FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

segunda-feira, 23 de março de 2009

SENHOR EU NÃO SOU DIGNO


O Dicionário diz que digno é alguém merecedor, honrado, capaz, confiável, apto, apropriado, adequado, etc. Não repetiria algo que o leitor certamente já sabe, não fossem tantos os sinônimos para uma única palavra. Além deles, há os derivativos, tais como dignidade, dignificado, dignitário, digníssimo. Aqui entra a questão, ou seja, seríamos merecedores desses títulos e do uso dessa palavra?
Coloco-a num confronto com a relação não social, nem pessoal ou profissional, mas com sua essência humana, a dignidade da vida. Todo ser humano possui direito a uma vida digna. Todo filho de Deus merece respeito.
Vai daí que o conceito de dignidade oscila de pessoa para pessoa, dança conforme a música, pois acima do respeito e da prática está o individualismo e seus interesses pessoais. Há muitos digníssimos senhores sem dignidade alguma. Há certos apropriados que só sabem apropriar-se. Capacitados por falsos diplomas ou méritos pessoais sem mérito algum, que vivem de aparências, incapacitados em plenitude, sem os dons que pensam ou dizem merecer... E assim por diante.
Conhecemos bem essas situações. Autoridades sem unção, profissionais de fachada, doutores por vaidade, médicos que nada curam, pastores do rebanho de suas reses (nunca de suas rezas), padres por acaso... Nenhuma categoria profissional ou social se safa desses usurpadores, que desonram a classe à qual pertencem.
Por outro lado, há os verdadeiros merecedores. Curiosamente, a maioria destes se acha indigna, porque para eles a perfeição é uma busca constante, sem fronteiras, sem limites. Não aceitam elogios. Não se ufanam do que fazem. Não se cansam de aprimorar seus feitos, buscar mais e mais conhecimentos, novos procedimentos, novas condutas. Citá-los agora seria incorrer numa injustiça, pois incontáveis são seus nomes. Um desses certamente você conhece bem. Fica, pois, ao seu critério a escolha desses exemplos. É sempre salutar nos alimentarmos com referenciais construtivos, mais ainda quando são capazes de nortear nossas vidas, nossas condutas.
Algo ainda me incomoda nesta reflexão. Por onde anda nossa dignidade diante de Deus? Não voltarei ao negativismo puro e simples, pois que tal visão nada constrói. Apenas questiono, já que são raros esses momentos de auto análise, busca de novos rumos. A Bíblia – nosso dicionário – nos fala poeticamente desses questionamentos humanos. “Senhor, vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos, quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos...” (Sl 138, 1-3). Seria interessante se você pude ler esse salmo em sua totalidade. Mas o essencial está dito: Deus nos conhece por dentro e por fora. E nos quer dignos diante dele.
Porém, não temos o hábito de parar por um momento, nos confrontarmos, sentir sua presença, escutar suas palavras, praticar seus ensinamentos, buscar a perfeição através da observância de suas leis. Dizem os Evangelhos que certo centurião romano, rico, influente em sua comunidade, respeitado por todos, foi atraído pela mensagem do Cristo. Vendo seus milagres, não pediu para si, mas para um servo doente, que muito sofria. Pensou primeiro no outro, externando sua solidariedade humana, sua própria dignidade. Deixou-nos uma grande lição de humildade, que hoje repetimos na perspectiva da comunhão eucarística: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mt, 8,8).
Donde lhe veio tamanha humildade diante dos poderes divinos de Jesus? Diante de Deus somos realmente indignos. Mesmo assim Ele nos oferece a cura, perdoando-nos sempre e nos reabilitando com sua graça e poder. Isso nos basta. A graça e o poder de Deus é que nos fazem dignos de qualquer título, até de cristãos.

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