FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A tua graça me basta !


A lei e a graça são diferentes em todos os aspectos. A lei condena, a graça absolve. A lei aponta o pecado, a graça, que é representada pela pessoa de Jesus Cristo, liberta o homem dos seus pecados. A lei condena o melhor homem, a graça salva o pior homem. Jesus não veio para condenar, Ele veio para salvar, (João 3.17). Jesus veio a este mundo para nos livrar da maldição da lei, (Gálatas 3.13). CRISTO NOS REDIMIU DA MALDIÇÃO DA LEI, FAZENDO-SE MALDIÇÃO POR NÓS. Não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça. Não somos escravos, mas somos livres. A Bíblia diz: "Conhecereis a verdade e a verdade vo libertará". (João 8.32). A lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jeus Cristo, (João 1,17). Se a lei tivesse poder para salvar o homem não seria necessário Jesus vir a este mundo, padecer e morrer por nós. Portanto, devemos louvar a Deus pela vida que recebemos através da graça. Paulo escrevendo a Tito afirmou: "Porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens, (Tito 2.11). A salvação só pode ser conseguida através da graça de Deus. O propósito da lei é revelar o pecado, (Romanos 3.20). Ela mostra a impossibilidade do homem e revela a necessidade de um Salvador e Redentor. Em outras palavras: ela nos conduz a Cristo, (Gálatas 3.24). Cristo é o fim da lei, (Romanos 10.4). O mal dos judeus, e dos legalistas modernos, é que eles tem a lei como meio de salvação, e esta não é a função da lei. A lei que os conduzia chegou ao fim da viagem e de seus propósitos, mas eles permaneceram a bordo. A lei não é um sistema de fé, mas de obras. Os fiéis do Antigo Testamento foram salvos pela graça e não pela lei. Jesus veio cumprir a lei, (Mateus 5.17). A parte moral da lei é eterna e universal. A parte pactual, entre Deus e Israel, era transitória e foi abolida por Cristo no Calvário, (Colossenses 2 de 14 a 17). Aquele que quiser se justificar pela lei caiu da graça e está expondo Jesus ao vitupério (humilhação pública). Vamos falar agora dos propósitos da graça. A lei condena o melhor homem, a graça salva o pior. (Lucas 23.43). A lei fala da vontade de Deus, a graça fala da bondade de Deus. A lei não pode aperfeiçoar coisa alguma , Jesus, por sua graça, sim. A lei é baseada em obras, a graça é baseada na fé. (Efésios 2.8). Irmãos, o que seria de nós se Jeus não tivesse vindo a este mundo? Aqui Ele enfrentou os fariseus, os saduceus, os escribas e os polítios da época e todos os demais que estavam firmados nas obras da lei. Jesus foi perseguido, mas não se acovardou diante dos poderosos de sua época. Muitas vezes Ele foi acusado de violar a lei pelo fato de trabalhar no dia de sábado. Certa vez, ao ser acusado pelos judeus, Ele afirmou: "Meu Pai trabalha até agora e eu também trabalho", (João 5.17). Diante desta afirmação os judeus mais ainda o perseguiam e queriam mata-lo, porque não somente violava o sábado, mas também porque dizia que Deus era o seu próprio Pai, igualando-se a Deus. Jesus foi condenado pelos religiosos e pelos políticos de sua época. Porém, graças ao seu sofrimento e á sua morte, hoje podemos gozar a salvação que nos foi dada graciosamente através do seu sacrificio. Somos salvos pela graça mediante a fé, e não pelas obras da lei como escreveu Paulo aos Efésios 2. 8 e 9. Louvemos a Deus pela sua maravilhosa graça que nos veio através de Cristo, e não pelas obras da lei. Paz e bem

O espírito, a índole cristã


Vocês não sabem e que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio destruir a vida dos homens, mas para salvá-los. (Lc 9.55) Jesus disse isso porque dois de seus discípulos, diante da recusa dos samaritanos em permitir que Jesus pernoitasse em sua aldeia, falaram que, se Jesus quisesse, eles pediriam para que fogo do céu descesse e consumisse aquela comunidade. (Lc 9.51- 54) Jesus comunicou-lhes que tal desejo não se coadunava com o espírito de que agora eram. E de que espírito são os alunos de Cristo? Somos portadores de um espírito desarmado, temos uma nova índole, que não contempla nenhum ato de violência, sob qualquer forma, à pessoa humana. O protagonista principal do filme estadunidense “Ben Hur”, de 1959, baseado no romance épico, homônimo, de Lew Wallace, ambientado no tempo de Jesus, numa das cenas, diz que as palavras que ouvira de Jesus tiraram a espada de suas mãos. Essas palavras do personagem encerram o cerne da questão: Jesus Cristo desarma a gente. É uma ação profunda, que nos leva a compreender que, a começar da motivação e desejo, passando pelos sentimentos, pelos pensamentos, pelas palavras e, finalmente, pelos atos, nada justifica abrigar ou praticar qualquer agressão à pessoa humana. Abrigar ou praticar a violência é roubar do outro o valor a que faz jus. Na fé cristã somos estimulados a, sempre, reconhecer e emprestar valor ao outro. Na fé cristã o marido, como sacerdote do lar, sacrifica-se pela esposa para que ela se realize como pessoa. A esposa, por sua vez, respeita profundamente ao seu marido, conferindo-lhe a liderança do lar, e sustentando essa liderança diante de todos. É nessa disposição que fraquezas são compensadas e acordos celebrados. Na fé cristã os filhos simplesmente obedecem aos pais, e os pais simplesmente são justos com os filhos. Na fé cristã todos os relacionamentos são pautados pelo amor, que, fruto do Espírito, que em nós habita, busca, através do perdão, que resolve os problemas emocionais, e da palavra branda, estabelecer a paz e promover a justiça, sem jamais considerar a possibilidade do ataque à pessoa. Nada é mais estranho ao espírito cristão que o desrespeito, a virulência verbal, o ataque moral, e a falácia contra o homem. Há quem busque na purificação do templo, episódio em que Jesus expulsa os cambistas, o contraponto a esse ensino, mas, Mc 11.11 diz que quando Jesus entrou em Jerusalém, foi ao templo, observou tudo e foi para Betânia, e, no dia seguinte, conscientemente, sem lhes dirigir palavra ou agredi-los, expulsou aos cambistas, ao derrubar o patrimônio espúrio, pondo fim ao comércio abusivo. Jesus cumpriu a Bíblia, que não reconhece ao ser humano o direito de amealhar patrimônio por meio da injustiça, pelo contrário, considera tal acúmulo como violência contra a humanidade (Is 5.8), e foi isso que Jesus pôs por terra, e sobre isso a todos ensinou (Mc 11.17), pois, para terem aquele comércio, usavam o átrio dos gentios, lhes impedindo, assim, de cultuarem ao Eterno. Foi essa a lógica que Jesus usou quando permitiu que os demônios, que escravizavam ao homem de Gadara, fossem para porcos, cuja criação era proibida pela lei de Deus. Escolheu salvar o homem em detrimento do patrimônio ilícito. A índole, o espírito cristão, é forte nos seus valores e sólido em seus compromissos, mas, sempre respeitoso. O cristão sabe de que espírito é. _________ Ariovaldo Ramos é escritor, articulista e conferencista sobre a missão da igreja.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Navegar é Preciso, não fique ancorado.


Um novo ano se aproxima e com ele a esperança de dias melhores, de sonhos realizados, projetos alcançados, enfim, de um novo tempo mais feliz. Diante de tantas expectativas, me pego refletindo sobre a aproximação desse novo ano que pode vir repleto de possibilidades e significados, mas que, ao final, também pode apresentar-se insignificante e estéril, caso não aproveitemos a oportunidade de sua chegada para produzirmos ações que gerem transformações. Durante o ano que passou, ouvi tantos relatos de sonhos que não foram alcançados, projetos que não saíram do papel ou nem mesmo a ele chegaram, pois não lhes foi permitido, sequer, escaparem do coração. Ouvi e sofri. Compartilhei a dor da frustração e do desânimo sentidos por aqueles que, em sua maioria, limitaram-se a desejar e expressar seu desejo, sem conseguir compreender a essencialidade de ir além das palavras, adentrandono campo da ação – campo que eu chamo Mais que Palavras.Acredito que somente nele podemos produzire experimentar o saboroso fruto da realização. Por inúmeras e repetidas vezes fiz ecoar, através da canção ou da explanação, o meu grito de alerta: “Saia de sua zona de conforto!O quanto você realmente quer? Aja! Não haverá colheita sem plantio. As redes permanecerão vazias se não forem lançadas ao mar. Como você vai alcançar o alvo se não se dispuser a caminhar em sua direção?” Não sei se alcancei ouvidos atentos, corações férteis. Espero que sim. Mas, ainda que não os tenha alcançado, ou, pelo menos, não tanto quanto gostaria, recusei-me a permanecer paralisado em minha zona de conforto, tão somente ouvindo, sonhando e desejando agir. Na realidade, quanto mais reflito mais convicto estou de que é preciso romper o comodismo que nos mantém paralisados e exercitamo-nos no difícil e árduo campo da ação. É preciso! Talvez por isso, quando quis explicar a nossa criação em Cristo Jesus, o apóstolo Paulo nos remeteu à realização de obras, na verdade não apenas obras, mas boas obras, “as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Ef 2.10, grifo nosso). Não compreenderemos a razão de nossa criação e a dádiva da chegada de mais um ano se nos acomodarmos diante do imperativo de praticar, praticar boas obras. Entretanto, não as praticaremos se não ousarmos sair de nossa zona de conforto, se não ousarmos ir além das palavras. Que em 2013, falemos menos e ajamos mais! Que em 2013, cheios de coragem e ousadia, rompamos com os grilhões que nos prendem em nossa árida e infértil zona de conforto! Que em 2013, livres, esforcemo-nos e pratiquemos as boas obras para as quais fomos criados! Amém!

Uma Questão de obediência.


Pais, lideres espirituais e governantes, são autoridades constituídas por Deus. Esse principio de governo é bíblico e inegociável. Você pode odiar esse principio, você pode cuspir nesse principio. Pode quebrar, tripudiar, zombar, ridicularizar esse principio por toda a tua vida. Pode até negá-lo e rechaçá-lo, mas mesmo assim continuará sendo um principio estabelecido por Deus. Há bençãos especiais garantidas na Palavra para aqueles que se submetem a cada uma dessas autoridades. O contrário também é verdadeiro.Honrar os pais, líderes espirituais e governadores, pode parecer um simples ato de civismo, porém no mundo espiritual revela submissão a soberania divina. Quebrar esse principio é mais que um ato de vandalismo, é o mesmo principio de rebelião luciferiana. Acha que estou exagerando? Olhe em tua volta e tente negar o estrago que a rebeldia dessa geração está causando. Não há respeito por educadores, pais, autoridades militares e isso já entrou para dentro da "igreja". O quadro é desesperador. A sociedade está de costas para o principio de autoridade estabelecida por Deus. O caus pode ser visto e sentido nas ruas, dentro das escolas, lares e igrejas. Aos Ministros de Deus que ainda estão em pé pela graça, mesmo vivendo na geração dos "comichões nos ouvidos", meus cumprimentos. Aos pais que procuram ensinar esse principio aos filhos, meu cumprimentos. Aos que governam, que Deus tenha misericórdia. Concluo essa reflexão com três textos bíblicos que tratam diretamente dos efeitos da obediência ou não desse principio. PAIS " Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra." Ef 6.1-3 LIDERES ESPIRITUAIS "Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." Hb 13.17 GOVERNANTES "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação." Rm 13.1-2 Paz e bem

Armas no quarto do bebê


Desde Descartes e Kant imaginou-se a construção de um planeta novo, ao estilo do Ocidente, ignorando três quartos do planeta não cristão, e exaltou-se até às estrelas a sapiência humana. A história, entretanto, continuamente desfaz essa imagem magnificadora da “razão”, e do conhecimento. Machado de Assis já dizia: “Tem razão quem tem o chicote na mão...” Hoje, professores fazem curso de tiro e buscam certificados para portar armamentos e intimidar seus alunos. O debate sobre as armas de fogo nos Estados Unidos deu uma guinada com a decisão de dezenas de professores de fazer aulas de tiro, depois que outro jovem, em Newtown, Connecticut, pegou as armas da família e matou 27 crianças e adultos e, em seguida, suicidou-se. Seria diferente, se fossem os professores seus matadores? A duras penas, mesmo a contragosto, urge admitir que somos humanos. O ser-humano, homem/mulher, é supercomplexo. Comparece na história como “homo sapiens”, mas somos mais conhecidos como “homo demens”, disse Edgar Morin. Há duzentos mil anos, já falante, o ser humano fazia das suas. Societário e trabalhador, desde quarenta mil anos atrás, já inventava a posse privada e a escravidão, das quais nunca nos livramos. Em “Uma Odisseia no Espaço”, Stanley Kubrich mostra a era em que homens primitivos descobriram o uso da arma para matar e garantir a propriedade particular. Quando descobriremos que também somos portadores de afeto, cuidado, solidariedade, tolerância, inteligência, criatividade, arte, poesia e êxtase diante da beleza e compromisso com a vida? No lapso otimista do gênero ocuparíamos todo o Planeta, já sairíamos dele voando e rumando para o céu infinito em naves espaciais. Mas nossas contradições fazem-nos morder a língua toda vez que exaltamos essas qualidades humanas, já pensando em exterminar criaturas de outros planetas, se houverem. Não basta o que já fizemos com o Novo Mundo, no holocausto das civilizações pré-colombianas? Lembrando Duns Scotus, na Idade Média: "o homem tem a vocação do infinito". Mas adotamos a violência e o privatismo capitalista, e nos comprometemos com os assassinos de crianças, consentindo e entregando-nos naturalmente ao abreviamento de suas vidas. O lado da demência, da crueldade, dos massacres, dos extermínios em massa, de tantas culturas, etnias, acompanha a demolição de valores construídos em vários milhares de anos. E parece que se quer fazer tudo isso de uma vez, com a tecnologia avançada dos dias de hoje. Nossa arrogância faz-nos esquecer de que só no século 20 foram chacinados em guerras 200 milhões de pessoas, lembrava Hobsbawn. Cristãos estão envolvidos nisso até o pescoço, mesmo os engravatados dos conselhos internacionais, ou com “clergyman” abençoando armamentos e tanques de guerra. A violência humana excede à de qualquer outra espécie, inclusive dos tiranossauros, dragões pré-históricos proverbiais e simbólicos da destrutividade. A demência não é ocasional. Configura uma desordem originária. Não é por acaso que vemos no nosso irmão um inimigo, e nos armamos até os dentes para derrotá-lo. Caim com a palavra. Ninguém, contudo, conheceu melhor o sentido de gerar-se um Salvador. Maria cria e alimenta a criança, enquanto medita, ensina a humildade e a coragem para os enfrentamentos dos acontecimentos catastróficos e a dissolução que irrompem até a superfície da história. Maria já estava comprometida com o movimento em prol das causas libertadoras de Deus, desde que o menino era gerado em seu ventre, protegendo-o. Entre elas o combate à violência sistêmica que escolhe a criança e os jovens como vítimas preferenciais, porque são fracos e indefesos (... “ele será o Príncipe da Paz, mas Herodes quer exterminá-lo”). São os adultos que portam armas, matam ou induzem a matar. Para que servem armas, senão para isso? E não foi Herodes que as inventou. O que precisa ser visto, e ouvido, como Maria nos ensinará, quando Jesus, o menino perseguido desde o berço, lhe chama a atenção para a realidade. Maria conservava todas aquelas coisas em seu coração (Lc 2.41-52). Aqui, nos reportaremos à sabedoria da mãe que silencia e ouve enquanto observa as realidades que cercam o menino sobrevivente do massacre na Natalidade. Os significados da revelação libertadora da presença do Reino de Deus estão naquele que foi chamado pelo Credo Cristão de “fruto do ventre de Maria”. Se nascido hoje, já enfrentaria tiroteios, balas perdidas e criaturas que aprenderam as lições da sociedade violenta. Tragédia na rotina de uma escola da periferia do Rio de Janeiro onde um ex-aluno, aprendiz da violência, atirou contra crianças que assistiam às primeiras aulas do dia, matou 12 delas, feriu outras 13 antes de cometer suicídio, acompanha a tendência herodiana estimulada pela mídia, que torna o fato um espetáculo inescrupuloso nos detalhes, sem explicar as origens da pulsão da violência potencializada por ela mesma. O massacre causou comoção no Brasil. E professores pensam em fazer aulas de tiro. Recomeçará o ciclo interminável da violência incontrolável dentro das escolas. A quebra de tabus é verdadeira, mas o esquecimento dos fatos simbólicos que marcam nosso tempo, o modismo da falsa liberdade, democracia para matar, pulverização de ideais que transformariam as sociedades e as pessoas em verdadeiros seres humanos e comunidades solidárias, dão o tom banal da presença da morte na orquestração desafinada mostrada no cotidiano. O ritmo desconexo do nosso tempo é capaz de defender armas, serpentinas nos muros, cercas eletrificadas, vigília eletrônica em residências – e até nos banheiros das escolas –, em suspeita permanente sobre as intenções dos nossos filhos e netos. Nunca entrarei numa casa dessas, a não ser para desligar a eletricidade e ajudar a recolher as armas... Faz pouco tempo, houve o plebiscito para se proibir o uso comum de armamentos. Refletindo a violenta sociedade brasileira, teve um retumbante “não” da população. Defensores de armas e armamentos em casa, na escola, no trabalho, ignoram que uma pessoa morre a cada minuto como resultado da violência armada, e que não bastam convenções para evitar que armas negociadas ilicitamente apareçam em zonas de conflito e alimentem guerras e atrocidades. Como essa medida alcançará os lares das frequentes vítimas, residências tornadas em fortaleza e casa de armamentos? Quartos de bebês terão armas, no futuro, se a violência continuar em ascensão, à custa do uso “democrático” das armas. Tirar armas de delinquentes e deixá-las nas mãos de “cidadãos de bem” não apagará o sinal de Caim (Gn 4.11-15) nas testas dos violentos habituais. Mesmo os que vão às urnas dos plebiscitos hipocritamente democráticos. O ano de 2012 não foi diferente. Infeliz ano velho! Derval Dasilio