a Igreja tem o direito de decidir quem deve ser venerado oficialmente e quem deve esperar. Haverá sempre algum questionamento, mas há que se respeitar a voz do povo e a voz da liderança. Somos produtos de um tempo e os santos viveram outras épocas e outras situações de conflito.
Os irmãos de outras igrejas que cultivem seus heróis do seu jeito. Respeitamos. Mas não nos acusem de adorar os santos! Esta calúnia não admitiremos. Só adoramos a Deus, mas nunca deixaremos de proclamar que ele é bendito pelos santos que nos deu. É bíblico, é teológico e nobre. Gratidão também é sinal de santidade!


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por
Padre Zezinho, SCJ


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