FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

QUANDO CONHECEMOS O PROXIMO


Ei.. Você! Poderia me dar uma informação?

- Sim!

- Sabes se é por aqui o caminho que segue para Gramado?

- Sim eu sei! Mas primeiro quero que saiba uma coisa!

- Surpreso respondo: Opa! O que seria?

- Quero que saiba o meu nome, muito prazer eu sou o "João"!

- Com muita vergonha respondo: Ola, Muito prazer João!

- Bem agora que sabe quem sou, vou te dizer o caminho que deves seguir para Gramado...

Esta foi uma lição que recebi em um breve dialogo sem pretensão com um senhor de idade avançada, aparentando cerca de 90 anos, que residia em uma estrada de terra situada em uma cidade do interior do RS. Ele com a maior gentileza me ensinou algo revelador e precioso sobre mim, com apenas uma resposta. Creio que realmente foi uma resposta sem intenção, e sim um impulso empático, resultado de sua experiente sabedoria e grande simpatia. Com uma simples frase ele mostrou-me a forma superficial a qual nós costumeiramente nos utilizamos uns dos outros.

Enquanto eu seguía para gramado cruzando por são José dos Ausentes, fui assombrado por aquele breve e revelador encontro, onde percebi que estamos acostumados com a síndrome da "solidão em grupo", onde cruzamos por pessoas, mas não as percebemos. Fui conduzido a analisar a força deste espírito, que posso chamar de "Espírito capitalista" onde valorizamos as pessoas não por sua identidade, e sim por sua produção, não buscamos conhecer e sim obter, não queremos relacionamentos, sim contratos de compra e venda.

Este espírito capitalista ronda nossa sociedade a manipulando, tornando todos os sentimentos que cercam os seres humanos, em apenas objetos de compra e venda. O “espírito capitalista” não ama o individuo, ele ama sim o advogado, o médico, ou o administrador. Para este espírito Somos apenas meros “objetos” e não ” indivíduos”. Passamos a analisar as pessoas pelo bem ou prazer possível que possam nos produzir deixando de lado a responsabilidade do amar o próximo como a nós mesmos.

Este mesmo sentimento, influencia diretamente a igreja contemporânea, e para entender é só ter uma breve percepção realista da forma como o evangelho tem se posicionado nestes últimos anos. O resultado concreto que vemos é uma avalanche de Igrejas de teor triunfalista, onde o sinônimo de benção é definido pelo que possuímos, ou por seus números produzidos, onde na verdade a benção virou Cifras.

Não queremos mais perceber as pessoas ao derredor, muito menos saber os seus nomes ou problemas, é uma distancia proposta pelo “espírito capitalista”, é confortável, e nos livra da responsabilidade do compartir para integrar.

Se pensarmos, quantos “Joões e Marias” cruzam por nosso caminho todos os dias e não notamos, perceberá que fazemos uso constante desta insensibilidade gerada por este sentimento parasita que nos assedia. Quantas vezes nós buscamos pessoas apenas por algum interesse comum ou beneficio ao qual elas nos propõem? Quantas vezes não nos sentimos usados por pessoas que eram originalmente perfeitos representantes deste “espírito capitalista”? Por uma questão de sobrevivência precisamos urgentemente desincorporar esta teologia, onde se excluí um simples “Muito prazer”, substituindo por um “o que pode me oferecer?”.

Com urgência, temos de trocar nossas influencias e leituras, pois se percebermos grande maioria dos livros evangélicos é de origem norte-americana, onde seguramente podemos afirmar que grandes parcelas destas teologias propostas são resultado de uma cultura religiosa que é diretamente influenciada por um pensamento de consumo.

Assim como os EUA é o berço do capitalismo no mundo, grande maioria dos seus teólogos são resultados desta sociedade de consumo. Precisamos ter maior atenção ao que estamos consumindo como informação pratica e influência para nossas liturgias, pois estas futuramente irão formar nossas percepções da vida, e religião.

Precisamos valorizar mais o “ser - humano” ressuscitando em nossas comunidades a vida comunitária, e com isso valorizando a vida cristã na Práxis, não somente a nominalidade. Abandonemos as hipocrisias e sejamos mais amigos ,empáticos e despretensiosos, batalhando por substituir o “o que pode me oferecer?” Por um “muito Prazer!” Paz e bem

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