FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A CONFIANÇA N' AQUELE QUE O CHAMOU, ESTA A FONTE DA FELICIDADE.


O homem de Deus recebe, pelo Espírito Santo, a força do próprio Senhor. Em todas as coisas que vivemos, encontramos dificuldades. Mas o Pai está conosco para nos ajudar em nossas decisões e dores. Quando acreditamos em Deus, fazemos escolhas pela fé. Foi isso que aconteceu com Nossa Senhora na passagem meditada hoje.


A Santíssima Virgem Maria era tão humana quanto eu e você. E o anjo, na aparição, disse-lhe que não se atemorizasse. Nossa Senhora, apesar de não entender bem o que estava acontecendo, não teve medo. E é isso que o Senhor quer nos dizer hoje: “Não tenha medo!” Não tenha medo de perseverar no bom caminho! Não tenha medo de fazer o que é certo! Não tenha medo do que Deus vai pedir a você.

Todos nós temos um chamado. Se Deus o chamou para estar nesta família, neste ambiente de trabalho, para ter estes amigos, é porque nesses locais você vai encontrar sua felicidade. Seja a melhor pessoa do mundo onde quer que você esteja. Faça bem o que Deus designou para sua vida.

Como entramos em um caminho que não sabemos aonde ele vai nos levar? Por que nos aventuramos numa vocação como a Canção Nova? A confiança n'Aquele que o chamou é a chave para a felicidade. O Pai não vai nos abandonar no meio do caminho, meus irmãos. Muitas vezes, enfrentamos as dificuldades com medo, preocupados com o futuro. No entanto, devemos confiar no Senhor!

No momento em que Maria disse “sim”, o Espírito Santo passou a viver no coração dela de maneira nova. Isso é o que chamamos de Efusão do Espírito Santo. Todas as vezes em que enfrentamos um problema e clamamos o Espírito, Ele vem renovar nosso ânimo.

Para que os planos de Deus se realizem em nossa vida, precisamos entregá-los nas mãos d'Ele. Tenha coragem de fazer essa entrega. Confie n'Aquele que morreu na cruz por você, que o ama e só quer seu bem.

Você está disposto a entregar-se nas mãos do Senhor? Comece a prestar atenção nos desejos do seu coração, não se feche para sua vocação, porque é aí que Deus começa a trabalhar em nós. O segredo para a cruz não ser tão pesada é abraçá-la. Está difícil o casamento? Não se revolte, resolva os problemas com amor, sendo uma presença de Deus no foco de maldade.

É preciso ter disponibilidade para fazer o que Deus nos pede. E a Sagrada Escritura vai lhe mostrar muitas coisas. É fundamental ter uma Bíblia em sua casa e em seu local de trabalho. Amém!

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

ONDE FICA A SUA FORÇA, A EFICÁCIA DE SUA AÇÃO ?

É NA MINHA CRUZ QUE SOU GRANDE EM SUPERAR AS DIFICULDADES.
Jesus Cristo estava havia poucos meses pregando pela Judeia e Galileia. Foi formando um grupo de discípulos e seguidores, e escolheu Doze deles como apóstolos. Com eles fala intimamente, explica-lhes as parábolas, escuta-os e ensina-os. Chega o momento de enviá-los para pregar a Boa Nova. É a primeira missão dos apóstolos, uma primeira garnde missão para preparar o caminho da pregação de Jesus. O Mestre lhes explica com detalhe o que fazer. Não lhes pede que façam grandes sermões teológicos, nem que falem de tal forma que deixem boquiabertos quantos escutarem. Simplesmente têm que anunciar a paz (“A paz esteja nesta casa”) e ensinar que o Reino de Deus está próximo, o Reino do Amor. Com essa tarefa e com a confiança colocada no Senhor, os apóstolos saem para percorrer os povoados e cidades próximas.


O chamado e, consequentemente o envio, é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério e o serviço devem ser entendidos numa dimensão comunitária. Pois a Igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Cristo os envia em missão, dois a dois, colocando como centro a vida em comunidade na ação missionária. Esse foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.

Onde fica sua força, a eficácia da sua ação? Em que são enviados por Alguém. Não anunciam uma mensagem própria, mas sim a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aí está a força do cristão quando prega para os outros. Não sou eu que quero fazer com que o outro fique admirado com minhas ideias maravilhosas; sou eu que quero transmitir ao outro a grandeza de Deus, a maravilha de Deus, a experiência de se sentir amado por Deus. Pensemos que esta pregação não é algo exclusivo de algumas missões de evangelização. Pregamos com nosso exemplo quando vamos à Santa Missa em família, quando consolamos um amigo que está precisando. Pregamos com nosso exemplo quando compartilhamos a alegria de viver, o otimismo diante de uma situação difícil, a vontade de amar aquele que não se sente amado, o entusiasmo por “fazer o bem sem olhar a quem”.

Os Doze apóstolos saíram para pregar pelos caminhos e cidades. O Evangelho nos narra que regressaram cheios de gozo, felizes por constatar os frutos de sua missão. É a experiência comum de quem participa de uma missão de evangelização: três ou quatro dias de pregação, de missão, dias de trabalho, cansaço, sacrifício, mas dias que nos enchem o coração de alegria e satisfação, a alegria que só Deus pode nos dar. Façamos da nossa vida uma missão contínua: missão na família, sendo a peça que une e anima a convivência familiar. Missão no trabalho, com a honestidade, o profissionalismo, o gosto pelas coisas bem feitas. Missão entre nossos amigos e conhecidos, com nosso otimismo diante da vida, nosso testemunho de cristãos alegres, entusiastas, fiéis aos valores do Evangelho e da Igreja.

Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do Teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.

Padre Bantu Mendonça
É MEMBRO CANÇÃO NOVA

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

DEUS NÃO TEM PRESSA



Deus não tem pressa. Aliás, desconfio que ele não tenha relógio. Mas, ao contrário do que possa parecer, a frase "deus tarda, mas não falha" também não lhe diz respeito.


Acompanhe o que talvez seja a segunda proposta de trabalho de Deus ao homem. É bom lembrar que a primeira — feita a Noé —, da ideia à realização, levou não menos do que cem anos. Agora, trata-se de um projeto novo. Uma espécie de PAC (Plano Ancestral de Crescimento) da humanidade: "Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: ‘Eu sou o Deus todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência’" (Gn 17.1-2).

O leitor sabe do que Deus está falando. E não é a primeira vez que o Todo-Poderoso toca no assunto. Cinquenta anos antes, Deus havia sugerido uma mudança radical na vida do velho e manso Abraão. E, até agora, nada. Mas Deus repete as suas intenções.

Aqui, volto ao argumento inicial. Nós temos pressa — necessidade intensa de alcançar um objetivo. Não nos contentamos com o “enquanto”. A travessia não nos interessa, queremos chegar “lá”. No entanto, Deus não é assim. Ou você faria um contrato de longo prazo com alguém de 99 anos de idade? Mas, ao conversar com Abraão, como se fosse necessário, Deus relembra também quem ele [Deus] é. Depois, como se falasse a um bando de adolescentes com hormônios à flor da pele, reclama obediência e integridade. E, por último, com fina ironia, fala dos seus planos, claro, para o futuro...

Deus não tem pressa. Melhor, Deus tem tempo. E, graças a ele, mesmo sem saber exatamente que horas são, nós cabemos nos seus planos. Nesses dias corridos e em meio aos imprevistos, não há melhor consolo do que escutar: “Ainda dá tempo”... (Sl 90). Nas palavras de C. S. Lewis, "a Deus pertence o nosso futuro, não importa se o deixamos em suas mãos ou não".

Marcos Bontempo

Marcos Bontempo É diretor editorial da Ultimato.

INTEGRAÇÃO FÉ - CIÊNCIA


Max Planck (1858-1947), premiado com o Nobel de Física em 1919, escreveu que "religião e ciência natural combatem unidos..." Explicou também que "a prova mais imediata da compatibilidade entre religião e ciência natural, mesmo sob análise detalhada e crítica, é o fato histórico de que justamente os maiores cientistas de todos os tempos, homens como Kepler, Newton, Leibniz, estavam imbuídos de profunda religiosidade."


Cientistas como Kepler, Boyle, Ampère, Volta, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Cauchy, Euler, Boole, Fresnel, Faraday, Henry, Dalton, Joule, Stokes, Pasteur, Mendel, Kelvin, Maxwell, Riemann, Gibbs, Marconi, Planck, Compton e tantos outros integraram sua fé cristã e pesquisa científica. A forma e expressão de tal integração assume características distintas e pessoais na vida de cada um desses cientistas. James Prescott Joule (1818-1889), por exemplo, via na fé cristã uma motivação para as ciências naturais: "após conhecer e obedecer à vontade de Deus, o próximo alvo deve ser conhecer algo dos Seus atributos de sabedoria, poder e bondade evidenciados nas obras de Suas mãos."

Integração fé-ciência adquire dimensões práticas interessantes à luz da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade das aplicações atuais de ciência, nas quais perspectivas e questões motivacionais, éticas, políticas, de formação humana e social, etc estão cada vez mais frequentemente entrelaçadas com questões classicamente vinculadas ao método científico e à tecnologia. É neste contexto que cientistas de fé cristã podem valer-se de forma especial da integração fé-ciência. A fé integra-se instrumentalmente não à ciência em si, mas ao desempenho profissional do cientista, como relata George Washington Carver (1864-1943), eminente botânico e agrônomo: “Quando eu trabalhava em projetos que atendiam a uma real necessidade humana, forças trabalhavam através de mim que me surpreendiam.

Frequentemente eu adormecia com um problema aparentemente insolúvel. Ao acordar, a resposta estava lá. Por que, então, devemos nós crentes em Cristo nos surpreender com aquilo que Deus pode fazer com um homem de boa vontade em um laboratório?”

A vivência da integração fé-ciência como relatada por Carver, ou sua ausência seja por falta da fé ou de integração, poderá ter impacto que transcende a prática profissional individual do cientista. Para Max Thürkauf (1925-1993), professor emérito da Universidade de Basileia, condecorado com o prêmio Ruzicka em 1963 por suas contribuições à química, a integração fé cristã-ciência é o único caminho possível para uma ciência sustentável. Ele enfatiza que armas atômicas, catástrofes como a de Chernobyl e outras tragédias ambientais e humanas são consequência da atividade científica sem o vínculo sensibilizador da fé. “Tão certo quanto a bomba atômica foi criada por uma ciência natural sem oração, uma pesquisa que implementa a fórmula 'ore e trabalhe' levará a uma ciência e tecnologia que não ameaçará a vida, mas a fortalecerá através do amor. A ameaça pela ciência e tecnologia materialista de hoje é particularmente perigosa, pois o maligno disfarça o mal com muitos aspectos positivos; quanto mais perigoso algo é na tecnologia moderna, mais aspectos positivos parece ter.”

“Para exercer pesquisa como uma tarefa dada por Deus, precisamos urgentemente de uma ciência 'repleta de valores' ao invés de uma ciência 'sem valores'. Algo terá valor somente quando Deus ali tiver o primeiro lugar. Carecemos desesperadamente de cientistas que questionem em oração, se o que eles estão planejando é compatível com as ordenanças de Deus. Precisamos urgentemente de cientistas, pesquisadores que oram e que não fazem tudo o que é tecnicamente possível, mas que, pelo poder da oração, são capazes de fazer o que cada vez mais pessoas consideram impossível: resgatar a vida da ameaça mortal de uma tecnologia 'sem valores'. Em sua despedida, Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5) Justamente a ciência natural, que em si guarda tantos perigos, as pessoas querem fazer sozinhas... A ciência natural do futuro, que respeita a fórmula 'ore e trabalhe', precisa ser praticada por amor à natureza, como missão de Deus para o cultivo da criação. A natureza deve ser objeto de amor e não de simples utilidade.”
Aos céticos com a proposta do 'ore e trabalhe' no contexto da atividade científica, talvez por considerarem o cristianismo anacrônico, inoportuno e/ou irreconciliável com a “modernidade”, Thürkauf diz que “certamente os Evangelhos hoje são anacrônicos, mas é por isso que eles são verdadeiros. Num momento de mentiras, a verdade sempre é inoportuna. Vivemos na época do materialismo e a verdade do materialismo é a mentira. O evangelho vai ser anacrônico até que tenha mudado os tempos, ou seja, as pessoas tiverem melhorado.”

Notas:

1) As citações de Planck, Joule e Carver podem ser conferidas na página Internet sobre Fé e Ciência mantida pelo autor em http://www.freewebs.com/kienitz

2) As citações de Max Thürkauf foram extraídas dos livros Unruhig ist unser Herz (ISBN 3-7171-0930-8), Eid(Zeit)Genossen (ISBN 3-905263-35-1) e Die Gottesanbeterin (ISBN 3-7171-0854-9).


Karl Heinz Kienitz Recebeu o doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça. Trabalha como professor de engenharia em São José dos Campos. É membro da Primeira Igreja Batista naquela cidade

O MAIOR PREDADOR DA TERRA




Alguma coisa, que foi descoberta por Galileo (1564), através de lentes telescópicas precárias, compartilhada por Nicolau Kopérnico (1473), sob ameaças das fogueiras da Inquisição, vai favorecendo a concepção de amplitude do Universo. Ainda perturba, mesmo dispondo-se de um telescópio espacial como o Hubble. E já perguntamos sobre modernidade (pós-modernidade é um mito!), ecologia e sustentabilidade. Giordano Bruno (1548) – sacrificado como herético – e Kepler (1571) também faziam suas observações. Pensadores "perigosos" à fé escolástica, fonte do fundamentalismo moderno, descobriam que é preciso pensar sobre o Universo de outra maneira, quando a Terra era imaginada como o centro de um universo ridiculamente ínfimo, limitado, como a astrofísica recente demonstra.


São quase 2.500 anos de questões levantadas sobre a infinitude do Universo, desde pensadores como Sócrates – sacrificado nos primeiros momentos do fundamentalismo histórico – e se descobriria que o universo já não mais correspondia ao pluriverso. O conceito de infinito na comunidade científica perturbaria o mundo religioso fechado, dogmático. Realçava uma grandeza maior para a Criação.
Porém, há medo no planeta. Desequilíbrios industriais, aumento da temperatura, bactérias poderosas aparecendo sem controle, doenças incuráveis, epidemias cíclicas. O planeta descobre-se como um imenso depósito de lixo, dejetos e resíduos tóxicos, águas contaminadas. Milhões de pessoas são exterminadas por causa do desequilíbrio ambiental. Por que temer um meteoro como o que caiu há 65 milhões de anos exterminando os dinossauros? Que certeza temos sobre uma eventual dizimação da espécie humana, quando na era atual se ignora o direito à vida da Criação?

Os riscos do momento, inegavelmente, pertencem à ganância dos projetos humanos. O homem é o maior predador existente no planeta. Precisamos absolver os demais. Voltaire (1694) diria: “Se é verdade que o homem é a imagem de Deus, é também verdade que Deus é a imagem do homem”. Quem vê no Criador um ditador implacável, que odeia o mundo criado, absoluto sobre a natureza, vê-se a si mesmo negando o amor uterino (“rahamin”) de Deus pela Criação, ignorando sua compaixão e solidariedade para com o Planeta violentado.

Medidas por meio da luz, analisando as emissões provenientes das distantes galáxias desde o ponto de observação do planeta Terra, a origem deste Universo vem de 13,7 bilhões de anos luz a nos separar do início de tudo, no “kosmos”. Cálculos físico-quânticos aplicados, tem sido comprovados com impressionante exatidão nas sondagens e viagens interplanetárias desde 1969, quando astronautas pisaram no solo da lua. Inúmeros fatos posteriores confirmam o acerto sobre o que se pensa do Universo também imaginado por Einstein e Planck (teoria da relatividade e física quântica). Estamos de frente para os céus infinitos. Contudo, não temos provas empíricas e completas do universo plural. Mas, do que tem acontecido no planeta, sobram as provas. Do homem, desde o salto da animalidade para a humanidade, pouco se pode esperar. É o maior dos predadores.

O Ocidente prossegue na globalização da miséria enquanto sustenta a acumulação de bens para privilegiados no uso das riquezas existentes (dos 6,3 bilhões de pessoas, apenas 1,6). Oferece bem-estar localizado para ricos; tecnologias eletrônicas avançadas, saúde e medicina de alto preço, educação para postos de trabalho privilegiados; lazer de alto custo e alcance. Porém, há 4,7 bilhões de deserdados ameaçados pela barbárie tecnocrática, 2 bilhões morrem de fome e brevemente perecerão de sede, se a contaminação ou esgotamento de mananciais formados através de milhões de anos prosseguirem no ritmo atual.

O Éden do capital permitiu prevalecer à sedução da serpente. Ignora-se a amizade de Deus, e sua insistência em salvar a Criação e salvar-nos. O resgate da grande utopia está no anúncio de Jesus: “liberdade para os cativos”; “vida plena e abundante” (Lc 4,16; Jo 10,10). Discípulos de João Batista perguntaram: És o Salvador? E ouviram: Vão, e lhe digam o que viram: os cegos vêem, os coxos andam, os mortos ressuscitam. Hoje, é muito mais difícil compreender a profunda experiência de mudança radical, no Evangelho de Jesus – um verdadeiro sobressalto nas ordens do Universo. A imagem do mundo em sua totalidade já não autoriza a opinião da centralidade do homem e da religião.

Se a visão antropocêntrica ainda está em eclipse, o amor de Deus é que assombra. Dante Alighieri estava certo: “O amor é que move o sol e as estrelas” (Queiruga). Os poetas dos salmos sabiam que a majestade do céu, a vida da terra, faz crescer a erva dos campos, alimenta os pássaro do céu e os animais da selva, e anima o trabalho dos homens: “envias o teu sopro e eles são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30). Há esperança para a Criação.
Derval Dasilio É pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor do livro “O Dragão que Habita em Nós” (2010).