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ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O SALARIO DOS PADRES

Por que os padres precisam de salário, sendo que muitos atuam em diversas áreas como educação, etc., ou seja, ganham “por fora”? Se um pai de família vive com R$ 800,00, por que um padre precisa de, por exemplo, R$ 1.500,00? Sabemos que o padre vive da Igreja e que cada trabalhador é digno do seu salário, mas, para um padre, acho um pouco alto. Com todo o respeito aos nossos padres, por que precisam desse valor? (Wagner Souza – por e-mail) Questões como essa não têm uma resposta única, nem óbvia. Cada caso é um caso, e muitos fatores precisam ser levados em consideração. É melhor evitar fazer comparações simplistas, tipo “um pai de família vive com R$ 800,00”. É claro que, quando não há outro jeito, cada um se adapta ao possível. Mas, se esse pai de família tivesse uma renda maior, poderia certamente proporcionar à sua família uma vida mais confortável, melhores condições de moradia, de alimentação e de estudo para os filhos, e ninguém pensaria em considerar tais gastos excessivos, ao contrário. Ninguém é “culpado” por viver dignamente, só porque há quem não tenha as mesmas oportunidades. Da mesma forma, o fato de que um padre “poderia” levar uma vida mais frugal (e são muitos os que de fato a levam, vivendo com bem menos de R$ 800,00!), não é motivo para negar-lhes o acesso a um conforto maior, quando há essa possibilidade. É muito difícil determinar de quanto alguém “precisa” exatamente, pois nossas necessidades são pautadas pelas possibilidades. Alguém pode achar que “precisa” de um carro para ir trabalhar, enquanto outra pessoa pode achar normal caminhar 10 km todos os dias, sob chuva ou sol... A esposa do governador pode “precisar” de um vestido elegante para acompanhar o marido em uma cerimônia oficial, enquanto outras mulheres vivem felizes com roupas simples e nenhuma cerimônia. Quem terá razão? Teremos o direito de chamar de egoístas todas as mulheres que compram vestidos, ou todos os proprietários de veículos? As coisas não são tão simples... O Direito Canônico estabelece que “os clérigos, na medida em que se dedicam ao ministério eclesiástico, merecem uma remuneração condizente com a sua condição, levando-se em conta seja a natureza do próprio ofício, sejam as condições de lugar e tempo, de modo que com ela possam prover às necessidades de sua vida e também à justa retribuição daqueles de cujo serviço necessitam” (cânon 281). Cabe a cada Bispo determinar, dentro da realidade de cada Diocese, o valor da remuneração devida a seus padres, que geralmente fica entre 2 e 5 salários mínimos. Essa remuneração provém das receitas da paróquia, e por isso, como muitas paróquias são pobres ou passam por dificuldades, o mais freqüente é o pároco não conseguir receber integralmente a parte que, em teoria, lhe cabe. Com esse “salário” ele precisa prover a todas as suas despesas pessoais: comida, roupas, remédios, livros... E é justo também que ele queira, de vez em quando, fazer um passeio ou dar um presente a um amigo. Entre os padres que atuam como professores, muito poucos são também párocos. Além disso, como todo mundo sabe, o salário dos professores está longe de compensar todo o trabalho e dedicação exigidos por essa profissão... O cânon 282 recomenda que “os clérigos levem vida simples e se abstenham de tudo o que denote vaidade”. Mas é o bom senso e a consciência de cada um que vai definir, em cada caso, o que significa isso. Se a paróquia e a diocese têm condições, não há por que impedir que o padre tenha um bom carro, uma boa casa e os recursos da moderna tecnologia, até para facilitar o bom desempenho de seu ministério a serviço da comunidade. Mas isso é diferente de comprar o carro mais caro, cheio de acessórios desnecessários, ou uma mansão hollywoodiana... Cabe a cada um vigiar sua própria consciência, com a orientação do seu bispo e em espírito fraterno com os demais presbíteros, sem esquecer de prestar contas à sua comunidade. De acordo com o parágrafo 2 do mesmo cânon 282, se o padre tiver mais bens do que necessita para assegurar o próprio sustento e cumprir com todas as suas obrigações, deve utilizá-los “para o bem da Igreja e para as obras de caridade”. Isso pode incluir os eventuais ganhos “por fora” a que o leitor se refere, ou doações, presentes, etc. Mas o mais provável, como já vimos, é que tais ganhos “por fora” sejam bem menos significativos do que se poderia pensar. É possível que um ou outro padre caia, por vezes, na tentação da vaidade, ostentando bens efetivamente supérfluos. Ainda assim, geralmente são bens de serviço, empregados no desempenho de suas funções (como o carro), e não em proveito próprio. Se seu orçamento permite tais despesas, não cabe a nós fazer julgamentos nesse sentido... E, de qualquer forma, são muitíssimo mais numerosos os padres que, sem disso fazer alarde, privam-se até mesmo do justo e necessário, gastando-se literalmente em favor de sua comunidade... Por que ficar procurando motivos de crítica, quando temos ao nosso redor tantos testemunhos de heroísmo e santidade?


Última Alteração: 15:42:00
Fonte: Margarida Hulshof Local:Holambra (SP)

Um comentário:

Anônimo disse...

BOA NOITE. FICO FELIZ EM PODER CONTRIBUIR COM MEU COMENTÁRIO. QUERO DIZER QUE CONCORDO PLENAMENTE COM O QUE FOI EXPLICADO NO COMENTÁRIO ACIMA. PARABÉNS AO AUTOR.