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terça-feira, 25 de novembro de 2008

A IMPORTANCIA DE TOMAZ DE AQUINO.



Tomás de Aquino, com rara sabedoria, ensinou que , por ser racional, o homem conhece a lei natural, ou seja, está plenamente capacitado para saber que “se deve fazer o bem e evitar o mal”. Trata-se da participação da lei eterna pelo homem dotado de inteligência. A lei eterna outra coisa não é senão o plano racional de Deus, isto é, a ordem existente no universo todo. Por esta lei dirige tudo para o seu fim específico. Além desta lei eterna e da lei natural, Tomás fala da lei humana, ou seja, jurídica. São normas feitas pelos homens para impedir que se pratique o mal. É a ordem promulgada por quem tem a responsabilidade pela comunidade. Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino considera o Estado como uma necessidade natural. É que o homem é um ser social e precisa de orientações para viver em sociedade. Entretanto, Tomás de Aquino deixa claro que as leis humanas não podem contradizer a lei natural. Aliás, no pensamento dele as normas do direito positivo existem para que os que são propensos aos vícios e neles se obstinam sejam persuadidos, a bem da ordem pública, a evitar tais desvios. Insiste Tomás na função pedagógica das leis humanas e nas sanções que podem e devem incluir. O objetivo é a convivência pacífica entre os homens. Tomás de Aquino repensou Aristóteles, o grande filósofo grego do século V antes de Cristo. Deu diretrizes novas ao pensamento de Platão, outro grande filósofo daquele século. Deus é para Tomás o Criador de tudo, noção não atingida pela filosofia grega. O dualismo inexplicável entre o mundo ideal e o mundo fenomenal, entre Deus e a matéria foi inteiramente superado por Tomás de Aquino. A ética de Aristóteles é sem obrigação e sem sanção, mas não assim a moral exposta pelo Aquinate. Na lógica, parte da filosofia que trata da lei do raciocínio correto, Tomás de Aquino expôs e comentou os ensinamentos de Aristóteles, dado que a lógica aristotélica é perfeita. O filósofo grego foi o pioneiro que investigou cientificamente as leis do pensamento e as formulou com exatidão. Kant, filósofo alemão, afirmou que os filósofos posteriores nada acrescentaram ao que Aristóteles ensinou neste aspecto da filosofia. Entretanto, a teodicéia de Aristóteles, ou seja, a parte que trata de Deus, é incomparavelmente inferior à de Tomás de Aquino. Como Aristóteles, porém, Tomás de Aquino na política, acertadamente, ensina que a bondade de um governo, sua eficiência, não dependem de sua forma, mas da honestidade, da competência com que se dedica ao bem comum, ao bem estar dos cidadãos. Seja monarquia, república ou outra forma qualquer, melhor será, concretamente, a que mais se ajustar às necessidades do povo. Leão XIII que foi considerado o papa dos operários escreveu uma encíclica, isto é, uma carta circular, solene, sobre a filosofia, em 1879. Neste documento a figura de Tomás de Aquino é objeto de especiais considerações. Diz o texto que Tomás de Aquino foi quem com maior perfeição uniu a inteligência, a razão, à fé. Fala na excelência e perfeição da doutrina tomista. A confirmação desta importância é atestada pelo valor em si do que ele ensinou, pelos aplausos das Academias e Escolas e até pelos que não são católicos. Odilon Moura deste modo resumiu o plano da referida encíclica: “Há necessidade de se instaurar uma Filosofia que harmonize a razão com a fé, para implantação da ordem na sociedade (números 1-20); ora, a Filosofia de Tomás é a que melhor atende aos requisitos para a harmonia entre a razão e a fé (números 21-27); logo, deve ser instaurada a Filosofia de Santo Tomás (números 28-37)”. Um dos trechos mais expressivos da referida encíclica é este: “Entre todos os doutores escolásticos, brilha como astro fulgurante, e como príncipe e mestre de todos Tomás de Aquino, o qual, como observa o Cardeal Caetano, “por ter venerado profundamente os santos doutores que o precederam, herdou, de certo modo, a inteligência de todos”. O termo escolástica empregado acima significa filosofia ensinada nas escolas medievais do Ocidente Europeu. Diz ainda Leão XIII: “Tomás reuniu suas doutrinas, como membros dispersos de um mesmo corpo; reuniu-as, classificou-as com admirável ordem, e de tal modo as enriqueceu, que tem sido considerado, com razão, como o próprio defensor e a honra da Igreja”. Este trecho a seguir retrata admiravelmente quem foi Tomás de Aquino: “De espírito dócil e penetrante, de fácil e segura memória, de perfeita pureza de costumes, levado unicamente pelo amor da verdade, cheio de ciência divina e humana, justamente comparado com o sol, aqueceu a terra com a irradiação de suas virtudes e encheu-a com o resplendor de sua doutrina. Quem se interessa por obter outras análises de Leão XIII sobre Tomás de Aquino encontra nesta encíclica inúmeras outras considerações que mostram a importância deste filósofo extraordinário. * Professor no Seminário de Mariana - MG

Última Alteração: 12:59:00
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)

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