FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

FELICIDADE SÓ EM CRISTO.

Pe. Inácio José do Vale*Muitas pessoas procuram a qualquer custo obter dinheiro, fama, beleza, conhecimento, títulos, religião e seitas para encontrar a felicidade. Quando conseguem, elas percebem que não são felizes. É próprio do ser humano procurar o “paraíso perfeito”. Dentro desse contexto têm que ser abissal o amor, a intimidade, a saúde, a riqueza, os amigos, a beleza, o saber e a felicidade sem fim.Ninguém deseja a expulsão do jardim do Éden, os males da caixa de Pandora e as tragédias do teatro grego. Só queremos as Mil e uma Noites...O renomado escritor francês Anatole France escreveu: “os sistemas construídos pelos sábios são contos para divertir a eterna meninice do homem... Seguindo o exemplo dos gregos, eu gosto de contos e encontro prazer no que os poetas e filósofos compõem”. Disse mais: “A ignorância é condição para a humana felicidade, e temos de admitir que em muitos homens ela realiza perfeitamente essa felicidade”.A ilusão faz parte também da vida em busca da felicidade. Queiramos ou não, somos artistas das tragédias do teatro grego.
DOR E SOFRIMENTO
Sabemos que é do sofrimento que nasce a sabedoria. Os gregos já diziam que “sofrimento é escola”.O sábio aprende com a dor, derrota e sofrimento. O tolo se revolta e cava a sua própria sepultura.Dante Alighieri disse com categoria: “Quem conhece a dor conhece tudo”.Os antigos diziam: “Conhecimento é virtude”; o moderno diz: “Conhecimento é poder”.A dor e o sofrimento transmutam conhecimento para felicidade.O contratempo, as agruras, perdas, humilhações e traições, acontecem em nossas vidas para nos atrasar, perturbar e fazer com que perdemos o foco da verdadeira felicidade. Não podemos estacionar a nossa determinação.Vejamos o que disse o insigne criador da Logoterapia – terapia do sentido da vida – Viktor E. Frankl, neurologista e sobrevivente do holocausto: “o mais importante caminho é, porém, mesmo uma vítima sem recursos, numa situação sem esperança, enfrentando o destino que não pode mudar, pode erguer-se acima de si mesma, crescer para além de si mesma e, assim mudar-se a si mesma. Pode transformar a tragédia pessoal em triunfo”.
O SENTIDO REAL DA VIDA
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter disse: “Descobrimos que possuir coisas e consumir coisas não satisfaz nossa ânsia de um significado... Acumular bens materiais não pode preencher o vazio de vidas, destituídas de confiança e propósito”.“Estudos psicológicos mostram que, quando se atinge uma faixa socioeconômica na qual se tem casa para morar e dinheiro para atender às necessidades básicas, pagar as contas e os pequenos prazeres da vida, o aumento da renda não tem relevância para o aumento da felicidade”, afirma Alan Wallace, físico americano, estudioso da ciência da felicidade.Nada de material pode fazer o coração humano de sólida e duradoura felicidade. Toda ideologia humana em busca da felicidade é tresandar.A felicidade concreta é construída com fundamento, confiança e propósito numa pessoa que é a própria felicidade e eterna.O célebre escritor irlandês C.S. Lewis disse: “Tudo o que não é eterno é eternamente inútil”.“Somente Cristo pode saciar os profundos desejos do coração humano”, declarou o Papa Bento XVI.O Mestre de Nazaré e do Universo, o Emanuel convida:“Vinde a mim todos os cansados e encontrareis descanso para vossas almas” (Mt 11, 28-30).“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6).“Permanecei em mim, porque sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,4.5).“Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28,18-20).Entendemos que a verdadeira e a eterna felicidade está na pessoa gloriosa de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.Ele está sempre conosco e nos ensinando o sentido real da nossa vida. O seu ensino é o fundamento que dá significado para o nosso ser material e espiritual.Cristo é o mestre e o amigo que nos carrega para ciência do saber da vida como ela é e como ela vai ser além túmulo.Cristo é a revelação de tudo o que precisamos compreender sobre o real sentido da existência humana.
CONCLUSÃO
Somente a felicidade em Jesus Cristo é a ferramenta para mudar esse mundo cheio de dores e crueldades.Quem pode dizer ao ser humano o que lhe reserva o seu destino? Quem deseja o destino glorioso só pode ser de fato em Cristo!O verdadeiro conhecimento para nossas realizações se encontra naquele que disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue jamais andará em trevas” (Jo 8,12), e nos seus ensinos: “Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6,33).A nossa razão e a fé, iluminada por essa ‘Luz Maior’, entendemos porque nascemos, vivemos e sabemos para onde vamos.É essa ‘Luz’ que ilumina a nossa travessia tão dura da vida com todos os seus males (Mt 6,34). É ela que nos garante o caminho iluminado na passagem dessa vida para a outra vida, que não terá mais dores e sofrimentos.Vale apenas se fundamentar, nos ensinos da ‘Luz Eterna’.Viva em Cristo e serás feliz para sempre!
*Pároco da Paróquia São Paulo ApóstoloProfessor de História da IgrejaFaculdade de Teologia de Volta Redondae-mail: pe.inaciosoje.osbm@hotmail.com

Última Alteração: 14:26:00
Fonte: Pe. Inácio José do Vale Local:Volta Redonda (RJ)

CLIMA DE NATAL MARCA CELEBRAÇÃO DA MISSA COM PARLAMENTARES NA SEDE DA CNBB.



Cerca de 60 pessoas, entre parlamentares e convidados, participaram na manhã desta quinta-feira, 4, da missa dos parlamentares na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A celebração teve caráter de confraternização natalina e foi presidida pelo assessor político da CNBB, padre José Ernanne Pinheiro.“A missa tem o sentido de dar uma dimensão cristã ao trabalho feito pelos parlamentares cristãos”, explica o assessor. No início de cada legislatura, é enviada uma ficha a todos os parlamentares convidando para a celebração que ocorre mensalmente, organizada pela Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo da Conferência dos Bispos. Aos que preenchem a ficha é enviado o convite para as celebrações. “No testemunho que deram, muitos parlamentares disseram que a missa é como um alimento que lhes dá força na ação do dia a dia”, ressalta padre Ernanne.
O deputado Chico Alencar, do Rio de Janeiro, ressaltou a importância da Palavra de Deus na vida dos cristãos. “A Palavra de Deus nos faz pensar que tipo de valores são os pilares de nossa existência”, disse. “Enquanto parlamentares, temos como ofício a palavra. Nossa palavra só será fecunda se for carregada do sopro do natal”, sublinhou. Para o deputado, os cristãos precisam cuidar para que não sejam “burocratas da fé”. “Toda criança que nasce é o totalmente novo. Natal é o chamamento do reconhecimento do outro”, completou.
Já a senadora alagoana, Ada Melo, destacou que o natal é a manifestação de Deus à humanidade. “Natal é Deus que se humaniza para nos dar vida digna”, disse a senadora. “Como cristãos na política, aprendemos a levar a sério que o Senhor, entrando na história, encheu de vida divina o humano”. Lembrando o modo como Jesus nasceu, Alda recordou que “Deus quer ser encontrado no que é pequeno e frágil, no pobre e no fraco”.


Última Alteração: 14:33:00
Fonte: CNBB Local:Brasília (DF

ADVENTO E NATAL. PORQUE A CONTINUIDADE ?


A salvação não está completa. Jesus Cristo precisa realizar ainda UMA etapa, a última, para completar a “história da salvação”. Esta etapa é a sua segunda vinda ao mundo, para estabelecer definitivamente o Reino.A multidão das pessoas comemora o Natal que já passou e já cumpriu a sua tarefa, a sua missão. Promessa cumpridaO que é importante no nascimento de Jesus Cristo, é que ele veio cumprindo a promessa do Pai ( Sl 77,8; Lc 24,49; At 1,4; At 7,17; Gl 3,16; Hb 6,12-17; Hb 11,33; 1Jo 2,25; Tg 2,5; Jo 5,43; Jo 7,28; Jo 10,10; Jo 16,28); e ele próprio prometeu voltar mais tarde (Mt 26,64; Jo 14,3; At 1,11; 1Cor 11,26). São duas promessas, uma cumprida e outra que vai sendo cumprida aos poucos, no correr do tempo.Comemoração natalíciaO Natal é a comemoração do aniversário do nascimento de Jesus. Jesus não veio ao mundo por um capricho de turista. Ele veio com uma missão muito clara. Ele é portador da proposta do Pai para reconciliar Deus e o povo. Deus toma a iniciativa. Com esta iniciativa, Jesus promove uma virada na vida da humanidade. O portador do projeto de vidaJESUS TRAZ UM PROJETO DE SALVAÇÃO. Esse é um projeto de vida e liberdade para todo o povo. Deus escolhe a humanidade como sua parceira na construção de um mundo novo. Aí está o sentido da vinda de JC, aí está o sentido de ele haver deixado no céu todas as mordomias de Filho de Deus para se dedicar por 3 anos a divulgar a proposta do Pai. E acabou tendo que dar a vida e morrer por causa desse projeto de vida e liberdade.A humanidade é parceira de DeusDestaco a humanidade como parceira do projeto de Deus. Como parceiros, nós temos compromisso com a mesma missão de Jesus Cristo. Somos escolhidos para nos dedicar a construir este mundo de vida e liberdade HOJE, NO NOSSO TEMPO, até que Cristo volte para definir de vez o REINO DE DEUS. O REINO DE DEUS É TAMBÉM NOSSO. PRINCIPALMENTE O REINO É DE DEUS PARA NÓS. POR QUÊ? PORQUE SOMOS PARCEIROS DE DEUS NESTE PROJETO RENOVADOR.A missão de Jesus CristoÉ importante a missão para que JC veio ao mundo. Ele não veio só nascer, e tudo terminar no nascimento.Jesus veio com a missão de salvar todo o povo. Esta parte da missão ele já cumpriu quando morreu e ressuscitou. Esta é a tarefa que só ele poderia cumprir. E cumpriu!
A continuação da missãoE agora, para continuar no nosso tempo e no nosso mundo, a obra que iniciou, ele fundou a Igreja para trabalhar na construção do REINO DE DEUS. A Igreja somos nós os cristãos. A nossa tarefa é irmos construindo no mundo os valores do Reino. A nossa luta pela justiça é a maneira de construir o mundo novo. Lutar pela solidariedade, pela verdade, pela fraternidade... tudo isso são maneiras de irmos construindo o mundo novo que vai acolher o Reino.Essa nossa missão de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo nos dá uma dignidade muito grande: somos herdeiros e continuadores da missão de Jesus Cristo. Não é pouca coisa!!!Aí, quando Jesus voltar ao mundo pela 2ª vez, no final dos tempos, então ele vai estabelecer o mundo novo definitivamente, para sempre.
A espera comumNós, agora, estamos na mesma situação de espera do povo hebreu quanto à primeira vinda. A espera é a mesma só que, aquilo que se espera é diferente para hebreus e para nós.Nós usamos os mesmos textos bíblicos para nossa reflexão no Tempo de Advento e de Natal. Porque esses cânticos e textos expressam a ânsia do povo pela 1ª vinda. Nós incorporamos tudo isso para expressar o nosso mesmo sentimento de espera, porém da 2ª vinda. Por exemplo, os cânticos que invocam ‘Vem, Senhor Jesus” ou “Abri as nuvens do céu e deixai que desça o Salvador” são da primeira vinda, mas expressam a mesma ansiedade de hoje pela segunda vinda.Profecias de IsaíasTextos como o de Isaías que animava o povo para a transformação que iria ser operada com a vinda do Messias usando a comparação do novo relacionamento humano como entre os animais (Is 11,6-8). Hoje, diríamos que gato e cachorro beberão leite na mesma tigela em paz. O mesmo profeta Isaías anunciou que, no tempo do Messias: o Espírito de Deus o ungiu e estará sobre o Messias para ele anunciar a Boa Notícia aos pobres, para proclamar a libertação aos presos, aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos, proclamar um ano de graça do Senhor, fará os coxos andar e os mudos falar (cf. Lc 4,14-20; Lc 7,22; Is 61,1-3); o povo que andava nas trevas verá uma grande luz (Is 9,1). A profecia hojeNa verdade, as necessidades dos dias de hoje mostram que a missão da Igreja é a mesma do Messias, porque existem milhões de pessoas que precisam ver, falar, andar e ressuscitar para a vida nova.Conferindo as palavras que Jesus pronunciou na sinagoga, percebe-se o conteúdo da missão dele e o da comunidade continuadora de sua missão.
Este discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré é programático. É o programa que Jesus vai executar na qualidade de Messias enviado pelo Pai. Com base em sua autoridade e na autoridade de quem o enviou, ele define os elementos que constituem a Boa Notícia (Lc 4,14-21). “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para que dê a Boa Notícia aos pobres; enviou-me a anunciar a liberdade aos cativos e a visão aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, para proclamar o ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-3). “...mortos ressuscitam” (Lc 7,22).
Note o primeiro lance: Jesus, com mensageiro do Pai, desfila seus títulos: quem o envia, para que o envia, para quem o envia, para que é enviado. Era o costume dos profetas, de se apresentarem assim à comunidade.O que por primeiro chama atenção no discurso de Jesus é o local onde é pronunciado. É sintomático ter sido em Nazaré, a pobre e desprezada região da Galiléia. Nazaré era a menos considerada (Jo 1,46).Logo se percebe que Jesus dá toda a preferência aos pobres e deserdados. Consideremos como devem ser entendidas as propostas de Jesus, porque identificam a chegada do tempo messiânico, quando acontecer a comunicação da Boa Notícia da vida aos pobres. Jesus trabalha os sociologicamente pobres na ótica também dos teologicamente pobres incluídos na prática libertadora da missão do Messias.
A) “O Espírito” - O Espírito credencia Jesus como o intérprete da Escritura. Com a autoridade que lhe confere esse credenciamento, Jesus define os elementos constitutivos da Boa Notícia (cf. Is 61,1-3; Lc 4,16-19; 7,22).B) “O Espírito me ungiu” - Jesus alude ao significado bíblico messiânico, missionário e libertador da unção (cf. Sl 2,7). A unção credencia o Messias como enviado e lhe confere a missão de executar o projeto de novas relações de vida e de liberdade. O Espírito chancela a unção para a missão. A Boa Notícia é o mistério mantido em sigilo e, agora, manifestado (cf. Rm 16,26 ; Ef 3,1-13).C) “A Boa Notícia” - É identificadora do tempo messiânico e da missão.D) “Aos pobres” - São os “anawim” oprimidos pela dominação estrangeira e excluídos da cidadania e do Templo. Não são auto-suficientes. Têm o coração livre e aberto para Deus. Por isso, são os destinatários da Boa Notícia.E) “Enviou-me” – Na sinagoga, durante o culto público de sábado, Jesus Cristo se apresenta como o prometido agora enviado e credenciado pelo Pai, no Espírito, para a missão de interpretar o sentido da Boa Notícia aos pobres.F) “Para anunciar” - A Boa Notícia libertadora identifica a chegada do tempo messiânico, cumpre a promessa do Pai e responde à esperança dos pobres.G) “A liberdade aos cativos” - O Messias tem o caráter de libertador dos escravizados pelo pecado e pelos poderosos.H) “A visão aos cegos” - A cura remete ao sentido do gesto: “abre os olhos” do povo para ver, na Boa Notícia, os sinais indicadores do tempo messiânico.I) “Pôr em liberdade os oprimidos” - É a libertação da opressão para o exercício dos direitos de pessoas livres e responsáveis por seu destino.J) “Proclamar o ano da graça do Senhor” - O jubileu procurava recuperar a justiça pelo perdão das dívidas e a libertação dos escravos. Jesus afirma que a restauração pretendida pelo jubileu será consumada no tempo do Messias (cf. Is 61,1-2).K) “Mortos ressuscitam” – A Boa Notícia leva os que perderam a razão de viver a recuperar o sentido para a vida e comprometer-se em favor da vida para todos (Lc 7,22).L) “Hoje, em vossa presença, cumpriu-se esta Escritura” (cf. Lc 4,21; Is 61,1-3). A fidelidade de Deus está vinculada à Boa Notícia. A natureza messiânica da Boa Notícia transforma as relações de morte, em vida; de opressão, em liberdade. Hoje, começa a atividade libertadora de Jesus.M) A Boa Notícia é o processo de mudança de mentalidade (metanóia) para a implantação de novas estruturas sociais com a devolução dos direitos dos pobres. Com ela, envolve-se radicalmente o Ungido.N) É conhecido na cidade e arredores que a Boa Notícia chegou aos pobres: são inúmeras as oportunidades de experiências messiânicas indicadoras da presença do Esperado, pela palavra e pela prática de Jesus Cristo (cf. Mt 8,6-10;9,21-22.27-30; Mc 2,4-5; 10,50-52; Lc 17,1722; Jo 9,1).O) João Batista quer dissipar qualquer dúvida e encaminhar seus próprios discípulos. Jesus remete João à fonte confiável dos indicadores da chegada do tempo messiânico. Jesus acrescenta outros elementos aos já citados que ele inclui nos elementos que constituem a Boa Notícia aos pobres:” Ide informar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a visão, coxos caminham, leprosos ficam limpos, surdos ouvem, mortos ressuscitam, pobres recebem a Boa Notícia” (Lc 7,22). Esse foi o discurso inaugural da missão de Jesus que continua sendo programa da ação evangelizadora da Igreja/comunidade de nossos dias.O nascimento de Jesus no Natal é apenas o primeiro passo dessa longa renovação do mundo até a chegada de Jesus Cristo pela segunda vez. Aí termina a caminhada e todos nós seremos felizes para sempre!
Cumprida será também a segunda promessaA mensagem do Natal é a expectativa da 2ª vinda maravilhosa de Jesus Cristo ao nosso! Esta 2ª vinda foi prometida por Jesus Cristo com a 1ª também foi prometida. Da mesma forma como ele cumpriu a primeira promessa, ele cumprirá também a 2ª que será, aliás, muito mais bonita!Sempre o mesmo presépioQUANDO NASCE UM BEBÊ, NÓS NOS POMOS A PENSAR NO QUE SERÁ O FUTURO DELE. No aniversário de pessoas amigas, pensamos e louvamos o que foi realizado nos seus ainda poucos ou já muitos anos vividos. Das pessoas, pensamos no que vai ser, o que lhe reserva o futuro, como será seu compromisso com seu futuro.Com relação a Jesus, pensamos no seu passado. O Natal é a comemoração do aniversário e pulamos as páginas da vida dele. Voltamos cada ANO para o mesmo presépio de Belém. Não se pensa no motivo por que ele veio ao mundo; nem se ele realizou a missão que lhe foi confiada. Estamos presos a uma visão infantil do presépio, coisa mágica e encantadora, num cenário que emociona.O que o futuro vai proporcionar a ele? O que podemos esperar dele? Quais os próximos passos que ele dará na vida? Haverá um final? Qual será o grande final?A Igreja é responsabilizada pela continuidade da missãoPois Cristo confiou à Igreja a missão de continuar a construção do mesmo Reino em que Jesus também se empenhava. Só que ele viveu pouco tempo para uma empreitada tamanha! A Igreja/comunidade faz a mesma coisa que Jesus faria se entre nós estivesse. Portanto, é preciso inspirar-nos todos na ação evangelizadora de Cristo para realizarmos a nossa evangelização. Porque, a mesma missão que ele recebeu do Pai, Cristo confiou a continuidade como nossa missão.Quando Jesus chegar na 2ª vinda, ele encontrará boa parte do que ele não conseguiu realizar, realizada pela Igreja. Afinal, ele é a única pessoa que voltará ao mundo pela segunda vez. Quem se lembra disso no Natal? É PRECISO ACENDER ESSA ESPERANÇA NO CORAÇÃO DO POVO!

* Sacerdote DehonianoSantuário São Judas TadeuAvenida Jabaquara 2682

A PORTA ( POR BERNADETE)

O padre de uma igreja decidiu observar aspessoas que entravam para orar.A porta se abriu e um homem de camisaesfarrapada adentrou pelo corredor central.O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça,levantou-se e foi embora.Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, amesma cena se repetia.Cada vez que se ajoelhava por algunsinstantes, deixava de lado uma marmita.A curiosidade do padre crescia e também oreceio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar oque fazia ali.O velho homem disse que trabalhava numafábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim.Disse que o almoço havia sido há meia horaatrás e que reservava o tempo restante para orar, queficava apenas alguns momentos porque afábrica era longe dali.E disse a oração que fazia:'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizerquão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor melivrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em vocêtodos os dias.Assim, Jesus, hoje estou aqui, sóobservando.'O padre, um tanto aturdido, disse que eleseria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse.'É hora de ir' - disse Jim sorrindo.Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para aporta.O padre ajoelhou-se diante do altar, de ummodo como nunca havia feito antes.Teve então, um lindo encontro com Jesus.Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto,ele repetiu a oração do velho homem...'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizerquão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor melivrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todosos dias.Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'Certo dia, o padre notou que Jim não haviaaparecido.Percebendo que sua ausência se estendeu pelosdias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por elee descobriu que estava enfermo.Durante a semana em que Jim esteve nohospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.A chefe das enfermeiras, contudo, não pôdeentender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores,telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado desua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira:-Nenhum amigo veio pra mostrar que seimporta com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!Parecendo surpreso, o velho virou-separa o padre e disse com um largo sorriso:- A enfermeira está enganada, ela não sabe,mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu,que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minhadireção e diz:'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu soudesde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em vocêtodos os dias.Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! '
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO (a)! TENHA UM LINDO DIA!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Bento XVI apela à solidariedade em tempo de dificuldade para as famílias e pede apoio à atividade produtiva

Bento XVI defendeu esta Quarta-feira no Vaticano que a Banca deve ter como um dos seus objectivos primários “a solidariedade em relação às faixas mais enfraquecidas” da população e o “apoio à actividade produtiva”.
Nas saudações proferidas após a catequese da Audiência geral desta Quarta-feira, o Papa lembrou que este é “um tempo de dificuldade para muitas famílias” a que as instituições bancárias e de crédito devem estar atentas.
A edição de hoje do jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, dá destaque na sua primeira página à queda das bolsas, indicando um “novo corte nas taxas de juros”, considerado como “o único caminho para dar uma lufada de oxigénio aos mercados, contra os temores de uma recessão global”.
No último Sínodo dos Bispos, em Outubro, o Papa falara a respeito da recente crise financeira internacional, assinalando que a mesma mostra a “futilidade” da corrida ao dinheiro e ao sucesso.
Perante os 253 delegados sinodais, vindos de todo o mundo, Bento XVI indicou que “a Palavra de Deus, mais do que qualquer outra palavra, é o fundamento de tudo, da verdadeira realidade”, criticando quem constrói “sobre a areia”, ou seja, quem pensa que “a matéria, as coisas sólidas que podemos tocar são a realidade mais segura”.
Também o Vaticano tomou várias posições públicas sobre o assunto, em especial o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino. Para este responsável, no mercado não basta o lucro, é preciso pensar em quem trabalha: “Terá sido o dinheiro e o desejo de ter sempre mais que provocou esta crise. No compêndio da Doutrina Social da Igreja há um bom capítulo sobre a economia e o trabalho humano, onde se diz que o mercado não é apenas a fábrica do lucro, mas deve ser controlado”.
A Comissão dos episcopados católicos da UE veio a público considerar que “a actual crise financeira manifesta uma profunda crise espiritual e um conjunto equivocado de valores”, lamentando que “o sentido e o valor do trabalho humano” tenham sido relegados para segundo plano por causa da “luta generalizada pelo lucro”.
O economista português João César das Neves escreveu para a Agência ECCLESIA um texto sobre as ajudas do Estado à Banca no qual recordava que “o sistema bancário, por tratar da moeda, é a base de toda a actividade económica”, pelo que se os bancos falissem, “não apenas desapareceriam as nossas poupanças mas com elas acabariam muitos negócios e empregos. A crise económica seria terrível e, como acontece sempre, são os pobres quem mais sofre”.

Última Alteração: 10:59:00
Fonte: Agência Ecclesia Local:Cidade do Vaticano

Igreja na América Latina reitera compromisso com os "últimos" na Pastoral de Rua

O Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes divulgou ontem o documento final do primeiro Encontro continental latino-americano e do Caribe da Pastoral de Rua, realizado em Bogotá, na Colômbia, em outubro passado.
No texto, afirma-se que a pastoral com os sem-teto e com as pessoas exploradas representa um dos "sinais dos tempos atuais", aos quais a Igreja é "chamada a responder" se quiser que a evangelização seja fecunda. Em especial, o documento analisa a pastoral com as prostitutas e os meninos de rua e, em geral, com as pessoas que são vítimas de exploração.
"O comércio de seres humanos, em especial de mulheres e menores, se transformou em um potente meio de lucro, o terceiro crime mais rentável do mundo. Todavia, não se trata de um fenômeno novo, mas hoje se tornou um comércio complexo, que se aproveita da miséria e da vulnerabilidade de suas vítimas", lê-se.
Para a Igreja na América Latina, "essas pessoas se transformaram nos escravos do século XXI. Enganadas e colocadas na rua, são um exemplo vivo de uma injusta discriminação contra elas, imposta pela sociedade dos consumos".
Para resolver a questão, "è fundamental reconhecer que a exploração sexual e o tráfico de seres humanos são atos de violência". O documento reconhece o trabalho positivo de muitas organizações eclesiais, mas afirma que a intervenção da Igreja e das entidades governamentais não é suficientemente adequada para alcançar resultados melhores.
O texto destaca ainda a necessidade de uma presença mais visível da Igreja nos locais de deslocamento humano. Entre as iniciativas, propõem-se o acolhimento em estações ferroviárias e rodoviárias, campanhas de educação, capelas ambulantes e a celebração dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação nas rodovias, rodoviárias e aeroportos.
"A Igreja quer estar onde o homem se encontra e vive, na sua realidade, na sua dificuldade, com suas alegrias e seus sofrimentos", conclui.

Última Alteração: 09:01:00
Fonte: Radio Vaticano Local:Cidade do Vaticano

FORMAÇÃO LITURGICA



A segunda vinda do Senhor nas cartas de São Paulo
Pe. Gregório Lutz, CSSp
No advento comemoramos que Jesus veio “revestido da nossa fragilidade, ... a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação” e que “revestido de sua glória ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que... vigilantes esperamos” (1º prefácio do advento). De fato, no início do advento continuamos olhando, como fizemos em todo o mês de novembro, desde a festa de todos os santos até a festa de Cristo Rei, para o fim da vida terrestre e deste mundo e, além disso, para a vida do mundo que há de vir. Somente quando entramos mais para dentro do advento, o nosso olhar se dirige para a memória da primeira vinda do Senhor.Já que estamos no ano Paulino, parece conveniente lembrar como São Paulo nos apresenta sua fé na vinda do Senhor na glória.Muitas vezes o apóstolo São Paulo expressa em suas cartas que está esperando a segunda vinda do Senhor. Sobretudo na 1ª carta aos Tessalonicenses ele fala com freqüência desta vinda (por exemplo, 1 Ts 2, 19; 3.13; 5, 23).Paulo partilha esta esperança com os fiéis de suas comunidades. Isso se mostra em fórmulas tradicionais, que provavelmente já na liturgia da Igreja Apostólica eram usadas, particularmente a aclamação “Maranatha” (1Cor 16, 22). No fim do livro do apocalipse encontramos esta fórmula interpretada: “Aquele que atesta estas coisas diz: ‘Sim, venho muito em breve.’ Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22, 20).Esta vinda na glória deverá acontecer no “dia do Senhor” ou “dia de Cristo”. Dia do “Senhor” tinha já no Antigo Testamento sentido escatológico, pois significava o dia do julgamento final. Paulo atribui este julgamento a Jesus Cristo (2Cor 5, 10 e Rm 2, 5-11).A vida do Senhor para o julgamento deve seguir a ressurreição dos mortos e a comunhão definitiva com Cristo (1 Ts 4, 3-17).Como na aclamação do final do apocalipse, que acabamos de citar, percebe-se várias vezes nas cartas de São Paulo sua convicção de que o Senhor deveria voltar em breve (p. ex. 1 Ts 5, 3s; 1 Cor 7, 29; Fl 4, 5; Rm 13, 11s).No entanto, Paulo insiste que a esperança da vinda do Senhor na glória exige que no presente já se viva “em Cristo” (2 Cor 5, 17) e futuramente “com ele” (1 Ts 4, 14.17; 5, 10; Fl 1, 23). Uma fundamentação desta exigência Paulo dá na 2ª carta aos Coríntios quando explica que Cristo “morreu por todos a fim de que aqueles que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que morreu e ressuscitou por eles”, e conclui: “Eis agora o tempo favorável por excelência. Eis agora o dia da salvação (2 Cor 5, 14 – 6, 2).
Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:
Nas cartas de São Paulo:1. Que aspectos relevantes da 2ª vinda do Senhor são destacados?2. Que atitude nossa se exige enquanto esperamos esta vinda?3. O que podemos fazer concretamente para preparar esta vinda do Senhor

Última Alteração: 08:37:00
Fonte: CNBB Local:Brasília (DF

PROVAS DA EXISTENCIA DE DEUS



cinco vias Tomás de Aquino prova magistralmente a existência de Deus. Com notável clareza expôs ele a prova tirada do movimento, partindo do pressuposto de que “tudo o que se move é movido por outro”. Raciocina então: “se aquilo pelo qual é movido por sua vez se move, é preciso que também ele seja movido por outra coisa e esta por outra. Mas não é possível continuar ao infinito; do contrário, não haveria primeiro motor e nem mesmo os outros motores moveriam como, por exemplo, o bastão não move se não é movido pela mão. Portanto, é preciso chegar a um primeiro motor que não seja movido por nenhum outro, e por este todos entendem Deus”. A segunda via é a da causa primeira universal. Eis o texto de Tomás de Aquino na Suma Teológica: “Constatamos no mundo sensível a existência de causas eficientes. É, entretanto, impossível que uma coisa seja sua própria causa eficiente, porque, se assim fosse, esta coisa existiria antes de existir, o que não tem nenhum sentido. Ora, não é possível proceder até o infinito na série de causas eficientes, porque, em qualquer série de causas ordenadas, a primeira é causa intermediária e esta é causa da última, quer haja uma ou várias causas intermediárias. Com efeito, se suprimirdes a causa, fareis desaparecer o efeito: portanto, se não há causa primeira, não haverá nem última, nem intermediária. Ora, se fosse regredir até o infinito dentro da série de causas eficientes, não haveria causa primeira, e, assim, não haveria também nem efeito, nem causas intermediárias, o que é evidentemente falso. Portanto, é preciso, por necessidade, colocar uma causa primeira que todo o mundo chama Deus”. Por este texto se percebe a clareza com que Tomás de Aquino expõe o seu raciocínio. Com rara habilidade intelectual ele procura o motivo da existência da causalidade no mundo. Assim se chega infalivelmente a uma causa que produz e não é produzida, ou seja, a causa eficiente primeira que é Deus. Em terceiro lugar vem a prova da contingência. Em sentido amplo, contingência significa a possibilidade de um objeto qualquer de não ser, de não existir. É tudo aquilo que pode ser como não ser. É contingente o fato de cada um de nós existirmos. Poderíamos não ter existido. A contingência metafísica significa que contingente é todo ente ao qual a existência não é essencialmente necessária. Eis como Josef de Vries resume esta prova da existência de Deus proposta por Tomás de Aquino: “a prova cosmológica, baseando-se no nascimento e desaparecimento das coisas, conclui a contingência das mesmas, e partindo da mutabilidade própria também dos elementos constitutivos fundamentais cuja origem não pode ser mostrada experimentalmente, infere sua natureza também contingente, provando dessa maneira que o mundo todo é causado por um Ser Supramundano”. Este é o Ser Necessário que existe por sua própria natureza e não pode nunca deixar de existir. As criaturas nascem, crescem e morrem, são possíveis, não necessárias, ou seja, existem, mas não necessariamente. Se em algum tempo não tivesse havido nada de existente, teria sido impossível para qualquer coisa começar a existir, e, deste modo, também neste caso nada existiria o que seria um absurdo. Existe, portanto, um Ser Necessário que é Deus. A quarta via para provar a existência do Ser Supremo é tirada dos graus dos seres. Na Suma Teológica assim se expressa Tomás de Aquino: “Verificamos que alguns seres são mais ou menos verdadeiros, mais ou menos bons, etc. ora, diz-se o mais e o menos de coisas diversas segundo a sua aproximação diferente de um máximo. Existe, pois, alguma coisa que é o mais verdadeiro, o melhor, por conseguinte, o mais ser. Ora, o que é o máximo num gênero é a causa de tudo que pertence a este gênero. Existe, portanto, um ser que é para todos os outros causa de ser, de bondade, de perfeição total, e este ser é Deus:”. Deus possui o ser de modo absoluto, ao passo que as criaturas têm um grau diverso de ser. Isso significa que tal fato não lhes deriva em virtude de suas respectivas essências, caso em que seriam sumamente perfeitos e não em determinados graus. Ora, se não deriva de suas respectivas essências, isso, é lógico, significa que o receberam de um ser que concede tudo sem receber, que permite a participação sem ser ao mesmo tempo partícipe. Este ser é a fonte de tudo aquilo que existe de algum modo. Ele é a perfeição infinita, absoluta. É um ser perfeito sob todos os aspectos que se possam imaginar. Nele se realizam com perfeição suprema todas as possibilidades do ser. O quinto caminho apontado por Tomás de Aquino como prova da existência de Deus é o do finalismo, ou seja, do governo do mundo. Jolivet resume esta quinta via deste modo: “No conjunto das coisas naturais verificamos uma ordem regular e estável. Ora, toda ordem exige uma causa inteligente, que adapta os meios aos fins e os elementos ao bem do todo. Portanto, a ordem do mundo é obra de uma Inteligência ordenadora, transcendente a todo o universo”. Esse Ordenador é Deus. De fato, quando se analisa o que ocorre no mundo se verifica que tudo age e opera como se tendesse a um fim. Não se trata de uma idéia mecanicista do universo, como se Deus interviesse juntando partes como acontece com o relojoeiro para constituir um relógio. Trata-se de se perceber a finalidade inata em algumas coisas, coisas que mostram em si mesmas um princípio de finalidade e total unidade. As exceções que se podem atribuir ao acaso não invalidam este raciocínio. O que se busca é a causa da regularidade, da ordem e da finalidade visíveis em alguns seres. Esta causa não pode ser identificada com os próprios seres em si. É preciso, pois, remontar a um Ordenador que esteja em condições de dar ser aos seres e, na verdade, daquele modo específico no qual de fato eles operam. * Professor no Seminário de Mariana - MG

Última Alteração: 13:02:00
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)

NÃO SE RECONHECE VINCULO EMPREGATICIO ENTRE PADRES E DIOCESES.

Estamos publicando, a cada dia, comentários explicativos acerca do Acordo Brasil-Santa Sé, com o intuito de esclarecer a opinião pública em geral e os católicos em particular, sobre o significado e a importância desse documento.
Hoje respondemos à seguinte questão: Não se reconhece vínculo trabalhista entre os padres e as Dioceses, assim como entre os religiosos e religiosas e seus respectivos Institutos (artigo 16 do Acordo). Esta previsão não fere a legislação trabalhista do País, abrindo espaço para abusos? O não reconhecimento de vínculo empregatício entre os ministros ordenados e as suas Dioceses e entre os fiéis consagrados e os Institutos Religiosos a que eles pertencem está clara e unanimemente definido pelo magistério da doutrina jurídica e pela suprema jurisprudência juslaborista, solidamente amparada nos preceitos da Constituição Federal e do ordenamento infraconstitucional do nosso País.
Não é supérfluo citar aqui, à guisa de exemplo dessa consolidada orientação do direito do trabalho brasileiro, algumas passagens fundamentais de um recente Acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, que define que o trabalho realizado por religiosos, segundo a sua vocação, não gera vínculo empregatício (TST-AIRR 3652/2002-900-05-00, em DJ de 09/05/03). Lê-se da sua ementa: «O vínculo que une o pastor à sua Igreja é de natureza religiosa e vocacional. Relacionado à resposta a uma chamada interior e não ao intuito de percepção de remuneração terrena. A subordinação existente é de índole eclesiástica, e não empregatícia, e a retribuição percebida diz respeito exclusivamente ao necessário para a manutenção do religioso. Apenas no caso de desvirtuamento da própria instituição religiosa, buscando lucrar com a palavra de Deus, é que se poderia enquadrar a igreja [...] como empresa e o pastor como empregado». E ainda, lemos no corpus da sua cuidadosa motivação: «Os juslaboristas pátrios, não se distanciando da doutrina estrangeira, são praticamente unânimes em não reconhecer a possibilidade de vínculo empregatício entre os ministros das diversas confissões religiosas (padres, pastores, rabinos, etc) e suas respectivas igrejas ou congregações. [...] Também a jurisprudência tem sido firme na mesma esteira da doutrina, apenas admitindo o vínculo no caso do desvirtuamento da instituição». Tal “desvirtuamento” – previsto também no dispositivo do nosso Acordo como única exceção possível à exclusão do vínculo empregatício – dá-se, conforme a mesma sentença aqui citada, apenas nas hipóteses em que seja provado, em juízo, que se trata de «instituições que aparentam finalidades religiosas e, na verdade, dedicam-se a explorar o sentimento religioso do povo, com fins lucrativos».
O referido Artigo trata também, no inciso II, dos fiéis que realizam na Igreja tarefas da mais variada natureza (“apostólica, pastoral, litúrgica, catequética, assistencial, de promoção humana e semelhantes...”) «a título voluntário», isto é, em força de um regular contrato (“termo de adesão”) de voluntariado, conforme quanto estabelecido pela Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, que disciplina o fascinante e benemérito mundo do voluntariado. A citada previsão do nosso Acordo observa esta valiosa Lei Federal, em perfeita sintonia com seus preceitos e princípios inspiradores.


Última Alteração: 10:50:00
Fonte: Radio Vaticano Local:Cidade do Vaticano

SÓ DEUS CONSERTA OS ESTRAGOS DA VIDA


Muitos rapazes precisam pedir perdão a Deus. Mais do que isso: precisam pedir que o Senhor os refaça, bem como às pessoas que magoaram. Talvez você tenha estragado uma moça de tal maneira que agora ela não consegue se refazer sozinha. Quem será capaz de refazer aquilo que você irresponsavelmente estragou?
Certamente, Deus é o único capaz de refazer as meninas que você "quebrou" irresponsavelmente. Quando digo "quebrou" não me refiro somente ao corpo, mas à alma, ao espírito, ao emocional. Quantas devem sofrer os efeitos da sua falta de consideração? Peça perdão diante de Deus. Peça ao Senhor que Ele refaça o que você não é capaz de refazer.
Graças a Deus, Ele é capaz de nos refazer. Se na contrição você pede, Deus tem os meios para refazer a todos. Os "cacos" que você deixou são um perigo para muita gente. Porque menina ferida, machucada, estraçalhada, acaba sendo um perigo para outros. Tantas jovens se tornaram garotas de programa por essa razão! Outras não chegaram a isso, mas vivem no maior ressentimento, na maior mágoa. Tornaram-se pessoas amargas porque foram brutalmente feridas em todos os sentidos.
Se você não tem jeito de assumir os seus erros e pedir perdão a cada uma, olhando fundo em seus olhos para que sintam a sua sinceridade, pelo menos faça isso de coração. Diante de Deus, de São José, que foi um homem casto, e diante da Virgem Maria, que também se manteve casta, peça perdão por seus atos. Nossa Senhora, que é Mãe, vai saber cuidar das meninas que você "quebrou". E Deus vai cuidar de você e da situação. Portanto, não deixe de pedir perdão.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib

JESUIS CONTENT DE VOUS



Pe Geovane Saraiva* Meu pai, Agapito Saraiva, falecido em 2007, sempre falava do Pe. Cajuaz (José Cajuaz Filho) como um pastor, um enviado de Deus que marcou profundamente a população da nossa terra natal, Capistrano, apesar de ter ficado um curto período, nos idos de 1958 a 1959.
O ministério sacerdotal do Pe. Cajuaz em Capistrano foi marcado por uma pedagogia alegre e de muita esperança para o povo. Sempre que ele encontrava as pessoas, saudava a todos em francês: "Je suis content de vous" – Eu estou contente, eu estou feliz e alegre com vocês.
Papai falava de um Padre moderno, inteligente e de muita cultura, indo ao encontro de todos. Certamente ele tentava passar para o povo de Deus o princípio pedagógico do grande bispo de Milão, São Carlos Borromeu – "De ver tudo, tolerar muito e corrigir pouco".
Em 2003, ao ser nomeado para a Paróquia de Santo Afonso, na Parquelândia, logo dei a notícia aos meus pais, os dois já bastante enfermos. Disse ao papai que, ao lado Igreja, morava o Pe. Cajuaz. Ele, de pronto, respondeu: Ah! Ele era o padre da lambreta! E arrematou: Nunca me esqueci de uma frase sua em francês: "Je suis content de vous".Pe. Cajuaz foi ordenado padre há 51 anos. Dispensado do celibato pela Santa Sé, casou-se e não exerce mais o ministério sacerdotal. É conhecido como o Prof. Cajuaz e continua muito vivo e forte, realizando um belo trabalho como membro da Pastoral da Comunicação de nossa Paróquia, escrevendo artigos com muito conteúdo e com muito rigor gramatical, fruto da sua boa formação no Seminário da Prainha.
Hoje nós somos os destinatários da alegria, outrora anunciada pelo Pe. Cajuaz. O contentamento e a esperança que ele levou a todo o povo enquanto exerceu o seu ministério, nós os recebemos, neste tempo do advento, com o mesmo espírito com que Maria recebeu sua escolha para ser mãe de Deus externada no seu belo e maravilhoso cântico de ação de graças, em que agradece ao Senhor de todos os dons, o ter olhado para a humildade de sua serva, na sua simplicidade e pequenez (cf. Lc 1, 13-14).Zacarias, no seu cântico, soube louvar e bendizer o Deus de Israel pela alegria da redenção do mundo com o nascimento do Salvador (cf. Lc 1, 68-80). Também a melodia maravilhosa dos anjos, habitantes especiais, que povoaram os céus na noite santa do nascimento do Salvador da humanidade, reconhecendo a imensa grandeza de Deus, ao cantarem: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (cf. Lc 2, 13-14)".
Profunda e verdadeira alegria, no entanto, é a de Maria, porque está associada sempre ao bem maior, que foi tornar a terra inteiramente plena, no "Filho que nos foi dado" (Is 9, 5). É neste clima de grande alegria que nós todos da Paróquia de Santo Afonso dizemos ao Prof. Cajuaz, parodiando o papai: "Nous sommes contents de vous" – Nós estamos contentes e alegres com você. Parabéns pelo bonito trabalho!
Santo Natal e Feliz Ano Novo para todos! *Pároco de Santo Afonso

Última Alteração: 08:57:00
Fonte: Pe. Geovane Saraiva Local:Fortaleza (CE)

UNIVERSIDADE CATOLICA DE PERNAMBUCO ABRE INSCRIÇÕES PARA ESPECIALIZAÇÃO EM CATEQUESE

A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) abriu inscrições para novas turmas de especialização (pós-graduação lato sensu) em catequese. O objetivo do curso é formar discípulos e missionários para evangelizar promovendo a capacitação e a qualificação de catequistas, coordenadores, assessores, a fim de dinamizar a missão evangelizadora de Igreja local.As inscrições seguem até fevereiro. Nos dias 13 e 14 do mês citado acontecem as entrevistas com os interessados. O curso que começa em março de 2009 tem duração de 12 meses, com finalização prevista para julho de 2010, é destinado a coordenadores e assessores de catequese, agentes de pastoral, religiosos, diáconos e presbíteros.

Informações pelo site da Unicap: www.unicap.br

Última Alteração: 08:48:00
Fonte: CNBB Local:Pernambuco

O DIALOGO ENTRE OS PARCEIROS DA ALIANÇA

Veronice Fernandes - IPDDM*
A valorização da celebração da palavra de Deus “Promova-se a celebração da palavra de Deus nas vigílias das festas solenes, em alguns dias feriais do advento e da quaresma e nos domingos e dias de festa, especialmente onde não houver padre; neste caso será um diácono ou outra pessoa delegada pelo bispo a dirigir a celebração” (SC 35,4).Com este pronunciamento a constituição conciliar Sacrosanctum Concilium, põe o selo oficial, no que diz respeito à prática das celebrações ao redor da palavra de Deus. O documento conciliar, além de assumir tais celebrações, ainda incentiva-as. Vários documentos posteriores ao Vaticano II17 ofereceram orientações e reflexões que contribuíram para que a celebração da palavra de Deus aos poucos fosse ganhando corpo e estrutura de uma celebração litúrgica com uma dinâmica dialogal: Deus convoca e chama a assembléia, sujeito eclesial da celebração, para escutar sua palavra, ao longo do ano litúrgico; a palavra proclama a história da salvação, que tem como centro o mistério pascal de Cristo. A palavra celebrada torna-se acontecimento de salvação e diálogo de Deus com as pessoas através dos gestos e ações simbólicas.No Brasil, são milhares de comunidades que, não tendo a presença do presbítero, celebram o mistério de Cristo em suas vidas através da palavra de Deus.18 . D. Clemente Isnard afirma que: “sem a celebração da palavra de Deus não teremos verdadeiras comunidades eclesiais de base, e, sem estas, o povo brasileiro, em grande parte, não conservaria a fé católica”.19 Sem as celebrações dominicais ao redor da palavra de Deus, certamente a Igreja sucumbiria, pois são 70% das comunidades, aqui no Brasil, que sem poder celebrar a eucaristia, se reúnem aos domingos para celebrar ao redor da palavra de Deus.Sabemos que as celebrações dominicais da palavra de Deus, presididas por leigos ou leigas são de grande valor: garantem a memória da páscoa no dia do Senhor; são um espaço onde os participantes nutrem a fé cristã através da escuta da palavra que é anunciada e, a partir da escuta, dialogam com Deus; reforçam a dimensão comunitária e o compromisso com as iniciativas de evangelização.20
A Igreja, praticante da palavra de Deus
Podemos dizer que a palavra faz a Igreja e a Igreja faz nascer a palavra, não no sentido de a inventar, mas ao encarná-la e atualizá-la em sua realidade. Vejamos a afirmação do Ordo Lectionum Missae: “A Igreja cresce e se constrói ao escutar a palavra de Deus, e os prodígios, que de muitas formas Deus realizou na história da salvação, fazem-se presentes, de novo, nos sinais da celebração litúrgica, de um modo misterioso, mas real; Deus, por sua vez, vale-se da comunidade dos fiéis que celebra a liturgia, para que a sua palavra se propague e seja conhecida, e seu nome seja louvado por todas as nações. Portanto, sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança, antigamente travada, chega agora à sua plenitude e perfeição. Todos os cristãos, que pelo batismo e a confirmação no Espírito se converteram em mensageiros da palavra de Deus, depois de receberem a graça de escutar a palavra, devem anunciá-la na Igreja e no mundo, ao menos com o testemunho de sua vida. Esta palavra de Deus, que é proclamada na celebração dos divinos mistérios, não só se refere às circunstâncias atuais, mas também olha o passado e penetra o futuro, e nos faz ver quão desejáveis são as coisas que esperamos, para que, no meio das vicissitudes do mundo nossos corações estejam firmemente postos onde está a verdadeira alegria” (OLM 7).A palavra edifica a Igreja, povo de batizados, que reunida em assembléia, movida pelo dom do Espírito Santo, abre o ouvido do coração para escutar, celebrar e mais ainda, para proclamar e anunciar o acontecimento da salvação.
Desafios que ainda restam
Constatamos que após o Concílio Vaticano II houve muito empenho e realizações para que o povo pudesse se alimentar na mesa da palavra de Deus, contudo ficam ainda desafios:- Uma sistemática preparação de leitores, salmistas, para que a proclamação da Palavra de Deus seja de fato um diálogo amoroso entre Deus e a comunidade de fé.- Valorizar a homilia como parte integrante da liturgia e empenhar-se na preparação dos homiliastas.- Garantir o silêncio que possibilita a disposição interior para ouvir e responder aos apelos de Deus (cf. OLM 28).- Dar o devido valor ao livro (lecionário, evangeliário) como sinal e símbolo da realidade maior celebrada na liturgia.- Valorizar o lugar da proclamação da palavra de Deus, utilizando material nobre.- Melhorar o sistema de som de nossas igrejas.
Certamente, cada comunidade, de acordo com sua realidade, poderá avaliar o que pode fazer para que a mesa da palavra seja abundante e rica, bem preparada. Que o diálogo entre os parceiros da Aliança aconteça, de modo que aos poucos, vamos nos transformando e mudando a nossa realidade.
Siglas utilizadas: SC (Sacrosanctum Concilium); DV (Dei Verbum); OLM (Ordo Lectionum Missae); IGMR (Instrução Geral do Missal Romano).
* religiosa das Irmas Pias Discípulas do Divino Mestre, liturga e mestre em Teologia

Última Alteração: 08:32:00
Fonte: Veronice Fernandes - IPDDM Local:São Paulo (SP

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

MISSÃO DO BISPO É ESTAR A SERVIÇO DA VIDA

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu a missa desta sexta-feira, 28, no Congresso Internacional “Pessoa, cultura da vida e cultura da morte”, que se encerra hoje, em Indaiatuba (SP). Em sua homilia, o cardeal falou da missão do bispo na promoção e defesa da vida.“O bispo está a serviço da vida e com ele toda sua Igreja Particular”, disse dom Odilo. “O bispo combate os ídolos que levam à morte. Ele é o pai dos pobres e o portador da esperança”, ressaltou.
Dom Odilo citou vários trechos do Documento de Aparecida, ressaltando a palavra dos bispos da América Latina e Caribe acerca da promoção e defesa da vida, especialmente, a vida humana. “O papel da Igreja é anunciar a vida em plenitude. O Evangelho da vida é uma realidade concreta que consiste no anúncio da pessoa de Jesus Cristo. Ele é nossa vida”, destacou o cardeal.
Segundo dom Odilo, o bispo deve afirmar o direito à vida levando avante o magistério da Igreja. “Todo ser humano, ainda que não nascido, é uma criatura querida por Deus. Ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar o direito de tirar a vida do outro”, afirmou.


Última Alteração: 09:57:00
Fonte: CNBB Local:Itaici (SP)

O JOVEM E SUA RELÇAO COM A FÉ

IHU - Unisinos *
Uma pesquisa desenvolvida pelo teólogo Jorge Cláudio Ribeiro aponta que os jovens têm dado bastante valor à fé, mas não vão às igrejas. Realizado com 520 jovens universitários de 17 a 25 anos, o estudo analisa a forma como os brasileiros se relacionam com as religiões. Em entrevista concedida por telefone à IHU On-Line, o professor diz que "a religião não está sendo tão ágil diante dos problemas que aparecem a cada momento para as sociedades", mas que isso não seria um problema se ela não se apresentasse - em suas diferentes formas - como "elaboradora da verdade". Ribeiro acrescenta ainda que "o jovem não é simplesmente alguém que tem 17 ou 25 anos, mas um ser humano que está montando as estruturas básicas da sua existência, fazendo opções que são estratégicas para seu futuro e, ao mesmo tempo, vive intensamente o presente porque está estabelecendo relações de alteridade".
Jorge Cláudio Ribeiro é formado em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, e em Jornalismo, pela Universidade de São Paulo. Na PUC-SP, realizou o mestrado em Educação e o doutorado em Ciências Sociais. É pós-doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente, é sócio da Editora Olho d’Água e professor da PUC-SP.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - É comum ouvirmos que a tendência é que o jovem está cada vez menos desligado das práticas religiosas, mas a sua pesquisa mostra o contrário. Por que, em sua opinião, o jovem de hoje mostra que tem mais fé, mas ainda assim não dá valor às igrejas?
Jorge Cláudio - Bom, minha pesquisa é sobre um público jovem específico. É como se olhássemos uma célula pelo microscópio e percebêssemos que o DNA dela pode estar presente em outras células. Meu estudo trata de universitários. Eu vejo que as religiões servem de referência, mas não têm uma autoridade plena como teria em outras fases da história humana e nem em outras idades, como a infância ou uma idade adulta mais tardia. Os jovens enfatizam mais a experiência da fé, que pode ser ajudada ou não pelas religiões. Hoje, dentro da cultura da modernidade, as religiões não têm tanta autoridade, mas valorizam mais a individualidade e a subjetividade. Os jovens estão mergulhados dentro dessa corrente. Os nossos sujeitos valorizam a fé, que induz a reverência do pesquisador, porque é uma coisa muito bonita. Apesar de ser bonito, eles têm fé não por isso, mas porque precisam. A fé é uma energia, uma dinâmica que ajuda o jovem a viver essa fase da vida, e não um adereço.
IHU On-Line - De que modo isso acontece?
Jorge Cláudio - Os jovens se caracterizam menos pela idade do que pela sua capacidade e sua exigência de experimentação. O jovem não é simplesmente alguém que tem 17 ou 25 anos, mas um ser humano que está montando as estruturas básicas da sua existência e fazendo opções que são estratégicas para seu futuro. Ao mesmo tempo, vive intensamente o presente porque está estabelecendo relações de alteridade com pessoas, está conhecendo amigos, tendo experiências inaugurais do amor etc. Então, o jovem está inaugurando uma série de coisas na sua vida. Algumas não servem e outras, não dão certo. Isso se deve a uma intensa prática de experimentação, pois ele está vendo como as coisas acontecem. Na medida em que está experimentando, precisa ter consciência de que esse processo - que também é carregado de insegurança, de dificuldades de ver com clareza - irá levá-lo a algum lugar. Para isso, precisa ter uma base mínima e mais intensa de confiança na vida. Para os nossos pesquisados, a expressão "para minha vida tem sentido" é quase um mandamento. Isso dá a ele a possibilidade de que a fé - que, para ele, é mais importante do que as crenças e as religiões formais - seja o núcleo de sua experiência espiritual, nem sempre formalmente religiosa.
IHU On-Line - Depois da pesquisa, como o senhor passou a entender a fé?
Jorge Cláudio - A fé é uma experiência polissêmica, isto é, cada um entende de uma forma diferente, assim como Deus. Ela é carregada de muitos sentidos: permeia o nosso cotidiano, se dá em algo superior a mim (como Deus, como a vida, a humanidade), é uma atitude concreta, que tem um efeito prático. Então, se percebe que uma pessoa que tem fé, não necessariamente religiosa, vai mais longe, porque a fé lhe oferece sentido, direção e beleza para sua vida. A fé oferece uma percepção de que, se cada um acreditar, é possível chegar a realizações. Sem tê-la no que estou fazendo, faço algo de forma burocrática e desanimada. Então, ela tem a ver com o entusiasmo, que, segundo sua etimologia grega, significa "Deus está em nós". Mesmo que você seja ateu, mas com entusiasmo e fé, já está bom, pois a fé é o núcleo pulsante, o coração da vida humana e da experiência do nosso jovem. Se a pessoa não tiver fé, ela não realiza a sua humanidade. Mas a fé não é certeza, apresentando um componente de construção, de experimentação: é uma aposta. Em geral, quem aposta ganha de alguma forma, e isso vai ajudando o jovem a continuar vivendo.
IHU On-Line - A plurireligiosidade é uma característica do século XXI? Como isso aparece entre os jovens?
Jorge Cláudio - O Brasil se abre, por uma série de razões, desde econômicas até midiáticas, a perceber a existência de outras religiões, de outros praticantes de religiões. Então, eu percebo que há muito mais possibilidades, pois percebo que a humanidade é mais variada e quero experimentar. O Brasil sempre foi um grande laboratório para religiões, mas agora essas experimentações se oferecem concretamente com mais dinamismo, com mais desenvoltura e aí as pessoas aderem mais a esse tipo de coisa. Me parece que as pessoas não aderem a outro tipo de religião conscientes de que é um outro tipo de religião. Aderem porque a Igreja que ela freqüentava fica longe ou o padre não aparece com freqüência, enquanto, por exemplo, abriu na esquina da sua casa uma Igreja que também fala de Jesus e que tem um obreiro muito simpático. Assim, ele vai buscando mais na base da conveniência do que da doutrina.
IHU On-Line - Como o jovem contemporâneo conseguiu desligar-se do temor que as gerações anteriores envolviam Deus? Qual é a imagem que os jovens fazem de Deus?
Jorge Cláudio - Os nossos jovens, e outras pesquisas também apontam nessa direção, têm uma visão menos temerosa, menos masculina, menos doutrinária de Deus. É uma visão mais existencial, mas experimental. Na nossa pesquisa, as representações de Deus se dão da seguinte forma:
1) Deus é um ser superior, uma coisa genérica e distante. Para quem está começando a vida e para quem tem o instrumento poderoso do conhecimento, isto representa mais poder na vida e têm mais alternativas. Esses jovens querem usar essas alternativas para experimentações. Deus, por ser uma instância superior, fica distante, embora eles façam a experiência de Deus.
2) Deus é uma forma de energia, ou seja, não é tão importante assim. Energia é algo importante porque move o mundo, trazendo forças físicas e naturais que atravessam o universo. Isso é sentido quando amamos, quando temos um grau de solidariedade, uma experiência artística. Assim, a energia é algo que movimenta o cosmos, mas que eu experimento dentro de mim mesmo. A isso eu remeto Deus. Além disso, a palavra energia está muito presente no cotidiano do jovem e está presente no corpo e isso os dá vitalidade.
3) Deus é um ser pessoal. Isso por duas ordens de fatores. A primeira porque, nas religiões cristãs, Jesus é a manifestação mais pessoal de Deus. No judaísmo, era um Deus que dirigia a caminhada do seu povo. Apesar disso, os jovens não têm um censo pessoal muito próximo de Deus. Isso explica por que eles estão fazendo suas experimentações sem que Deus esteja totalmente presente. Ao mesmo tempo, dentro das relações profissionais, urbanas, o amor é um pouco líquido. Bauman fala muito sobre isso. Significa que as relações, na modernidade, são muito líquidas e, por isso, elas fluem. Isso não é ruim e é próprio da juventude.
IHU On-Line - Quais são as principais transformações reveladas por sua pesquisa em relação ao perfil religioso da sociedade atual?
Jorge Cláudio - Eu acho que há algumas tendências. O DNA dessa pequena célula que estudei pode estar ou não presente em outras partes do corpo social. Uma tendência é a secularização, ou seja, as pessoas sabem que estão nesse mundo aqui e que precisam lutar por ele. Nós somos éticos não porque é bonito, mas porque, se não formos, acabamos e, então, será a vez de as bactérias dominarem o mundo. Nesse sentido, há uma tendência para olhar para este mundo aqui. Temos, portanto, uma tarefa até divina de conservar a criação.
A escolarização, o grau de estudo e de conhecimento que as pessoas têm, é fundamental. Então, quanto mais estudo as pessoas têm, menos elas se apóiam na autoridade de outras pessoas e, assim, passam a usar a sua razão que passa a ser um instrumento de autonomia da pessoa. Quanto mais escolarizada alguém é, mais interessante socialmente é, menos cega fica.
A urbanização crescente torna a vida mais complexa, mas cheia de elementos, repleta de inter-relações. Então, é preciso aprender não a navegar num barco sólido, mas aprender a nadar, nem que seja com colete salva-vidas. É preciso haver mais flexibilidade e menos certeza. Precisamos aprender a viver numa certa insegurança, pelo menos numa segurança diferente da que se tinha antes.
IHU On-Line - Fala-se em crise moral da Igreja Católica devido ao fato de ela não avançar em debates acerca das células-tronco, pílula anticoncepcional e preservativo. Para onde migram os jovens que querem tratar desses assuntos e não encontram espaço no catolicismo?
Jorge Cláudio - É preciso falar novamente na polissemia. Um dos problemas pelos quais a Igreja passa é que seus sacerdotes pensam que toda ela possui problemas. Jesus não foi padre e temos de pensar nisso. De fato, está havendo um afastamento entre a hierarquia da Igreja Católica e seus fiéis que estão vivendo uma vida concreta. A hierarquia ainda não se definiu em relação a alguns pontos, mas as mulheres já resolverem essas questões há muitas décadas. As questões que aparecem com muito mais rapidez do que antes não encontram uma solução - e seria curioso se encontrassem - diante de uma doutrina que tem milênios de existência. Esse tempo não consegue resolver os confrontos que serão levantados nos próximos cinco minutos. Outras instâncias - como econômica e cultural - estão agindo com muito mais rapidez em perceber e inventar problemas do que as religiões dão conta de responder. A religião não está sendo tão ágil diante dos problemas que aparecem a cada momento para as sociedades. Isso não seria um grande problema se as religiões - sobretudo o catolicismo e islamismo - não se apresentassem como as principais elaboradoras de verdades. A humanidade precisa se reinventar, e esse é o tipo de coisa que o jovem experimenta. O jovem está imerso nessa temporalidade rápida e as religiões não dão conta. Precisaria a Igreja ter mais calma para usar todo o seu arsenal doutrinário porque ela não está conseguindo fazer isso com o método atual.
IHU On-Line - Hoje, a religião também deve ser alvo de experimentações dos jovens?
Jorge Cláudio - Ela não é alvo, mas terreno de experimentações. No campo doutrinário, os jovens não se encontram, então vão atrás daquilo que consegue resolver a sua juventude, que é um enigma para ele mesmo. O próprio jovem não sabe definir o que é ser jovem. Por isso, precisa de vozes para equacionar seus problemas. Assim, vai fazendo experimentos, não só na religião. Com isso, é um crente sem religião. Ele desencana da religião, mas não da fé.
IHU On-Line - Qual sua opinião sobre os movimentos de jovens dentro das igrejas?
Jorge Cláudio - Isso não é novo e já era um momento de descoberta múltipla e não apenas religiosa. São pessoas mais dedicadas, mas o grande problema é que podem virar grupos de fanáticos, fechados dentro deles mesmos.
* Instituto Humanitas Unisinos

Última Alteração: 09:51:00
Fonte: Adital Local:São Paulo (SP)

COERÊNCIA NA PROMOÇÃO DA CULTURA DA VIDA

Intenção Geral do Santo Padre para o mês de DEZEMBRO: Que perante a crescente expansão da cultura da violência e da morte, a Igreja promova corajosamente a cultura da vida, nas suas atividades apostólicas e missionárias
1. Cultura da violência e da morte
Quando se fala de «cultura da morte», não se trata de cultura entendida no seu sentido mais amplo, antes de opções ideológicas ou modos de vida que, por conhecerem grande divulgação e aceitação social, passam a fazer parte de uma dada cultura, marcando-a negativamente. É o caso da utilização lúdica da violência. Todos somos expostos diariamente à violência e à morte ficcionadas. Muitos jogos de computador constituem, neste campo, um caso extremo. Deste modo, banalizam-se a violência e a morte como produtos de entretenimento – e, com o tempo, tal banalização passa a integrar os comportamentos quotidianos...
É o caso, bem mais grave, da relação das nossas sociedades com os mais débeis: as crianças não nascidas e os idosos ou doentes em fase terminal ou com doença incurável. Quanto a estes, vai lentamente impondo-se como aceitável a legalização da eutanásia – primeiro, em certas circunstâncias, depois as circunstâncias alargam-se, pela lei natural das coisas... e virá o tempo de a eutanásia ser socialmente considerada uma obrigação, do próprio ou dos familiares... Quanto às crianças não nascidas, o Estado não apenas se demite da obrigação de as proteger, mas reconhece legalmente o direito de as eliminar, segundo as conveniências dos progenitores – e há até quem trabalhe arduamente com o objectivo de levar as Nações Unidas a declarar o aborto um «direito humano»!2. Raízes da cultura da morte
A raiz profunda desta cultura da morte está na perda do sentido e da dignidade do ser humano, considerado como um primata entre primatas cujo fim é a morte. Não surpreende, por isso, a facilidade em justificar a eliminação dos mais fracos ou daqueles que, por algum motivo, acabem considerados um incômodo para a sociedade ou para alguém em particular. Começou-se pelas crianças ainda não nascidas, estamos a passar aos idosos, doentes incuráveis e terminais e, a seu tempo, outros humanos serão incluídos no role dos dispensáveis: deficientes profundos, crianças nascidas com alguma doença grave...
Já vimos isto no século passado, quando o nazismo se lançou na «purificação da raça alemã», eliminando deficientes, inválidos e as «raças inferiores». Ora, o nazismo, com traços de religião pagã, era sobretudo uma cultura da violência e da morte, sem nenhuma dimensão de transcendência. Embora mais sofisticada, a atual cultura da morte tem as mesmas características profundas e acaba sendo mais insidiosa – pois tudo é feito em nome da liberdade, dos direitos individuais e sob a capa da legalidade democrática, não provocando, por isso, a rejeição que o nazismo conheceu, sobretudo depois de derrotado.3. Promover a cultura da vida
O presente não permite alimentar grandes esperanças quanto a uma alteração do modelo cultural em que vivemos. Os cristãos, apesar disso, devem promover a cultura da vida, esperando contra toda a esperança, como S. Paulo diz de Abraão (cf. Romanos 4, 18).
Um aspecto fundamental deste combate passa pela proposta de uma visão do ser humano capaz de integrar a dimensão de transcendência e a relação com Deus. Esta é a única resposta à visão materialista dominante. Fazendo-o, a Igreja dá voz a uma Tradição com milénios, fundada na Bíblia. Tradição que constituiu, durante séculos, o alicerce da cultura ocidental, mas que, actualmente, é considerada como inutilidade fruto da superstição e da ignorância.
Esta proposta encontra a sua explicitação no anúncio de Jesus Cristo como fonte de vida e salvação para todo o ser humano, independentemente do tempo e do lugar. Por si mesmo, um tal anúncio é gerador de cultura e cultura de vida. Não o fazer é deixar de cumprir a própria missão, renunciar a gerar cultura iluminada pelo Evangelho... e deixar a outros a possibilidade de formatar a sociedade segundo os próprios desígnios. A questão é saber se, enquanto cristãos, estamos convencidos de ter algo de original e valioso a propor aos nossos contemporâneos, capaz de edificar sociedades mais justas e culturas mais humanizadas e humanizadoras...
Importa, porém, que a vida pessoal e comunitária não contradiga o anúncio. Se vivemos segundo os paradigmas da cultura da morte, quem vai escutar as nossas palavras em defesa da vida? Se o Cristianismo deve aparecer cada vez mais como um modo culturalmente alternativo de viver em sociedade – em muitos casos, como uma contracultura – tal deve manifestar-se nas opções de vida dos cristãos. Ora, um dos males mais evidentes da Igreja, hoje, é a incapacidade de tantos cristãos em assumirem a sua fé nas opções da vida quotidiana: na hora de votar, de servir a causa pública, de consumir, na vida familiar, no compromisso em favor dos outros... Perante isto, de pouco serve que o Magistério da Igreja tome posições públicas atempadas sobre os temas mais graves da vida em sociedade, pois tais ensinamentos acabam por não encontrar quem os traduza em vida e os transforme em cultura – neste caso, cultura da vida opondo-se com coragem determinada à cultura da morte suave e delicada que vai dominando o nosso quotidiano.



Última Alteração: 11:25:00
Fonte: Agência Ecclesia Local:Cidade do Vaticano

LITURGIA EM MULTIRÃO

Ir. Veronice Fernandes, pddm
O que é a coroa do advento?Entre os símbolos do ciclo do natal, temos a coroa do advento que contém uma linguagem de silêncio, mas que fala forte através do círculo, da luz, das cores, dos gestos correspondentes... É feita de folhas verdes e nela se colocam quatro velas. Qual a sua origem?Surgiu na Alemanha, no século dezenove, mais exatamente nas regiões evangélicas, situadas ao norte. Os colonos para comemorarem a chegada do natal, a noite mais fria do ano, acendiam fogueiras e sentavam-se ao redor. Mais tarde, não podendo acendê-las dentro de casa, tiveram a idéia de tecer uma coroa de ramos de abeto (uma espécie de pinheiro), enfeitando-a com flores e velas.No inverno rigoroso dos países frios, todas as árvores perdem suas folhas, somente os pinheiros resistem, sendo desta forma, um sinal de que, a natureza não morreu totalmente.No início do século vinte, os católicos adotaram o costume de colocar a coroa nas suas igrejas e casas. No Brasil, o uso certamente provém dos missionários que vieram da Alemanha, ou de brasileiros que tendo conhecido o uso da coroa na Europa, a introduziram nas comunidades
Por que tem uma forma circular?Sem começo e sem fim. A circularidade está ligada a perfeição. O redondo cria harmonia, junta, une. Lembra ainda para nós, que somos integrantes de um mundo circular, onde o processo do universo e da vida é cíclico: o círculo do ano, do tempo, o ir e vir da história, sempre marcado pela presença daquele que é a Luz do mundo.
Por que 4 velas?Nos países do norte da Europa, durante o inverno, as noites são mais longas que os dias e a luz do sol brilha pouquíssimo, quando não fica totalmente escondido pelas nuvens. Por isso, lâmpadas, velas são indispensáveis e muito apreciadas. Mesmo para nós que somos cumulados com a luz do sol, a luz da vela tem muito significado. No advento, a cada domingo, acende-se uma vela da coroa. De uma a uma, a luz vai aumentando, até chegar na grande festa da Luz que proclama Jesus Cristo como Salvador, Sol do nosso Deus que nos visita, que arma sua tenda entre nós (Cf. Jo 1,1-14).Quanto a cor das velas, normalmente é usado a vermelha que em quase todas as partes do mundo, tem o significado do amor. No Brasil, somos marcados profundamente pelas culturas, indígena e afro, onde o brilho das cores, da festa, da dança, da harmonia com o universo, está presente de uma maneira esplendorosa e reveste as celebrações. Desta forma temos o costume de utilizar na coroa, velas coloridas, uma de cada cor.
Por que a cor verde?É sinal de vida. Nem tudo está morto, há esperança. Mesmo nos países tropicais, quando tudo está seco, sedento, com a chuva a vida brota, tudo fica verde e traz a esperança dos frutos e anuncia a vida.
Vem vindo, a libertação...O advento é marcado pela atitude de espera vigilante a fim de captar todos os sinais que Deus vai nos revelando. Desde o primeiro domingo, somos interpelados (as) como Isaías, João Batista e Maria, a fortalecer a esperança, assumir a história de uma maneira diferente, lutar para por fim a uma cultura de morte e proclamar com atos e palavras que a vida é mais forte. De domingo a domingo vai crescendo em nós, na comunidade, no universo inteiro, a certeza de que a luz brilha nas trevas e que Deus nos ama a tal ponto que se faz gente como nós. E assim, o dom vai crescendo em nós e nos tornando capazes de ir ao encontro das outras pessoas, de esparramar no mundo a solidariedade, a esperança, a justiça, a paz...Com certeza, utilizando a coroa nas comunidades, com toda a dimensão simbólica que ela contém, será um sinal que nos ajudará a “enxergar” e a experienciar mais profundamente todo o sentido da espera do Salvador.
Como fazer o acendimento da coroa?É preciso preparar antecipadamente a coroa no local da celebração. No material utilizado, usar o natural. É preciso prevalecer a verdade dos sinais. Também, na decoração da coroa, não usar brilho, pois procedendo desta maneira, estaríamos antecipando a festa da plena luz que é o natal e deixando de experimentar a feliz espera, da manifestação do Senhor que acontece nas festas do natal. Sendo o altar símbolo do Cristo é recomendável não colocar a coroa sobre o mesmo.
Proposta de acendimento da coroa de advento para os quatro domingos:Normalmente as velas da coroa são acesas no início da celebração.Uma pessoa entra com a vela acesa (pode ser uma mulher grávida), enquanto isto a comunidade canta: Vem vindo a libertação, ergam a cabeça, levantem do chão! (ou outro canto apropriado)Levantando a vela e aproximando-se da coroa, reza-se:Bendito sejas, Deus bondoso, pela luz do Cristo, sol de nossas vidas, a quem esperamos com toda ternura do coração.Em seguida, coloca-se a vela na coroa, podendo repetir o refrão acima.
Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:
1. O que nos chama a atenção nesse artigo?2. Qual o sentido do advento?3. Como vocês costumam fazer o acendimento da coroa do advento?4. Como fazer o acendimento para melhor expressar o sentido do advento?

Última Alteração: 13:23:00
Fonte: CNBB Local:Brasília (DF)