FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 7 de junho de 2011

REALIDADES ESPIRITUAIS

[1 Co. 2: 12] "Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons da graça de Deus".

Toda desordem seja em que sentindo for, tanto no amor da família como na paz entre os amigos e irmão, ou nos negócios é proveniente da falta de atenção [ou conhecimento] do que Deus preparou para nós.

O Espírito nos revela, mas o homem que só confia em sua própria capacidade não consegue atingir a compreensão, de que Deus trouxe para cada um de nós, um bom senso: o perdão para os atribulados; a doçura da palavra para os desolados; a riqueza da benção divina para os pobres necessitados; o gozo e a proteção para os órfãs necessitados de adoção e a fraternidades para os que têm parentesco com o povo de Deus no mundo inteiro. Tudo para evitar o conflito entre os sentimentos de vingança, ódio, egoísmo (...), que traz derrota diante do benefício da anistia entre os homens. Esta compreensão é obra do Espírito para os que se aprofundaram na fé [v.2: 9-16].

Entenda uma coisa, você é um homem levantado pelo Senhor e esse sustento custou o sangue do seu Filho Jesus e que sua principal missão é a restauração da paz e adoração a Deus e com isso, testemunhar para o livramento de nações inteira da opressão do Satanás.

Aquele que é capacitado pelos Dons Espirituais, tem o dever de participar dos momentos críticos do seu povo e da sua Igreja. Em caso de opressão, entretanto, a sua função é de ser instrumento usado por Deus no livramento de muitos.

"Se não se pode perdoar, não vale a pena vencer" (Victor Hugo).

SER LUZ OU ESCURIDÃO ?


O pecado (semente maligna) destrói o ser humano e o pecador destrói a sociedade. A graça de Deus liberta o ser humano e o salvo liberta a sociedade.

Embora as duas afirmações acima pareçam pragmáticas, o processo de destruição ou libertação da sociedade acontece gradativamente. Certo é afirmar que o ser humano é o agente na sociedade tanto para destruí-la como para salvá-la e libertá-la do mal que a tem destruído.

Nós, seres humanos, refletimos para a sociedade (por meio de pensamento, escolhas e atos) "aquilo" que somos no íntimo. A semente que carregamos dentro de nós é quem dita a natureza do que expomos como fruto para a sociedade.

Jesus Cristo disse que se conhece uma árvore pelo fruto que ela produz. Quando Jesus estava restaurando a visão a um cego, em primeiro momento, ao ser perguntado por Jesus sobre o que estava enxergando, o cego disse estar vendo os seres humanos como árvores. Depois que ele lavou os olhos pela segunda vez, a visão ficou mais nítida fisicamente. Mas a primeira visão do ex-cego foi corretíssima quanto a “equação” da vida humana – o ser humano é aquilo que ele externa; o ser humano externa aquilo que está em sua alma.

Temos que ter em mente que tudo (eu disse tudo) que nós externamos é fruto que produzimos e semente que disseminamos. Nossos pensamentos, nossas escolhas e nossos atos, bons ou maus, terão repercussão no meio do qual fazemos parte.

Por isso, pensar bem antes de externar uma opinião, buscar fazer escolhas acertadas de acordo com valores e princípios morais e éticos elevados e agir de forma que façamos com os outros e com a sociedade o que desejamos que façam conosco, deve ser levado em alta consideração e cuidado, porque, conscientes ou não, somos agentes de destruição ou de libertação da sociedade.

Na sociedade nós somos luz ou somos trevas. Luz salva e liberta, trevas destrói e mata. Luz é o conhecimento que produz vida, trevas é o conhecimento que produz morte. Por isso ninguém apenas passa pela vida. Cada um de nós passa pela vida carregando consigo a responsabilidade por todos os atos cometidos. Não vale o ditado antigo “comamos e bebamos que amanhã morreremos” como se tivéssemos esta regalia de fazer o que quisermos e, no final, sairmos ilesos. Todos prestaremos contas de todo pensamento que expomos, por todas as escolhas que fizemos e por todos os atos que cometemos, sejam bons ou maus.

Portanto, cada um veja como vive, pois o que semearmos será o que haveremos de colher. Sendo assim devemos atentar bem para qual semente temos guardado em nossos corações – a semente do pecado (maligna e destruidora) ou a semente da graça (a qual provém de Deus, por meio de Jesus Cristo, e é libertadora e salvadora).

SER CRISTÃO, " SER IGREJA "

"Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." 1 Pedro 2:5

Constitui sutil engano de pensar que a igreja é o edifício de tijolos construído pelos homens. Este engano produz um recorrente equívoco: Confunde-se igreja com templo. Devemos perceber que a igreja é o edifício de Deus, construído com pedras vivas (I Pedro 2:5). Assim, a igreja é um grupo de pessoas regeneradas que se reúnem em nome do Senhor Jesus (Mateus 18:20).

Outro engano que se comete é pensar que a "vida espiritual" somente acontece quando a igreja está reunida no templo. Pensamos assim, pois a cultura moderna da cristandade nos faz acreditar que as celebrações, as reuniões de oração e de ensino da Palavra somente acontecem no templo. A Bíblia menciona que a igreja se reunia nas casas. O que significa isso? Significa que a “vida espiritual” também acontecia nas casas. No entanto, quando se “pratica” a vida espiritual somente nas reuniões da igreja no templo as famílias sutilmente são conduzidas a “não viverem a espiritualidade” no ambiente do lar. O Senhor tenha misericórdia de nós! Que nos faça despertar deste perigoso sono.

Olhemos para as nossas casas. A vida espiritual está acontecendo lá? Provavelmente não! Oh! Lamentável realidade. Por quê? ... Um dos fatores é que, para nós, a vida espiritual somente acontece no templo. Quando é que viveremos a realidade de Romanos 16:5: "...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles."? No templo somos “espirituais”: ministramos aos irmãos, oramos, dedicamos textos bíblicos, abraçamos, aconselhamos, confortamos. Oh! Quanta coisa fazemos no templo! No entanto, algumas perguntas devem ser enfrentadas por nós: Temos consciência de que em nossa casa há uma igreja (nossa família) que se reúne todos os dias? A vida espiritual tem acontecido nesta igreja familiar? Qual é o nosso dever para com esta igreja? Não nos esqueçamos de uma coisa: A nossa casa é a igreja!

Como seria bom, se em nossos lares a oração fluísse espontâneamente! O pai orando pelo filho, a esposa pelo esposo, o filho pela mãe, etc! Maravilhoso, não!?! Seria tão bom, se em nossos lares ocorresse ministração espontânea, perdão voluntário, consolo mútuo, temperança, e tantas outros aspectos práticos da vida cristã! Seria bom se o nosso lar, na prática, fosse o que na verdade deve ser: igreja!

Como tratamos nossos familiares? Como lidamos com os problemas em nosso lar? Temos esquecido que em nossos lares existem, não somente, o pai, a mãe e os filhos, mas irmãos em Cristo. Como trataríamos uns aos outros em nosso lar, se estivesse firme, em nós, a convicção de que somos irmãos em Cristo? O Senhor nos chamou para que a nossa casa se torne uma igreja. Esta é a visão da igreja que o Senhor deseja gerar dentro de nós. Com um propósito firme, pensemos e busquemos estas coisas até que possamos dizer: “Há uma igreja que se reúne em minha casa”!
Em Cristo.

A ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA NO BRASIL ( Ter, 07 de Junho de 2011 09:30 / Atualizado - Ter, 07 de Junho de 2011 09:34 por: cnbb E-mail )

Nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos/2010, nós cristãos somos convidados a vivermos “unidos nos ensinamentos dos Apóstolos...” (At 2,42). Isso impele à reflexão sobre os elementos desse ensino que sustenta a comunhão dos discípulos e discípulas de Cristo. Esses elementos encontram-se de formas diferentes nas diversas tradições eclesiais. Eles nos conduzem à busca comunhão pela vivência de uma espiritualidade ecumênica.
A espiritualidade ecumênica caracteriza-se pelo intento de comunhão das diferentes modalidades de experiência da fé cristã, que acontecem no interior das diferentes igrejas. E configura-se pelo encontro, a escuta e a valorização recíproca das experiências de oração e de vida no interior de cada tradição eclesial, buscando individualizar as efetivas possibilidades da unidade cristã através da mística do diálogo.
A sua explicitação é privilegiada na oração que emerge dos encontros de natureza ecumênica promovidos seja pelas igrejas, seja organismos ecumênicos ou pelos cristãos, os quais em suas comunidades formam grupos ecumênicos espontâneos, alimentando o espírito de convivência e diálogo. Mas é, sobretudo, no interior do coração e da consciência de cada fiel que se forma a espiritualidade ecumênica. Ali o Espírito atua e suscita o diálogo com Deus e com os outros. Assim, a espiritualidade ecumênica não é exclusiva das organizações eclesiásticas e/ou ecumênicas, ainda se está legitimamente ancorada nessas instâncias. Ela tem seu lugar na disponibilidade do cristão em deixar-se guiar pelo Espírito que forma o seu modo de ser, de compreender e de conviver com o outro, construindo uma atitude de vida pautada pela capacidade de convivência, de diálogo e de comunhão.

2 - Uma base comum

Constatam-se três principais elementos que formam a base da espiritualidade ecumênica no Brasil: 1) a fé em Jesus Cristo ao qual todos os cristãos se referem como razão e centro da própria existência. Isso possibilita aos cristãos e suas igrejas abertura para o mútuo reconhecimento de suas tradições, compreendendo que as diferenças na forma de expressar a fé cristã nem sempre significam divergências quanto ao seu conteúdo. Assim, as diferentes concepções da fé cristã e a diversidade de formulações e expressões da espiritualidade, não impossibilitam a busca de caminhos que favoreçam a oração comum entre cristãos de diferentes igrejas.
2) A solidariedade no contexto em que se vive. No Brasil, e na América Latina como um todo, a espiritualidade tem um profundo enraizamento no contexto social das comunidades. Esse contexto é marcado por situações de empobrecimento, miserabilidade, exclusão. Essa situação é comum a cristãos de diferentes igrejas, fato esse que faz do contexto social um chão ecumênico. Consequentemente, a espiritualidade ecumênica que alimenta as práticas de convivência e diálogo dos cristãos nesse contexto, assume ares de profecia. A oração que sobe aos céus é proferida junto com o grito de dor e de sofrimento causados pela injustiça social.
3) O crescimento do movimento ecumênico no Brasil no período pós-conciliar, constatado por três principais fatores: a) o incremento dos organismos ecumênicos tanto a nível nacional quanto a nível local e regional. Destacam-se aqui a Coordenadoria Ecumênica de Serviços – CESE (1973), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC (1982), e os inúmeros grupos ecumênicos que surgem nas diferentes comunidades, paróquias e dioceses. No interior da Igreja Católica Romana, destacam-se a Dimensão V da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e as Comissões Regionais e Diocesanas para o Ecumenismo; b) o fortalecimento das iniciativas em âmbito nacional, como as Semanas de Oração pela Unidade dos Cristãos e a Campanha da Fraternidade Ecumênica no ano 2000 (haverá outra Campanha da Fraternidade Ecumênica em 2005); c) a emergência de ambientes que vão aos poucos se tornando referência na experiência de uma espiritualidade ecumênica: Casa da Reconciliação, em São Paulo; Mosteiro da Anunciação, em Goiás; os Focolarinos, em várias regiões do Brasil; a comunidade de Taizé, na Bahía.
Esses três elementos são fundamentais para se entender o crescimento das iniciativas que promovem a oração comum entre cristãos de diferentes igrejas. Uma oração realizada em diferentes lugares e situações, mas que acontece motivada pelo mesmo Espírito que promove a unidade. A oração que emerge das práticas ecumênicas vai formando nos cristãos um modo de ser, atitudes e comportamentos ecumênicos que estão na base da espiritualidade ecumênica no Brasil.

3 - A natureza da espiritualidade ecumênica

As iniciativas ecumênicas que se concentram na espiritualidade não se propõe tratar das questões técnicas do ecumenismo, nem fazer análises ou discussões ecumênicas. Visam, sobretudo, partilhar uma comum experiência da fé, buscando alargar as possibilidades de comunhão que tenham na oração a sua fonte e o seu alimento. São iniciativas ainda pouco exploradas, mas certamente as mais profundas e mais promissoras das experiências ecumênicas realizadas, por possibilitarem mais do que outras uma real comunhão de sentimentos, de projetos, de vida. Elas criam um «lugar interior» comum, onde cada fiel encontra-se com o outro e com Deus, de modo que as experiências ecumênicas que configuram a espiritualidade dos que delas participam são os principais estímulos à busca da unidade.
Isso faz com que seja a espiritualidade ecumênica o elemento que permite compreender que as divisões atingem mais os aspectos acidentais e estruturais na Igreja, no que se refere à sua manifestação visível, estruturas de organização e estruturas doutrinárias. Mas em sua essência a Igreja continua una. Por isso o movimento ecumênico é um processo espiritual que possibilita ver que a Igreja em sua realidade mais profunda mantém a unidade e unicidade que Cristo lhe deu. O ecumenismo é um processo espiritual no sentido de estar aberto à inspiração do Espírito Santo que reconcilia e reúne todos os cristãos no Corpo de Cristo. Nesse processo, a espiritualidade é um elemento essencial, mais do que um horizonte ou dimensão.
Enfim, dentre as características principais da espiritualidade ecumenica temos: trinitária – a fonte da espiritualidade é a Trindade, cujo amor do Pai permite ao Filho que nos dê o seu Espírito da unidade. É Cristo quem atua, pelo seu Espírito, no seio da Igreja para levá-la à comunhão com o Pai; ato de fé – a espiritualidade é uma atitude de confiança no projeto unificador que Deus tem para a Igreja e para a humanidade como um todo. O fiel crê que Deus possibilitará a unidade; ato de conversão – não há unidade sem conversão interior, arrependimento comum e mudança do comportamento que dificultam a comunhão. A espiritualidade ecumênica exige a kênonis, a capacidade de esvaziar-se da discórdia, dos rancores e demais motivos de divisão; ato de sacrifício – o desejo de unidade é um projeto, um dom mas também uma tarefa, que exige dedicação, compromisso, sacrifício; ato de profecia – a espiritualidade ecumênica possibilita discernir entre os sinais que conduzem à comunhão e aqueles que a obstaculizam. Ela apresenta o agir ecumênico como um agir profético, proclamando com convicção que a comunhão é o plano de Deus para a sua Igreja.

4 - Interrogações

Muitas interrogações aparecem quando se trata de refletir sobre a espiritualidade ecumênica. Primeiramente, as experiências ecumênicas e as práticas de oração existentes parecem insuficientes para expressar uma verdadeira espiritualidade ecumênica. À oração realizada em conjunto parece faltar uma espiritualidade vivida, e as demais práticas ecumênicas também tendem a permanecer num nível superficial e formal. Há que se agregar valores vitais, um modo de ser ecumênico para se construir uma espiritualidade ecumênica. Segundo, nos últimos tempos, as igrejas parecem estar se distanciando mutuamente, e a fragilidade das relações entre elas incide diretamente na espiritualidade ecumênica. Terceiro, em muitos meios, sobretudo eclesiásticos, não há encorajamento na busca de uma espiritualidade ecumênica. Poucos são os líderes eclesiáticos que se integram nas iniciativas de diálogo e cooperação entre as igrejas.
Essas iterrogações serão respondidas na medida em que as iniciativas que indicam a identidade de uma espiritualidade ecumênica for acompanhada de uma reflexão capaz de individuar equívocos e obstáculos, junto aos resultados consoladores que surgem pela ação do Espírito que atua no interior de cada cristão e de cada Igreja. A todos Ele permite que a voz do Evangelho seja ouvida «na própria língua» (At 2,6). Por isso mesmo, as dificuldades encontradas são em si mesmas um forte convite à oração. Há que se valorizar as iniciativas ecumênicas que acontecem seja motivadas pelas igrejas, seja motivadas pelos organismos ecumênicos ou pelas comunidades dos fiéis. Todos buscam, de algum modo e ao seu modo, experienciar a autenticidade, o significado, as características peculiares da espiritualidade ecumênica. Se Cristo é um, se a Igreja é uma – apesar das diferentes e, inclusive, divergentes concepções – se a oração vai pelo mesmo caminho, se nasce do coração do fiel e se aos poucos vai assumindo uma identidade de expressão, se é possível invocar juntos a Deus em determinadas situações, então comprovada está a possibilidade de uma espiritualidade ecumênica que dê ao mesmo tempo sustento e significado às iniciativas ecumênicas realizadas pelos cristãos comprometidos com a busca da unidade da Igreja.

5 - Conclusão

A regularidade da oração entre cristãos de diferentes igrejas esternaliza uma espiritualidade que vai se configurando sempre mais como ecumênica. Essa espiritualidade assume um significado fundamental não apenas para o movimento ecumênico, mas, e sobretudo, para as igrejas nele integradas. Sob o impulso dessa espiritualidade é que se desenvolve o ecumenismo, oferecendo aos cristãos e suas igrejas a possibilidade de diálogo e comunhão. Não pode haver diálogo verdadeiro onde não existe uma consciente experiência da fé e uma viva espiritualidade que toca essa própria fé. Unindo-se em oração, os cristãos realizam ao mesmo tempo um profundo ato de fé e uma significativa e transcendente comunhão entre suas igrejas. Todos, sem perderem a identidade da sua tradição, condividem um raro momento de fraternidade que supera as barreiras impostas pelos fatores de divisão. Desse modo, a espiritualidade, enquanto emanação da transcendência divina, permanece, junto com a oração, um recurso inesgotável de esperança ecumênica.
Pode-se concluir que tanto para a Igreja Católica Romana quanto para as demais igrejas que se propõe a percorrer os caminhos do ecumenismo no Brasil, é extremamente positiva e frutuosa a espiritualidade ecumênica que vem sendo configurada pelas práticas de diálogo e cooperação entre cristãos de diferentes tradições eclesiais. Ao menos em linha de princípio, existe em todos uma considerável abertura para a espiritualidade ecumênica. Particularmente nas igrejas membros do CONIC, há um notório esforço para que a espiritualidade cultivada não se afirme em oposição às outras igrejas, o que agravaria a situação de divisão entre os cristãos. Assim, no campo da espiritualidade o ecumenismo no Brasil encontra favoráveis condições de crescimento. E isso só pode ser considerado «fruto do Espírito Santo» (UR 4), pois somente Ele possibilita a oração como «a alma do movimento ecumênico» (UR 8).

Pe. Elias WolffA

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O MAIS IMPORTANTE PARA O ARREPENDIMENTO


“Olharão para aquele a quem traspassaram” (Zacarias 12.10).
O quebrantamento santo que faz um homem lamentar o seu pecado surge de uma operação divina. O homem caído não pode renovar seu próprio coração. O diamante pode mudar seu próprio estado para tornar-se maleável, ou o granito amolecer a si mesmo, transformando-se em argila? Somente aquele que estendeu os céus e lançou os fundamentos da terra pode formar e reformar o espírito do homem. O poder de fazer que da rocha de nossa natureza fluam rios de arrependimento não está na própria rocha. O poder jaz no onipotente Espírito de Deus… Quando Deus lida com a mente do homem, por meio de suas operações secretas e misteriosas, Ele a enche com uma nova vida, percepção e emoção. “Deus… me fez desmaiar o coração” (Jó 23.16), disse Jó. E, no melhor sentido, isso é verdade. O Espírito Santo nos torna maleáveis e nos tornamos receptíveis às suas impressões sagradas… Agora, quero abordar o âmago e a essência de nosso assunto.
O enternecimento do coração e o lamento pelo pecado são produzidos por olharmos, pela fé, para o Filho de Deus traspassado. A verdadeira tristeza pelo pecado não acontece sem o Espírito de Deus. Mas o Espírito de Deus não realiza essa tristeza sem levar-nos a olhar para Jesus crucificado. Não há verdadeiro lamento pelo pecado enquanto não vemos a Cristo… Ó alma, quando você chega a contemplar Aquele para quem todos deveriam olhar, Aquele que foi traspassado, então seus olhos começam a lamentar aquilo pelo que todos deveriam chorar – o pecado que imolou o seu Salvador!
Não há arrependimento salvífico sem a contemplação da cruz… O arrependimento evangélico é o único arrependimento aceitável. E a essência desse arrependimento é olhar para Aquele que foi moído pelos pecados… Observe isto: quando o Espírito Santo realmente opera, Ele leva a alma a olhar para Cristo. Nunca uma pessoa recebeu o Espírito de Deus para a salvação, sem que tenha recebido dEle o olhar para Cristo e o lamentar por seus pecados.
A fé e o arrependimento são gerados e prosperam juntos. Ninguém deve separar o que Deus uniu! Ninguém pode arrepender-se do pecado sem crer em Jesus, nem crer em Jesus sem arrepender-se do pecado. Olhe, então, com amor para Aquele que derramou seu sangue, na cruz, por você. Por meio desse olhar, você obterá perdão e quebrantamento. Quão admirável é o fato de que todos os nossos males podem ser curados por um único remédio: “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra” (Is 45.22). Contudo, ninguém olhará para Cristo sem que o Espírito de Deus o incline a fazer isso. Ele não conduz uma pessoa à salvação, se ela não se rende às suas influências e não volve seu olhar para Jesus…
O olhar que nos abençoa, produzindo quebrantamento de coração, é o olhar para Jesus como Aquele que foi traspassado. Quero me demorar nisso por um momento. Não é somente o olhar para Jesus como Deus que afeta o coração, mas também olhar para este mesmo Senhor e Deus como Aquele que foi crucificado por nós. Vemos o Senhor traspassado, e, em seguida, inicia-se o traspassamento de nosso coração. Quando o Espírito Santo nos revela Jesus, os nossos pecados também começam a ser expostos…
Venham, almas queridas, vamos juntos à cruz, por um pouco, e notemos quem era Aquele que recebeu a lançada do soldado romano. Olhe para o seu lado e observe aquela terrível ferida que atingiu seu coração e desencadeou um duplo fluxo de sangue. O centurião disse: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54). Aquele que, por natureza, é Deus e governa sobre tudo, sem o Qual “nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3), tomou sobre Si mesmo nossa natureza e se tornou homem, como nós, mas não tinha qualquer mácula de pecado. E, vivendo em forma humana, foi obediente até à morte, morte de cruz. Foi Ele quem morreu! Ele, o único que possui a imortalidade, condescendeu em morrer! Ele, que era toda a glória e poder, sim, Ele morreu! Ele, que era toda a ternura e graça, sim, Ele morreu! Infinita bondade esteve pendurada na cruz! Beleza indescritível foi traspassada com uma lança! Essa tragédia excede todas as outras! Por mais perversa que tenha sido a ingratidão do homem em outros casos, a sua mais perversa ingratidão se expressou no caso de Jesus! Por mais horrível que tenha sido o ódio do homem contra a virtude, o seu ódio mais cruel foi manifestado contra Jesus! No caso de Jesus, o inferno superou todas as suas vilezas anteriores, clamando: “Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo” (Mt 21.38).
Deus habitou entre nós, e os homens não O aceitaram. Visto que o homem foi capaz de traspassar e matar o seu Deus, ele cometeu um pecado horrível. O homem matou o Senhor Jesus Cristo e O traspassou com uma lança! Nesse ato, o homem mostrou o que fariam com o próprio Eterno, se pudesse chegar até Ele. O homem é, no coração, assassino de Deus. Ele se alegraria se Deus não existisse. Ele diz em seu coração: “Não há Deus” (Sl 14.1). Se a sua mão pudesse ir tão longe quanto o seu coração, Deus não existiria nem mesmo por mais uma hora. Isto dá ao traspassamento de nosso Senhor uma forte intensidade de pecado: foi o traspassamento de Deus.
Por quê? Por que razão o bom Deus foi assim perseguido? Oh! pelo amor de nosso Senhor Jesus Cristo, pela glória de sua Pessoa, pela perfeição de seu caráter, eu lhe peço – admire-se e envergonhe-se de que Ele foi traspassadotraspassado com a lança era o seu Deus! Na cruz, contemple o seu Criador, o seu Benfeitor, o seu melhor Amigo!
Olhe firmemente para Aquele que foi traspassado e observe o Sofredor que é descrito na palavra “traspassado”. Nosso Senhor sofreu severa e terrivelmente. Não posso, em uma mensagem, descrever a história de seus sofrimentos – as tristezas de sua vida de pobreza e perseguição; as angústias do Getsêmani e do suor de sangue; as tristezas de seu abandono, traição e negação; as tristezas no palácio de Pilatos; os golpes de chicotes, o cuspe e o escárnio; as tristezas da cruz, com sua desonra e agonia… Nosso Senhor foi feito maldição por nós. A penalidade do pecado ou o que lhe era equivalente, Ele a suportou, “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24). “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5).
Irmãos, os sofrimentos de Jesus devem amolecer nosso coração! Nesta manhã, lamento o fato de que não me entristeço como deveria. Acuso a mim mesmo daquele endurecimento de coração que eu condeno, visto que posso contar-lhes essa história sem enternecimento de coração. Os sofrimentos de meu Senhor são indescritíveis. Examinem e verifiquem se já houve tristeza semelhante à de Jesus! A sua tristeza foi abismal e insondável… Se você considerar firmemente a Jesus traspassado por nossos pecados e tudo que isso significa, seu coração se dilatará! Mais cedo ou mais tarde, a cruz desenvolverá todo sentimento que você será capaz de produzir e lhe dará capacidade para mais. Quando o Espírito Santo põe a cruz no coração, o coração se dissolve em ternura… A dureza de coração desaparece quando, com profundo temor, contemplamos a Jesus sendo morto.
Devemos também observar quem foram os que traspassaram a Jesus. “Olharão para aquele a quem traspassaram.” Ambos os verbos se referem às mesmas pessoas. Nós matamos o Salvador, nós que olhamos para Ele e vivemos… No caso do Salvador, o pecado foi a causa de sua morte. O pecado O traspassou. O pecado de quem? Não foi o pecado dEle mesmo, pois Ele não tinha pecado, e nenhum engano se achou em seus lábios. Pilatos disse: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4). Irmãos, o Messias foi morto, mas não por causa dEle mesmo. Nossos pecados mataram o Salvador. Ele sofreu porque não havia outra maneira de vindicar a justiça de Deus e de prover-nos um escape da condenação. A espada, que deveria cair sobre nós, foi despertada contra o Pastor do Senhor, contra o Homem que era o Companheiro de Jeová (Zc 13.7)… Se isso não quebranta nem amolece nosso coração, observemos por que Ele foi levado a uma posição em que poderia ser traspassado por nossos pecados. Foi o amor, poderoso amor, nada mais do que o amor, que O levou até à cruz. Nenhuma outra acusação Lhe pode ser atribuída, exceto esta: Ele era culpado de amor excessivo. Ele se colocou no caminho do traspassamento, porque resolvera salvar-nos… Ouviremos isso, pensaremos nisso, consideraremos isso e permaneceremos apáticos? Somos piores do que os brutos? Tudo que é humano abandonou a nossa humanidade? Se Deus, o Espírito Santo, está agindo agora, uma contemplação de Cristo derreterá o nosso coração de pedra…
Quero dizer-lhes ainda, ó amados: quanto mais olharmos para Jesus crucificado, tanto mais lamentaremos o nosso pecado. A reflexão crescente produzirá sensibilidade crescente. Desejo que olhem muito para Aquele que foi traspassado, para que odeiem cada vez mais o pecado. Livros que expõem a paixão de nosso Senhor e hinos que cantam a sua cruz sempre foram bastante queridos pelos crentes piedosos, por causa de sua influência sobre o coração e a consciência deles. Vivam no Calvário, amados, até que viver e amar se tornem a mesma coisa. Diria também: olhem para Aquele que foi traspassado, até que o coração de vocês seja traspassado.
Um antigo teólogo dizia: “Olhe para a cruz, até que tudo que está na cruz esteja em seu coração”. E acrescentou: “Olhe para Jesus, até que Ele olhe para você”. Olhem com firmeza para o sua Pessoa sofredora, até que Ele pareça estar volvendo sua cabeça e olhando para você, assim como o fez com Pedro, que saiu e chorou amargamente. Olhe para Jesus, até que você veja a si mesmo. Lamente por Ele, até que lamente por seu próprio pecado… Ele sofreu em lugar, em favor e em benefício de homens culpados. Isso é o evangelho. Não importa o que os outros preguem, “nós pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23). Sempre levaremos a cruz na vanguarda. A essência do evangelho é Cristo como substituto do pecador. Não evitamos falar sobre a doutrina do Segundo Advento, mas, antes e acima de tudo, pregamos Aquele que foi traspassado. Isso levará ao arrependimento evangélico, quando o Espírito de graça for derramado.
Extraído do sermão matinal de domingo 18 de setembro de 1887, no Tabernáculo Metropolitano de Londres.
Charles Haddon Spurgeon

HOMENS EXEMPLO DE HOMENS

Lc 6. 39-49
Jesus diz: “Baseie sua vida em mim e você permanecerá. Sua vida será bem sucedida. Você vai permanecer mesmo depois de tudo o mais passar. Mas ignore-me, escolha um estilo de vida alternativo baseado numa outra convicção e, por mais que tente, você fracassará. Sua acumulação de riquezas será varrida e destruída. Em contra partida, a tristeza será seu destino”.
Jesus nos mostra que o espiritual é mais significativo que o físico, que o eterno suplanta o temporal e que o certo vence o errado. Ele provou que o amor conquista a ira e que dar é um antídoto à ganância. Dele aprendemos que a alegria vencerá a tristeza. Ele é digno de nossa fé, digno de nossa obediência e provará a verdade de suas palavras no dia de sua vinda. Podemos nos dedicar a ele sem medo e sem risco. Seja qual for o custo que pagamos hoje para agir assim, isso será mais do que compensado por ele mais tarde, quando nos unirmos a ele em sua ressurreição vitoriosa chamada vida eterna. Ele é Senhor, devemos estar determinados a segui-lo e a obedecer-lhe.
Em 1998, milhares de argentinos foram mortos de maneira cruel por inundações que se abateram sobre comunidades residenciais. Aquelas casas nas quais eles viviam eram seus lares. Eles se casaram ali; criaram seus filhos ali. Trabalharam ali. Aquele era seu lugar de segurança. Mas, infelizmente, para cerca de 30 mil pessoas, elas construíram sua casa no lugar errado. A comunidade internacional ficou chocada com esse horrível incidente. Muitos ofereceram assistência para a recuperação daquela área e daquelas pessoas desabrigadas. Mas ninguém pôde trazer aquelas vidas de volta; ninguém pôde voltar o relógio para retificar a decisão de construir aquelas casas no lugar errado. E, francamente, mesmo se pudéssemos ter uma máquina do tempo que nos levasse de volta para caminhar pelas ruas daquelas comunidades rurais, creio que quase ninguém prestaria atenção.
É impressionante ver o movimento estabelecido por pessoas que seguem pessoas perdidas. Uma pessoa constrói uma casa na encosta de uma montanha, sem dar atenção para a possibilidade de erosão produzida por uma chuva muito forte, e logo outros a seguem. Num primeiro momento, uma família fica sozinha por muito tempo, mas, depois, outra família constrói no mesmo lugar, duas levam a três, três, a uma dúzia, e uma dúzia, a uma comunidade. Então, naquele dia fatal, quando a chuva cai e a encosta fica saturada de água, fica evidente a derradeira verdade de que aquelas casas foram mal construídas. Podemos enganar as leis físicas durante algum tempo, mas não permanentemente. Muito mais verdadeiro é o fato de que não podemos fugir da lei espiritual de Deus. Jesus, o supremo Arquiteto do universo, o Criador de tudo o que vemos, o Salvador de nossas próprias almas, advertiu-nos claramente nessa passagem do evangelho de Lucas. Ele chama todos nós a que o consideremos em todos os aspectos da vida, não apenas que creiamos nele para alcançar a vida eterna. Ele quer que baseemos nossa vida nele como o único fundamento verdadeiro para uma vida bem-sucedida.
Vamos dar ouvidos a ele? Como homens do Mestre, temos a oportunidade de exceder os limites da vida comum de nossos contemporâneos. Temos o privilégio de conhecer a Cristo intimamente e segui-lo não apenas rumo a um futuro glorioso, mas no desenvolvimento de uma vida eficaz hoje.
Ele nos chama a erguermos nossos olhos acima da matéria mundana que tende a nos preocupar, rumo a uma visão muito maior de profunda santificação pessoal, um panorama de beleza baseado na realidade de que podemos viver de maneira bem-sucedida, segura, sintonizados com ele.
Ele nos capacitará a vencer a tentação. Ele nos dará um propósito especial na vida. Ele graciosamente nos dará descanso no meio de nossas lutas. Ele também nos fará membros importantes de sua equipe. Trabalhando por meio de nós, o Mestre nos capacitará a fazer uma diferença eterna na vida de nossos vizinhos. Suas ideias nos estimularão a desenvolver novos e eficazes métodos de abordar as necessidades de nosso mundo em constante mutação. Sua graça, fluindo por meio de nós, nos capacitará a diminuir os níveis de condenação que cresceram ao redor de nós a partir de um mundo religioso que menospreza aqueles que sabem como desfrutar de sua liberdade em Cristo. Nosso Salvador é o criador do universo.  Ele criou todos nós, o que o capacita e nos dar a orientação específica de que precisamos no meio de decisões difíceis. Ele também nos capacita a viver de maneira ética no meio de uma era corrupta. Ele também permite que nos tornemos homens de influência. Mas tudo se resume a uma coisa: vamos nos comprometer com esse glorioso estilo de vida?

ESCOLHIDOS E CHAMADOS





É na firmeza que procuramos quando queremos distinguir um HOMEM “impelido” de uma HOMEM “chamado”. Na hora em que os impelidos estão rompendo em frente eles podem até pensar que possuem essa qualidade. Mas muitas vezes, nos momentos em que menos esperam, aparecem situações adversas, e pode haver um colapso. Mas os chamados têm uma força que vem de dentro, possuem uma perseverança poder, que oferecem resistência aos golpes externos.
JOÃO, O EXEMPLO DE UM HOMEM CHAMADO
João Batista é um ótimo exemplo de um homem chamado. Ele teve a audácia de dizer aos judeus que eles tinham que parar de justificar-se diante de Deus, usando de seu senso de superioridade racial, e enxergar a necessidade que tinham de arrepender-se moral e espiritualmente. O batismo, dizia ele, seria uma prova de que seu arrependimento era genuíno.
Os Homens Chamados Entendem o Princípio da Mordomia.
Observemos que o conceito que João tinha da vida era segundo o princípio da mordomia. Aqueles que foram interpelá-lo fizeram suas perguntas com base na suposição de que aquele povo pertencia a João, que ele os tinha conquistado para si com seu carisma pessoal. E, se assim o fosse, estava perdendo algo: seu estrelato como profeta.
Mas não era por essa perspectiva que João via as coisas. Ele nunca possuíra nada, e muito menos o povo. Ele pensava como um mordomo cristão, e isso é uma qualidade da pessoa “chamada”. A função de um mordomo é simplesmente cuidar de algo que pertence a outrem, até que o proprietário volte para reaver sua propriedade.
Os Homens Chamados Sabem Exatamente Quem São.
Vemos uma segunda qualidade dos chamados no modo como João estava consciente de sua identidade. “Vocês estão lembrados”, disse ele para aqueles homens, “que eu lhes falei que não sou o Cristo?” E saber que não era Cristo, era uma forma de saber quem ele era. Ele não tinha ilusões quanto à sua identidade pessoal. Isso já estava bem claro em seu mundo interior.
Os Homens Chamados Possuem um Firme Senso de Objetivo.
Lendo mais uma vez essa notável resposta que João deu a  seus interlocutores vemos que o profeta do deserto também entendia o objetivo de sua função como precursor de Cristo.
Esse é outro aspecto da condição de chamado. E quando lhe indagaram acerca de sua opinião a respeito da crescente popularidade daquele Homem de Nazaré, ele comparou sua missão com a de um padrinho de casamento: “O que tem noiva é o noivo; o amigo do noivo (isto é, João) que está presente e o ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo.” (Jo 3.29.)
Os Homens Chamados Sabem o que é um Compromisso Firme.
E por último, João, sendo um homem chamado, também sabia o que era um compromisso pessoal. “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30), disse ele aos que o procuraram para saber de sua reação.
Os Homens Chamados Experimentam Gozo e Paz.
A vida de João apresenta diversas qualidades especiais que merecem nossa admiração. Vemos nele, por exemplo, uma grande paz que não depende de segurança profissional.
Além disso, João demonstra possuir também uma espécie de gozo, que não deve ser confundido com nosso moderno conceito de felicidade um estado emocional que depende de ‘tudo estar correndo bem.
Era a indubitável certeza do chamado divino que ele guardava ,em seu mundo interior. E essa voz era mais forte que qualquer outro sonido. Ela provinha de um lugar que estava em perfeita ordem.
COMO SE TORNAR UM “CHAMADO”
Quando contemplamos com tanta admiração a vida de João Batista, a pergunta que automaticamente nos ocorre é: como foi que ele se tornou o que era? De onde provinha essa determinação, essa resistência, essa inabalável capacidade de encarar os eventos de uma forma tão diferente dos outros?
Examinando a formação que ele recebeu poderemos ver como era a estrutura e a consistência de seu mundo interior. Um fato que serve para explicar a lucidez de João é a influência de seus pais, que lhe formaram o caráter desde os primeiros dias.
Por que João? Principalmente porque Deus o chamou e ele atendeu. O chamado exigia total submissão aos desígnios de Deus, aos seus métodos de trabalho a ao seu conceito de sucesso. E João se dispôs a aceitá-lo nesses termos, não importando o quanto isso lhe custasse  em sofrimento e solidão.
Por que um deserto? Talvez porque num deserto as pessoas consigam ouvir e meditar sobre questões que normalmente não ouvem nem examinam com facilidade.
Então, Deus levou João para o deserto, onde poderia falar com ele. E assim que o profeta chegou lá, Deus começou a imprimir em seu mundo interior imagens que lhe deram uma visão de sua época totalmente diferente da que tinha.
No deserto aprendemos a conhecer a aridez. Ali João aprenderia não apenas a suportar a aridez do deserto, mas também a se aperceber da aridez espiritual das pessoas que iriam escutar sua pregação às margens do Jordão.
No deserto, as pessoas aprendem a depender só de Deus.
Entretanto o deserto tem também o seu lado positivo. Trata-se de um lugar onde podemos meditar, fazer planos e nos preparar para determina as tarefas.
É no deserto que um homem se torna “chamado”.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

RELIGIOSIDADE



Texto Básico: Marcos 7:6 - "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim".
Mateus 23: 13 a 28

Introdução:
 A religiosidade gera na vida de todo cristão duas coisas básicas:
 Hipocrisia e Frieza espiritual
 Os fariseus e escribas tiveram as mesmas atitudes que nós quando nos tornamos religiosos.
 Fariseu era um grupo de judeus religiosos devotos à Torá (Pentateuco) , surgidos no século II a.C. Eles gostavam de manipulam a lei para seu interesse.
 Escribas homens especializados no estudo e na explicação da lei ou Torá. E eram amigos de dos fariseus (a maioria), saduceus (religiosos da época de Jesus)

Desenvolvimento:
1. Hipocrisia
 Repare alguns textos: Mateus 23: 25,26,27,28
 Eles viviam uma mascara.
 Os fariseus e os escribas vivam uma vida de hipocrisia por:
1. Tentar parecer ser o que se não é.
2. Impor a aparência exterior como paradigma para os demais.
3. Viver da arrogância de clonar o ser do outro conforme a nossa própria e falsa aparência.
4. Oferecer-se como representante de Deus entre os homens.

Aplicação
 Todo hipócrita é inseguro.
 Todo hipócrita é invejoso.
 Todo hipócrita é cínico.
 Todo hipócrita não se enxerga.
 Todo hipócrita não tem outro mundo se não o exterior.
 Tem muita gente vivendo uma vida dentro da igreja e outra lá fora.
 Por isso que quando entra dentro da igreja, sai do mesmo jeito.
 Ele vive uma vida sem relacionamento com Deus (oração e leitura da palvra)
 Não tem uma experiência real com Jesus (tem quanto tempo que você não tem comunhão com Deus?)

2. Frieza Espiritual
 Repare alguns textos: Mateus 23: 13,14,15,23
 Falta de amor pelas pessoas (vidas)
 Os fariseus e escribas tinham um coração frio, eram acomodados.
 Os mestres da lei cumpriam a lei sem vida nenhuma.
 A religiosidade nos deixa mais acomodados, sem amor pelas pessoas.
 Os religiosos usavam o poder da religião, ou da moral, ou da ética, ou das etiquetas, como instrumento de poder e opressão sobre os que procuram ajuda.
 Os religiosos manipulavam o saber religioso e fazer dele uma adaptação que justifique as conveniências da própria doença.

Aplicação
 Não dá mais pra ver pessoas entrando dentro (novos) da igreja e nós não importamos.
 Quantos estão envolvidos em ministério e células? Mas não se dispõe a liderar célula, clubinho.
 Crente que não dá fruto dá trabalho. Começa a inventar de mais. (Zuar de mais, só quer curtir, só na amizade)
 Quanto tempo você não ganha alguém pra Jesus? Você tem orado por alguém para que a pessoa aceite a Cristo?
 Alguns entraram aqui como um clube, praça de convivência, oportunidade de fazer amigos. Menos uma igreja onde nos reunimos para adorar, e servir ao Senhor.
 Alguns acham que servir a Deus é só, quando estou em ministério ou participo de uma célula.
 Porque é tão difícil arrumar um líder de célula, ou pessoas que liderem clubinhos evangelísticos nas escolas, cursinhos e faculdades, trabalhar na fonovisita, recepção dos novos na igreja, missões.
 Porque temos tantos adolescentes conversando na hora do culto, e nós não nos aproximamos daqueles para orar. Porque tem pessoas novas chegando e nós vivemos no nosso mundinho, e não nos aproximamos.
 Deveríamos ter uma fila de gente para receber os novos, as igrejas não deviam caber de gente que se converte. Só que nós vivemos a nossa vidinha, nosso mundinho, aonde vir à igreja é muito cômodo, enquanto outros precisam de Cristo.
 Não esperem dos lideres, façam. Não dependam da igreja, façam. Essa foi à ordem de Jesus: “Vocês foram chamados para fazer discípulos”. Tenham sede de vidas. Mateus. 28: 19”Ide e fazei discípulos de todas as nações”.
 Se viermos à igreja só para cumprirmos uma obrigação, para um desencargo de consciência, ou encontramos amigos, tudo isso é pura religiosidade. Marcos. 7:6: “Este povo com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.
 Nossa vida só tem motivo quando nós estamos vivendo para o louvor da glória de Deus.
 Servir a Deus não é está dentro da igreja o dia todo, mas levar o nome para lugar que eu for.
 Muitos estão acomodados, passivos ao seu chamado como cristão (fazer discípulos).
 João 15:2; Apocalipse. 3:15,16, estes versos falam o que acontecerá com aqueles que não dão fruto.

Conclusão
 Oração de reconciliação
 Desafio de alcançar vidas


Autor do texto:
Bruno Bacelar Dias

NÃO EXISTEM SUPER HERÓIS



Introdução:
 Crescemos vendo super-heróis na TV, eles eram perfeitos com seus poderes.
 A humanidade busca homens perfeitos, que nunca erram.
 Crescemos mas continuamos, buscamos esses super-heróis. Cobramos daqueles que são autoridades sobre nós, uma perfeição sob humana. Lideres Pastores, Chefes, professoras, e principalmente os nossos pais.
 Não suportamos ou não sabemos lidar com o erro de quem estão sobre nós, às autoridades.
 Tudo isso, não justifica as falhas, os erros. E não tira a responsabilidade dos erros das pessoas. Existe uma diferença entre erro moral e erro comportamental (comportamentos que adquirimos ao longo da nossa vida)
 Mas este sermão serve para alertar, para estimular o amor e o perdão e considerar aqueles que são lideres sobre as nossas vidas. Além disso, evita que alguns crentes saiam da igreja por decepções.

Desenvolvimento:

Contexto do texto:
 Elias era profeta de Israel
 Acabe e Jezabel eram reis em Israel
 Baal era o deus adorado.
 No capítulo 18:20 conta a história de Elias e profetas de Baal.
 No Capítulo 18:40 conta história que Elias orou para que viesse chuva sobre a terra.
 Elias era um homem de Deus que foi usado por Deus de uma forma maravilhosa.
 Ele foi arrebatado, não morreu – II Reis 2:9
 Quando analisamos a história deste homem de Deus, parece que não conseguimos ver erro.

1- Cada um tem seu limite. Versos 1 a 4

 Jezabel ficou sabendo de tudo que Elias fez no monte Carmelo com os profetas de Baal. Ela mandou dizer a ele que iria dar o troco.
 Com muito medo Elias foge para Berseba, ele andou aproximadamente 210 km e depois foi o deserto.
 Lá ele assentou debaixo de um zimbro, pegou um sobra, e pediu a morte.
 Elias afinou para Jezabel. Ele se sentiu só. E errou em não confiar em Deus.

Aplicação:
 Muitas vezes cobramos que as pessoas não errem. E quando elas erram não aceitamos
 Lideres, Pastores - se decepcionam e até desviam por causa dos erros. A Bíblia diz em Jeremias 17:5 “Maldito o homem que confia no homem”. Outra coisa que acontece é que achamos que os lideres são perfeitos, como super-heróis.
 Pais - Alguns magoam com palavras, ficam muito nervosos, fazem diferença entre os irmãos. Cobram demais, exigem tudo (estudo, casa, trabalho, irmãos). Além disso, descontam em problemas pessoais nos filhos. Nunca tem tempo para estar com os filhos, substitui a companhia dos filhos por outras coisas.

Quero outro pai, outra mãe. Não agüento mais meus pais, não quero morar em casa.
Então o ódio, a raiva, o rancor e magoa tomam conta do coração

 Professores, Patrões – com esses não temos tanta relação. Mas temos muitas dificuldades, pois eles também erram. Falam sem saber ficam de marcação.

2- Procure considerar. Versos 5 a 8

 Elias teve seu limite
 Deus buscou ajudá-lo no momento de agonia
 1º anjo tocou e deu comida
 2º anjo do Senhor veio para mandar Elias comer e beber (sua função era proteger e salvar)
 Essa parte do texto mostra o cuidado, o zelo e a paciência de Deus com ele.

Aplicação
 Procure compreender os limites, cada um tem o seu. Entender, considerar, passar por cima.
 Algumas coisas a considerar:
o Busque entender o momento (crise finaceira, problema no trabalho, TPM, pressão, tristeza)
o Você também erra, porque eles não podem errar
o Busque considerar a história (familiar, as formas de amor que recebeu, sofrimento da vida, problemas em casa)
o Procure enxergar as coisas boas também.
o Quando consideramos algumas para entender o outro, você entende a linguagem de amor, e outras coisas como de maneira cobrar de amor e alguns defeitos.
o Não é fácil ser mãe, pai, padrasto, madrasta, líder, pastor, professor, patrão.

3- Perdão e Amor . Versos 9 a 13

 Depois de tudo, Deus ainda fala com Elias
 Elias foi para Horebe, mandado por Deus. Ele é levado para que Deus se revelasse, e assim ele iria voltar aos momentos de origem do seu ministério como profeta.
 Deus se revela a Elias através de um ciclo suave.
 Deus não queria que Elias estivesse naquela situação.
 O amor e o perdão são marcas fortes na atitude de Deus com Elias.

Aplicação
 “O amor encobre as multidões de pecados”.
 Existem coisas que só o amor e o perdão podem resolver.
 Encarar, discutir, ódio, rancor, responder mal, não resolve.
 Ame apesar do erro. Pai, mãe não deixam de ser seus pais por causa dos erros.
 Lideres, pastores, professores não deixarão de ser autoridades por causa do erro deles.
 As autoridades não agüentam tudo, como você também. Mesmo que às vezes eles se mostram como super- heróis.
 Se coloque um minuto no se lugar, e você será um pouco mais compreensivo.

Conclusão:

 Como tem sido a minha relação com as autoridades que tenho em minha vida?
 Será que tenho buscado nas autoridades que tenho uma atitude de super –herois?
 Seja mais compreensivo, paciente, amoroso, considere algumas coisas.
 Perdão e amor são atitudes que devem ser presente na sua relação com as pessoas.
 A cura para qualquer dor e trauma familiar passa pelo perdão.
 Os maiores problemas que temos são dentro família. Se você crescer, busque o perdão como remédio.
 
Pr. Bruno Bacelar Dias

quarta-feira, 1 de junho de 2011

OBEDECER É AMAR, AMAR É OBEDECER

Em minha perspectiva nunca houve na história da humanidade um líder e mestre semelhante a Jesus. Estou certo de que nunca haverá. Ele deixava todos os que o ouviam profundamente perplexos. Não foram poucas as vezes que se pôde ouvir da multidão "ele ensina com autoridade". Todavia, apesar de toda sua excelência e ao mesmo tempo simplicidade, acho que com freqüência Jesus sempre quis dizer muito mais do que pensamos que ele disse. Não é sem razão que seu ensino escandalizava os mestres de seu tempo.

Debruçar-nos sobre seus ensinamentos a fim de abstrair com profundidade sua inexorável riqueza é uma doce aventura que só se pode lograr êxito intermediado por seu próprio Espírito. Sem este auxílio tudo que conseguimos é tolice. O que dizer da expressão: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama". Será que só quem consegue obedecê-lo indiscriminadamente o ama? Será que o amor a Ele depende do cumprimento dos mandamentos? Se dependesse do cumprimento dos mandamentos seria um amor possível?

João, apóstolo, parece agravar ainda mais a problemática ao afirmar "Este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos. Como vocês já têm ouvido desde o princípio, o mandamento é este, que vocês andem em amor" – (2Jo 6). Ele coloca as duas coisas como premissas indissociáveis. Isto é, o amor é obedecer aos mandamentos, o mandamento é andar em amor. Particularmente diria que não são somente indissociáveis, mas que em análise mais profunda, elas se confundem. Então temos que cumprir todos os mandamentos para andar em amor? Não necessariamente.

Honestamente creio que a grande questão passa por outro ponto e que de fato se refere ao pressuposto de que sem obediência não há amor e sem amor não há obediência. Não corra o risco de achar que estamos tratando, ainda, da mesma questão. De outra maneira eu diria: a “obediência” sem amor não é obediência. Penso que nossa dificuldade aqui é mais semântica do que de outra natureza, resultado da condição “débil” de nossa língua.

Observe que de alguma maneira poderíamos chamar a “obediência” por “interesse em obedecer”. Por exemplo, no caso de um filho que a arruma todos os dias sua cama com o interesse de no fim de semana ir ao parque. Por mais que ele tenha cumprido a vontade de sua mãe ou pai, a obediência é fruto de um acordo. A questão é que o interesse, às vezes, está profundamente oculto. Outros podem obedecer a alguém por medo de sanções.

Tal vez seja possível argumentar que alguns só obedecem aqueles a quem gostam, a outros, no entanto, desobedeceriam as mesmas vontades deliberadamente. Mas como supracitado, tal vez, bastaria o uso da força para a manifestação de uma “obediência”. Ou por outro lado, em ambos os casos, a proposição se mantém, a obediência se manifesta pelo “interesse em obedecer”. Isto é, ou se obedece por interesse, inda que oculto, pela pessoa de quem se gosta, ou por medo de sanção de quem não se gosta. Em qualquer dos casos a não obediência, nem precisa ser argumentada; não há interesse em obedecer. Se fosse extremar tal posição diria que a maioria das vezes que usamos a frase “... se mostrou muito ‘obediente’” não seria de todo errado se disséssemos “...se mostrou interessado em “obedecer”.

Qual a dificuldade? Qual o problema então da “livre obediência” e o do “interesse em obedecer”? Parece-me que a obediência efetiva é aquela em que o foco central está no outro e não no interesse em si e para si mesmo. Assim, e tal vez só assim, perguntaríamos a Jesus e entenderíamos a resposta: “Quem é que te ama Jesus?”. Ele responderia: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama”. Retrucaríamos: “para que tudo lhe vá invariavelmente bem?”. De novo ele responderia: “Não, definitivamente não. Tão somente por causa do amor a mim e não dele mesmo”. Aí João, apóstolo, corroboraria “correto, pois “este é o amor””. O resto é só interesse auto-centrado.