FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ministro descarta descriminação do aborto no Brasil no curto prazo



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que a descriminação do aborto – aprovada na quarta-feira pela Câmara dos Deputados do Uruguai – é um "fenômeno mundial", mas afirmou que "não existe nenhuma hipótese" de o Brasil seguir esse caminho no curto prazo."O Uruguai deu um passo importante", disse Temporão em entrevista à BBC Brasil. "Isso é um fenômeno mundial. Na Europa, apenas quatro países não aprovam, do ponto de vista legal, o aborto."
"O Congresso brasileiro acabou de rejeitar um projeto de lei, então não existe nenhuma hipótese no horizonte curto de que essa questão esteja resolvida na sociedade brasileira."
Temporão ressaltou que "cada país tem o seu processo" e exige "uma discussão muito profunda e delicada" da sociedade.
Em julho, a Comissão de Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados, rejeitou o projeto de lei 1.135/91, que permitiria o aborto no Brasil. A proposta foi considerada inconstitucional por ferir o direito à vida.
Temporão ressaltou, no entanto, que o Brasil obteve uma "histórica vitória" no Supremo Tribunal Federal ao conseguir aprovar a autorização da realização da pesquisa com células embrionárias.
Na União Européia, apenas Portugal, República Checa, Espanha e Irlanda restringem a permissão de aborto aos casos em que há ameaça à vida ou à saúde da mãe. Nos demais países do bloco, o aborto é totalmente liberado ou permitido por motivos econômicos e sociais.
No Uruguai, um projeto de lei que permite o aborto de fetos de até 12 semanas de gestação foi aprovado nesta semana pela Câmara, mas ainda depende de aprovação do Senado. O presidente do país, Tabaré Vazquez, avisou que pretende vetar a permissão ao aborto, caso o Senado a aprove.
Crise financeira e dengue
O ministro descartou o impacto da crise financeira mundial no orçamento da Saúde.
Nesta semana, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o orçamento do governo vai sofrer um corte de R$ 15 bilhões no próximo ano, devido ao menor crescimento da economia brasileira – que estaria sofrendo com a crise global.
"Felizmente o orçamento do ministério da Saúde está blindado pela emenda 29. O orçamento do ministério da Saúde tem que ser obrigatoriamente corrigido pela variação nominal do PIB", disse Temporão.
"Como o crescimento econômico esse ano com certeza vai ser acima de 5% - se é que nós vamos ter crise, mas isso é uma outra discussão – e a inflação vai ficar em torno de 5%, o meu orçamento vai aumentar em 10%. Isso não há o que fazer. É uma determinação constitucional."
O maior problema da Saúde é que qualquer aumento do orçamento acima do previsto pela emenda 29 pode tornar-se mais difícil diante da crise financeira e da queda da arrecadação do governo.
Temporão ressalta que, mesmo com o possível aumento de 10% no orçamento da Saúde em 2009, o montante "está totalmente distante das necessidades" da pasta.
Uma das necessidades será o combate à dengue. O governo federal está em alerta para um possível surto de dengue no verão em 12 Estados brasileiros.
O ministro da Saúde alerta que a situação mais grave é na Baixada Fluminense, onde pode haver uma nova epidemia de dengue.
Temporão está em Londres onde apresenta nesta sexta-feira um relatório a uma comissão formada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os diferentes fatores sociais que determinam o padrão de saúde do Brasil.
Segundo o ministro, no caso brasileiro, a forte desigualdade de renda é um dos principais fatores sociais que afeta a saúde.


Última Alteração: 11:00:00
Fonte: BBC Brasil Local:Brasi

O PROCESSO DE MIDIATIZAÇÃO DA SOCIEDADE


Prof. Dr. Pe. Pedro Gilberto Gomes, sj
No início do semestre, recebi um convite para participar de um painel, no marco do Congresso Mundial de Jornalistas Católicos, onde se pedia que cada conferencista, representando cada um dos cinco continentes, procurasse responder à pergunta seguinte:¿El encuentro entre medios y religión es, de hecho y concretamente, una oportunidad en el mundo de hoy?Preparando um texto para o Congresso, ao qual acabei não indo, dizia que a resposta à pergunta em questão não era tarefa fácil. De acordo com o ângulo assumido, tal seria a resposta, que poderia ser de dois tipos distintos. Entretanto, chamava a atenção que os dois tipos não eram os tradicionais: sim ou não. Mais bem, tratava-se de respondê-la ou não. Isto é, ou consideraríamos a pergunta pertinente – e nos dávamos o tempo para respondê-la - ou a considerávamos inútil e não perderíamos tempo com ela.Noutras palavras, o problema estava (e está) em decidir sobre o lugar onde nos situamos para contemplar o fenômeno da relação mídia e religião. Onde estamos? No passado ou no futuro? Em que ambiente vivemos?Para o congresso em questão, num primeiro momento, fizemos o exercício de responder a pergunta, muito embora, pela nossa argumentação, deixávamos entrever que não considerávamos uma oportunidade, a não ser sob determinadas condições. Entretanto, o peso da nossa argumentação recaía (e recai) sobre a convicção de que, no atual contexto, a pergunta é inútil e está ultrapassada no tempo. Os motivos, que passaremos a elencar a seguir, dão forma a esta nossa conversa e insinuam uma compreensão do processo de midiatização da sociedade que ultrapassa ao que, até agora, viemos discutindo e analisando.Para desenvolver as idéias que me preocupam, peço licença para continuar no ambiente da relação mídia e religião. Isso por dois motivos: foi nesse ambiente que desenvolvi a argumentação a ser apresentada (meu objeto de pesquisa é mídia e religião) e por ser mais fácil de fazer uma crítica objetivando-a na ação de um terceiro incluído a quem podemos, por assim dizer, jogar pedras.Como dissemos, consideramos uma inutilidade responder à pergunta formulada pelos organizadores do Congresso Mundial de Jornalistas Católicos. Isso porque, se a considerarmos pertinente, ainda estamos num outro ambiente. Num outro mundo. Usando o exemplo das Igrejas, explicitemos melhor o argumento.Quando entram no mundo da mídia, as Igrejas não levam em conta de que o processo mudou. Os dispositivos tecnológicos, tão importantes, são apenas uma pequena parte, a ponta visível do iceberg, de um novo mundo estruturado pelo processo de midiatização da sociedade. Estamos vivendo hoje uma mudança de época, uma nova inflexão, com a criação de um bios midiático que toca profundamente o tecido social. Surge uma nova ecologia comunicacional . É um bios virtual. Entendo que muito mais que uma tecno-interação, está surgindo um novo modo de ser no mundo representado pela midiatização da sociedade.Fazendo referência ao pensamento de Marshall McLuhan, que divide a história da humanidade como um processo que parte da tribalização até a retribalização, passando pela destribalização , podemos dizer que a midiatização nos coloca numa outra galáxia que supera a chamada Aldeia Global. É um processo mais avançado que uma simples retribalização. A Galáxia Midiática (ou midiatizada) cria o fenômeno de uma glo(tri)balização.Se avançarmos e ousarmos um pouco mais na reflexão, podemos afirmar que a midiatização está, talvez, configurando a possibilidade da busca de uma visão unificada da sociedade. A estruturação de uma visão totalizante não mais se dá mediante a reflexão e o pensamento, mas através da prática glo(tri)balizante. A reunificação do mundo, quase uma volta a Platão e Plotino, se dá no âmbito da prática, via midiatização da sociedade. O novo modo de ser no mundo configurado pela midiatização social seria um retorno ao Uno, numa visão do mundo. A unidade surge como princípio de inteligibilidade social no processo de midiatização. Na harmonização dos contrários, a unificação significa um mais além da diferença de pensamento, apontando para uma prática comum.Sobre o processo de unificação, resultado da midiatização da sociedade, valemo-nos de alguns pensamentos buscados em Teillhard de Chardin . Este pensador francês postula um processo de unificação da humanidade. Para ele, a história é um contínuo processo de unificação rumo à planetização da sociedade.Entretanto, antes de nos deter em Teilhard de Chardin, Vejamos alguns pontos que o colocam na base das idéias de Herbert McLuhan, outro pensador seminal para se compreender o que se passa no mundo hoje.Tom Wolfe , falando de McLuhan, diz:Aqui vemos a sombra de uma intrigante figura que influenciou McLuhan tanto quanto Harold Innis, mas a quem ele nunca se referiu de maneira explícita: Pierre Teilhard de Chardin .
Explicitando algo do pensamento do jesuíta francês, afirma que, para ele, Teilhard,Deus estava dirigindo, nesse exato momento, o século XX, a evolução do homem para a noosfera (...) uma unificação de todos os sistemas nervosos humanos, todas as almas humanas, por meio da tecnologia .
Constata, outrossim, que o jesuíta francêsMenciona o rádio, a televisão e os computadores em especial com pormenores consideráveis, e alude à cibernética. (...)Esta tecnologia estava criando um “sistema nervoso para a humanidade”, escreveu ele, “uma membrana única, organizada, inteiriça sobre a terra”, “uma estupenda máquina pensante”. (...)“A era da civilização terminou”, e a da “civilização unificada está começando” .
Wolfe identifica a noosfera, a membrana inteiriça com a rede inconsútil de McLuhan. Para ele, a civilização unificada não é outra coisa que a aldeia global de pensador canadense. Ainda citando Teilhard, Wolfe constata:Podemos pensar, escreveu Teilhard, que essas tecnologia são “artificiais” e completamente “exteriores aos nossos corpos” mas na realidade elas são parte da evolução “natural, profunda”, do nosso sistema nervoso. “Podemos pensar que estamos apenas nos divertindo”, ao usá-las, “ou apenas desenvolvendo o nosso comércio, ou apenas propagando idéias. Na realidade, o que estamos fazendo é nada menos do que continuar num plano superior, por outros meios, a obra ininterrupta da evolução biológica”. Ou, para dizer de outro modo: “O meio é a mensagem” .Não interessa a esse trabalho discutir porque McLuhan nunca reconheceu explicitamente a dívida conceitual com Teilhard de Chardin . Antes, entretanto, de olhar mais de perto o que pensava McLuhan sobre os meios de comunicação, convém debruçar-se sobre os textos que inspiraram a Tom Wolfe na sua Introdução à obra do pensador canadense.A produção de Teilhard de Chardin é vasta e abrangente. Entretanto, para o que aqui nos interessa, basta-nos o seu livro sobre o futuro do homem. Numa série de conferências publicadas ao longo da década de 1940, Teilhard traça uma linha de reflexão que procura compreender para onde caminha a humanidade, tendo em conta o crescimento populacional e o desenvolvimento científico e tecnológico.Neste sentido, afirma:Sobre la superficie geométricamente limitada de la Tierra, constantemente encogidas por el acrecentamiento de su radio de acción, las partículas humanas no sólo se multiplican más cada día, sino que, por reacción a sus mutuos roces, desarrollan en torno a sí, automáticamente, una madeja cada vez más densa de conexiones económicas y sociales. Todavía más: expuesta cada una de ellas, hasta su centro, a las innumerables influencias espirituales emanadas a cada instante del pensamiento, de la voluntad, de las pasiones de todas las demás, se hallan constantemente sometidas interiormente a un régimen forzado de resonancia. (...) ¿no es evidente que una sola dirección permanece abierta al movimiento que nos arrastra: el de una unificación siempre creciente? (...) Al mismo tiempo que la Tierra envejece, más de prisa se contrae su película viviente .
No caso do ser humano, sublinha, igualmente, sua ascensão psíquica correlativa à socialização pela:- Aparición de una memoria colectiva en donde se acumula por experiencias acumuladas y se transmite por educación una herencia general de la humanidad;- Desarrollo, por transmisión cada vez más rápida del pensamiento, de una verdadera red nerviosa que se envuelve, a partir de ciertos centros definidos, la superficie entera de la Tierra;- Emergencia, por concurso y concentración cada vez más avanzada de los puntos de vista individuales, de una facultad de visión común que se hunde, allende el Mundo continuo y estático de las representaciones vulgares, en un Universo fantástico, y, no obstante, dominable, de energía atomizada .
É importante que se retenha o que ele afirma do desenvolvimento de uma rede nervosa que envolve a superfície da terra. Desse modo, sublinha:En torno a nosotros, tangible y materialmente, la envoltura pensante de la Tierra – la Noosfera – multiplica sus fibras internas, estrechas sus redes; y, simultáneamente, se eleva su temperatura interior, sube su psiquismo. Imposible engañarse con estos dos signos asociados. Bajo el velo, bajo la forma de la colectivización humana, continúa su marcha hacia delante la super-organización de la materia sobre sí misma, con su efecto habitual, específico, de una liberación de conciencia. Y, por la propia naturaleza de los elementos puestos en juego, el proceso no podrá alcanzar su equilibrio más que cuando, en torno al globo, el “quantum” humano se halle no sólo (...) circundado sobre sí mismo, sino también orgánicamente totalizado .Será que essa rede nervosa poderia ser identificada ao que chamamos hoje de midiatização? De modo analógico, cremos que se pode aceitar que a rede de Internet, com a televisão e os satélites, configura a unificação planetária pensada por por Teilhard, ainda que ele tenha falado desde o ponto de vista da biologia.Olhemos outros extratos do seu pensamento:Un ordenamiento planetario de la masa y de la energía humana coincidiendo con una irradiación máxima de pensamiento, una ‘planetización’ al mismo tiempo externa e interna de la humanidad, he aquí, en resumidas cuentas, lo que nos espera; he aquí hacia adonde vamos inevitablemente bajo la presión creciente de los determinismo sociales .Y además, que ampliemos nuestros puntos de vista para considerar la formación actual, ante nuestros ojos, a favor de los factores hominizantes, como una entidad biológica especial, tal como jamás antes existió sobre la Tierra – aludo a la formación, a partir de y por encima de la Biosfera, de una envoltura planetaria más, la envoltura de sustancia pensante a la que, por comodidad y simetría, he dado el nombre de Noosfera .Ahora bien, en el nivel de la Humanidad, esta ley de desarrollo se modifica por un cambio radical, debido aparentemente al fenómeno psíquico de la reflexión. Psicológicamente (...), lo que hace al hombre es el poder de replegarse sobre sí mismo aparecido en su conciencia .
Entendemos que o processo de midiatização da sociedade desencadeia um dinamismo que faz com que a humanidade se volte sobre si mesma, como um conjunto unificado de consciências. Continuando na linha do pensamento do jesuíta francês, encontramos, na década de 1940, referências aos meios de comunicação. Desse modo, faz uma reflexão que parte da compreensão biológica da sociedade. Diz Teilhard de Chardin:En la humanidad presente, en la Noosfera (como yo digo) nos es dado contemplar por primera vez, en la cima misma del árbol evolutivo, lo que puede dar una síntesis no ya sólo de individuos, sino de hojas zoológicas enteras .
Continua aprofundando o elemento biológico quando constata:Entre el encéfalo humano, con sus billones de células nerviosas entrelazadas, y el aparato pensante social, con sus millones de individuos reflexionando solidariamente, existe evidente paridad, que biólogos de la talla de Julián Husley no han temido examinar y considerar críticamente. Aquí un cerebro elemental formado de núcleos nerviosos; allí, un Cerebro de cerebros. Entre los dos complejos orgánicos existe, no hay duda, diferencia capital. Mientras que en el cerebro individual, el pensamiento emerge sobre un sistema de fibras nerviosas no pensantes; en el caso del cerebro colectivo, por el contrario, cada elemento es en sí mismo un centro autónomo de reflexión .
Precisa um pouco mais o que entende quando fala desde o ponto biológico, ao convidar:Examinemos, pues, rápidamente lo que podría llamarse el órgano ‘cerebroide’ de la Noosfera, tanto en su estructura como en su funcionamiento.En primero lugar, su estructura. Y aquí de nuevo necesito volver una vez más a la máquina. Decíamos que gracias a la máquina, el hombre ha llegado a evitar, sobre el doble plan individual y colectivo, que lo mejor de él mismo quedase absorbido (...) en lo fisiológico y en lo funcional. Pero al lado y además de este papel preservador, ¿cómo no ver el papel constructor desempeñado por ella en la eclosión de una conciencia verdaderamente colectiva? La Máquina liberadora, sin duda, liberando al pensamiento, tanto individual como social, de cuanto pudiera lastrar su ascensión. Pero la Máquina, constructiva también, ayudando a que los elementos reflexivos de la Tierra se anuden sobre sí y se concentren bajo la forma de un organismo cada vez más penetrante .
Nesse ponto, introduz a questão dos meios de comunicação ao afirmar:Y aquí, naturalmente, pienso, en primer lugar, en la extraordinaria red de comunicaciones radiofónicas y televisuales que nos ligan ya a todos, actualmente, en una especie de co-conciencia etérea, anticipando acaso una sintonización directa de los cerebros mediante las fuerzas todavía desconocidas de la telepatía.Mas también pienso en la insidiosa ascensión de estas máquinas sorprendentes de cálculo, que gracias a señales combinadas, y a razón de varios centenares de millares por segundo, no sólo vienen a aliviar nuestro cerebro de un trabajo enojoso y agotador, sino además, porque aumentan en nosotros el factor esencial (...) de la velocidad del pensamiento, está preparando una revolución en el campo de la investigación .
Faz uma crítica severa e irônica aos céticos, quando afirma:Todos estos progresos, y tanto otros más, hacen sonreír a cierta filosofía. Máquinas comerciales, se oye decir, máquinas para gentes con prisa, para ganar tiempo y dinero. Ciegos, y más que ciegos, dan ganas de decirles, ¿cómo no percibís que estos instrumentos materiales, ineluctablemente ligados los unos a los otros, en su aparición y en su desarrollo, no son al cabo sino las líneas de una especie particular de supercerebro, capaz de elevarse hasta dominar algún súper-campo en el Universo y en el pensamiento? . Sua conclusão nos remete para a compreensão da midiatização como um novo modo de ser no mundo e um processo de evolução unificada da humanidade.Uno de los elementos más impresionantes del poder de visión colectiva al nos elevar la elaboración de un cerebro común, es la percepción de los grande movimientos lentos, tan grandes y tan lentos que sólo resultan sensibles en enormes capas de tiempo. (...) Es lo que le acontece a la Noosfera .En el origen de todo el movimiento, semejante al gran resorte de un mecanismo, reaparece y se reconoce lo que hemos llamado inflexión de los ramos humanos sobre ellos mismos. Decía que la Humanidad ha nacido de este esbozo de repliegue. Y ahora añadiría que funciona y subsiste bajo el prolongado efecto de este mismo mecanismo. Y, en verdad, casi basta con abrir los ojos para quedar obseso por esta visión alucinante: lenta, pero seguramente, por el juego combinado de fuerzas irresistibles, las hojas humanas continúan cerrándose, enrollándose en torno a nosotros. Sobre la superficie cerrada del astro que nos lleva, a pesar de los golpes negros de la guerra, la población se multiplica en progresión casi geométrica; y, simultáneamente, el área de desplazamiento de información y de influencia, para cada molécula humana, tiende a hacerse rápidamente coextensiva al globo entero. Compresión creciente, pues. Pero mucho más todavía, gracias a una interligazón biológica llevada a su extremo por la aparición de la reflexión, compenetración organizada de todos los elementos los unos por los otros. Incontestablemente, a una velocidad cada vez más acelerada, se teje la red (una red mundial) de lazos económicos y psíquicos que nos encierra, y cada vez más nos penetra fuertemente. Cada día nos es más difícil obrar y pensar de un modo que no sea solidario de otros pensares. ¿Qué significa este abrazo multiforme, a un tiempo externo e interno, contra el que en vano nos debatimos? ¿Será, por ventura, que cogidos en un engranaje ciego nos hallemos destinados a perecer ahogados sobre nosotros mismos? – No. Porque a medida que el enrollamiento se aprieta, y la tensión sube, se descubre un escape practicable para las fuerzas de súper-compresión, dentro del generador inmenso .Aceitando a analogia com o pensamento de Teilhard de Chardin, entramos num ponto de inflexão social e um novo modo que o ser humano possui para posicionar-se no mundo. Entretanto, antes de seguir avançando nessa analogia, voltemos ao pensamento de Marshall McLuhan para ver se, também nele, encontramos elementos que ajudem a compreender o fenômeno da midiatização social. Segundo ele, os meios de comunicação usam códigos adequados a sentidos do corpo humano: a transmissão oral anterior à renascença aplicava-se à audição. A partir de GUTEMBERG, dá-se ênfase ao segmento escrito, isto é, aplica-se à visão (em exercício linear, atrofiando os outros sentidos). Na era eletrônica há um envolvimento múltiplo audiovisual. A escrita agiu como um fato isolante, arrancando o homem da sua comunidade verbo-oral, destribalizando-o. Hoje, com os meios eletrônicos, o homem volta a tribalizar-se, tomando parte na aldeia global. Diz ele:Hoje, , esse fim do neolítico, caminhando lado a lado com o eletrônico, é um retorno à enciclopédia tribal, uma volta ao tribalismo, rumo a uma espécie de consciência inclusiva abrangente. Porém, esta não é pré-letrada, mas pós letrada, e ser pós letrado é muito diferente de ser pré-letrado .
Segundo um colega de pesquisa de McLuhan, Edmund Carpenter, dos novos idiomas, a TV é a que mais se aproxima do drama e do ritual. Portanto, segundo eles, a era eletrônica não seria mais uma etapa na história da mecanização e da automação. O contrário significa uma ruptura e a retomada de uma convivência orgânica, tribal. Isto significa que "a organização simbólica do homem, o seu sistema de percepção espacial e temporal, sofre o impacto das várias tecnologias comunicativas; é a este nível que os mass media provocam os seus efeitos mais significativos e duradouros. A atenção aos conteúdos transmitidos pelos mass media obscurece e desvia a atenção do fato de os mass media incidirem sobre o conhecimento que as pessoas têm do mundo, não porque os efeitos se verifiquem ao nível das opiniões mas porque as reações sensoriais, ou as formas de percepção, se alteram constantemente e sem encontrarem resistência. Por isso, McLuhan fala da aldeia global em que o mundo se transformou, precisamente como resultado das mutações provocadas pelos meios eletrônicos: a territorialidade física é transposta pela mundovisão assim como a distância se torna inexistente pela cobertura televisiva. Nessa perspectiva, os mass media são outras tantas expansões do homem, transformam-se nas mensagens que transmitem e essas modificam o receptor. Todas as tecnologias comunicativas - no sentido lato - são, de fato, analisáveis como extensões do sistema físico e nervoso do homem" .
Neste sentido, McLuhan afirma que "depois de três mil anos de explosão, graças às tecnologias fragmentárias e mecânicas, o mundo ocidental está implodindo. Durante as idades mecânicas projetamos nossos corpos no espaço. Hoje, depois de mais de um século de tecnologia elétrica, projetamos nosso próprio sistema nervoso central num abraço global, abolindo tempo e espaço(...). Estamos nos aproximando rapidamente da fase final das extensões do homem: a simulação tecnológica da consciência, pela qual o processo criativo do conhecimento se estenderá coletiva e corporativamente a toda a sociedade humana, tal como já se fez com nossos sentidos e nossos nervos através dos diversos veículos" .
Deste modo, para ele, "eletricamente contraído, o globo já não é mais do que uma vila. A velocidade elétrica, aglutinando todas as funções sociais e políticas numa súbita implosão, elevou a consciência humana de responsabilidade a um grau dos mais intensos" . Por isso, este atual momento, para McLuhan, é particularmente dramático. "Esta é a Idade da Angústia, por força da implosão elétrica, que obriga ao compromisso e à participação, independentemente de qualquer 'ponto de vista'" .Se, seguindo as pegadas de Teilhard de Chardin e Marshall McLuhan, assumirmos a midiatização como um novo modo de ser no mundo, superaremos, segundo meu ponto de vista, a mediação como categoria para se pensar, por exemplo, a televisão hoje. Estamos numa nova ambiência que, ainda que tenha fundamento no processo desenvolvido até agora, significa um salto qualitativo, uma reviravolta fundamental no modo de ser e atuar.Esse aspecto supera o conceito de mediação, muito embora este seja mais que um terceiro elementos que faz a ligação entre a realidade e o indivíduo, via mídia. Ele é a forma como o receptor se relaciona com a mídia e o modo como ele justifica e tematiza essa mesma relação. Por isso, estrutura-se como um processo social mais complexo que traz no seu interior os mecanismos de produção de sentido social.Ainda que existam correntes que digam que a midiatização é a mediação tecnológica , cremos estar diante de algo novo, o qual significa um salto qualitativo no desenvolvimento da mídia.Por isso, mover-se no horizonte do conceito de mediação é permanecer noutra ambiência. A midiatização é a reconfiguração de uma ecologia comunicacional (ou um bios midiático). Torna-se (ousamos dizer, com tudo o que isso implica) um princípio, um modelo e uma atividade de operação de inteligibilidade social. De outra maneira, a midiatização é a chave hermenêutica para a compreensão e interpretação da realidade. Nesse sentido, a sociedade percebe e se percebe a partir do fenômeno da mídia, agora ampliado para além dos dispositivos tecnológicos tradicionais. Por isso, é possível falar da mídia como lócus da compreensão da sociedade. Isso é tão imperioso que a posição, ante então revolucionária, do palco à platéia perde seu sentido e é superada. Agora existe um teatro de arena, onde não mais se fala de palco e de platéia, pois é impossível pensar uma realidade sem palco, uma vez que el abarcou tudo. As pessoas não distinguem mais a sua vida separada do palco, sem ele. Se um aspecto ou fato não é midiatizado, parece não existir.Aceitar a midiatização como um novo modo de ser no mundo põe-nos numa nova ambiência que, como dizíamos acima, mesmo que tenha fundamento no processo até agora desenvolvido, significa um salto qualitativo no modo de construir sentido social e pessoal. Mesmo que as mediações material e simbólica estejam unidas no processo de midiatização, essa não é um degrau a mais no processo evolutivo, mas um novo qualitativo, síntese na dialética sujeito/objeto. Na sociedade do grande irmão, a tecnologia midiática é uma ambiência que trabalha na construção de sentido, induzindo uma forma de organização social.É por isso que, nesse novo contexto, a pergunta formulada pelos organizadores do Congresso de Jornalistas Católicos é inútil, uma vez que supõe que se olhe os meios simplesmente como dispositivos tecnológicos. Isto é, preocupar-se com que o encontro dos meios com a religião seja um risco ou uma oportunidade é permanecer ainda na velha ambiência, é ficar com os problemas da modernidade.Por isso, na linha de superação dos ambientes, estudar os processos midiáticos na sociedade contemporânea significa colocar-se a si e à reflexão que se deseja um horizonte mais amplo que os limites estreitos dos campos que hoje nos ocupam no dia a dia.São Leopoldo, junho de 2007.Programa de Pós-Graduação em Ciências da ComunicaçãoUniversidade do Vale do Rio dos Sinos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

NAS ONDAS DA MISERICORDIA


Mas esses dias eu estava pensando: "quem sou eu?", "o que Deus viu em mim pra me escolher pra divulgar a Sua misericórdia?", "será que eu tenho dado conta?". Nossa, quantas perguntas difíceis. Eu tenho pensado muito nisso. Sou tão limitado. Tenho uma esposa que me ama, amigos-irmãos maravilhosos que estão sempre ao nosso lado, mesmo quando estão ausentes. É impressionante como acontece esse milagre da fraternização. Eu fico imaginando como seria minha vida sem meus sustentáculos. Existe um tripé bem definido: minha família, meus irmãos de fé e esse Deus maravilhoso que tem um nome acima de todo nome sob o qual TODO joelho se dobra e toda lingua proclama - Jesus Cristo é o Senhor!!! É um tripé muito bem definido, em verdade. Fico imaginando minha vida antiga se tivesse extendida até hoje. Nossa vida é algo espetacular.



Minha vida, antigamente, não era algo exemplar. Mas se nao a tivesse vivido, não teria o que falar a você. Nós precisamos da matéria para haver milagre. A matéria é o nosso cesto de oferendas. Mazelas, intrigas, pecados da sexualidade, fofocas, estupidez, animalidade, injúrias, falsidades, mentiras, roubos, assassinatos (do corpo e da alma), enfim, tudo isso que possa existir em nosso cesto, e muito mais, serve para que Deus insira Sua Graça e nós estaríamos em outra instância. O milagre se faz. Agora, porque eu? Por que justamente alguém tão pequeno? É aí que vem o verdadeiro milagre! Através da minha pequenêz, mas que teve coragem de se abrir para que Aquele que é O maior, pudesse agir, eu e meu cesto de oferendas de pecado, somos invadidos da Divina Misericórdia. Olha que beleza. Olha que coisa mais espetacular.

É assim que Deus age, em parceria. Tamanha é a misericordia do Senhor. Por isso eu canto. Olha pro teu coração, e se você ver bem, perceberá que sua vida caminha sob e sobre a Misericórdia do Senhor. Isso mesmo, sob e sobre. Sob a proteção dessa misericórdia, que nao nos deixa em paz, mas sempre nos lembra que precisamos retornar a casa do Pai, mas funciona como um alarme, que toca pontualmente sempre que nos afastamos da fonte da vida.

Sobre, porque a Divina Misericórdia é o caminho que precisamos percorrer. O caminho que nao é facil, porém, o caminho, que sendo dificil, ao mesmo tempo é dôce, dulcíssimo.

É necessário que nos voltemos a esse Deus tão grande e terno que mandou Seu Filho, rei e servo, que por mim e por você morreu.

Finalizo com o refrão de uma de nossas canções:

"Sou teu Deus e te amo de todo coração. Nem todo o pecado é maior que esse amor. Tu és meu filho, te aceito como és. Vem para esse abraço, esse abraço de perdão."

Em verdade, és meu Deus, meu mestre e único Senhor e Salvador.



Amém!

A ACOLHIDA FAZ A DIFERENÇA NA IGREJA


A confiança é um edifício difícil de ser construído,
fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído” (Augusto Cury).



Quando fomos criados, saímos todos empolgados do
AMOR (Deus) e partimos em direção a este mundo. Nos braços do Pai, fomos amados
e tratados com todo o carinho. Nossa primeira grande decepção ocorreu na
chegada. Encontramos pais carregados de marcas hereditárias negativas; e muitos
de nós sequer estávamos nos planos deles para iniciar a vida naquele momento.
Por inúmeras razões e situações fomos mal recebidos e maltratados desde o
momento da concepção. A primeira impressão é a que fica. E a primeira refere-se
à acolhida.



Se formos bem atentos nos daremos conta de que
o que mais importa numa festa, curso, encontro ou casa é como somos
acolhidos. Se o dono da casa ou quem nos convidou para a festa, encontro,
reunião, etc., preocupa-se e se interessa por nós. Se ele está preocupado em que
não fiquemos sozinhos, se pergunta em que pode nos ajudar e servir. A atenção e
cuidado que recebemos é que nos faz sentir bem. Muito além do que nos oferecer
algo para comer e beber.



Numa pesquisa científica sobre a importância da
comunicação entre as pessoas chegou-se aos seguintes dados:



a. Para 7% delas o que importa são as palavras
que são ditas;
b. Para 38% delas o importante é o tom da voz com
que são ditas as palavras;
c. Para 55% delas a linguagem corporal utilizada
por quem está se comunicando (acolhendo) é o mais importante.



Com isso, podemos concluir que as pessoas pouco
prestam atenção ao “que” dizemos, mas em “como” dizemos e na linguagem de nosso
corpo. Assim, é possível afirmar que as pessoas retornam à igreja se foram bem
recebidas, tratadas e amadas. Facilmente perdoam uma linguagem errada, mas não
fazem o mesmo se não se sentem bem-vindas e acolhidas.



Precisamos ser uma Igreja acolhedora. Nós somos a
Igreja. As pessoas verão em nós a Igreja de Jesus. Se não gostarem de nós, será
que gostarão da Igreja? A acolhida envolve primeiramente os padres, a secretaria
paroquial, a livraria, a cantina, a Pastoral da Acolhida, coordenadores de
pastorais e movimentos... Mas, também, você, que está lendo: ajude-nos também
sendo um acolhedor.



Expresse o que você sente a respeito da acolhida
da sua igreja. Dê sugestões. Acima de tudo, acolha bem os que estiverem próximos
a você. Disse Jesus: “Eu era peregrino e me acolhestes”. É por Ele que
acolheremos bem as pessoas.



Muito nos alegramos por aqueles que estão
abraçando e se dispondo a atuar na Pastoral da Acolhida nas diversas
comunidades. Aproveitemos isso dando um passo de gigante: tornemo-nos todos
acolhedores, para que tenhamos UMA IGREJA
ACOLHEDORA.



Isso fará a diferença!





Padre Alir

ENTENDA MAIS SOBRE O MINISTERIO DAS FAMILIAS


1- O QUE É MINISTÉRIO PARA AS FAMÍLIAS?

É o organismo dentro da Renovação Carismática Católica, responsável pela evangelização, acompanhamento e formação das famílias. Não somos apenas um grupo de pessoas que participa de Grupos de Oração e realiza encontros para evangelização de casais. Queremos ser um trabalho pastoral que leva a vocação do ser família de Deus muito a sério. Nosso olhar está sobre a família como um todo e de qualquer maneira que ela se apresente, oferecendo caminhos para sua santificação para que tenha vida espiritual e social digna.

2- COMO SURGIU?

Surgiu diante da urgência da evangelização do homem em seu contexto na vida social. A família é a primeira célula da sociedade, é o santuário da vida, é onde nasce e cresce a vida humana salva por Jesus na Cruz. É onde o amor floresce e encontra sua mais simples, completa, e profunda forma de se manifestar. É “esperança e alegria” para o homem, como diz João Paulo II. A Família é o bem mais importante da sociedade, e por isso a RCC como movimento que é conduzido pelo Espírito de Deus para a renovação do homem total, não poderia deixar de olhar para a família, que mais do nunca precisa de um nascer de novo, nascer para aquilo que Deus projetou desde o início para ela: “Crescei e multiplicai-vos”. A família conduzida pelo Espírito Santo é a família que formará a civilização do amor que tanto nos falava o Papa Paulo VI.

3- POR QUE FORMAR ESTE MINISTÉRIO EM SEU ESTADO, DIOCESE, CIDADE OU GRUPO DE ORAÇÃO?

Para que, através de um trabalho alinhado à Ofensiva Nacional, possamos trazer a família para dentro do projeto de DEUS. Este desafio envolve desde a restauração completa das famílias já constituídas, com ou sem problemas, orientação a jovens, preparando-os para se tornarem novas sementeiras da verdade e da luz, até a proteção das crianças, para que estas possam desenvolver o potencial do amor de Deus recebido na sua criação.


4- COMO FORMAR ESSE MINISTÉRIO?

NA DIOCESE - Através de um casal coordenador Diocesano do Ministério para as famílias, nomeado pela coordenação Diocesana da Renovação. Este casal manterá contato com os coordenadores de cidades, foraniais, vicariatos, decanatos e se for o caso Paroquiais dando todo apoio e informações necessárias sobre os rumos do Ministério para as Famílias, de acordo com a Ofensiva Nacional da RCC.

NA FORANIA, VICARIATO, DECANATO - Através de um casal escolhido pela coordenação Diocesana do Ministério para as Famílias, em conjunto com os coordenadores Diocesanos da RCC. Este casal ficará responsável pela implantação e pastoreio do Ministério para as famílias na RCC, na forania, decanato, vicariato.

NAS CIDADES/PARÓQUIAS - O coordenador da RCC das Cidades, Foranias, Vicariatos, escolherá um casal para animar ou ser o coordenador Paroquial do Ministério pra as famílias, que fará com que retiros de primeiro anúncio, seminários de vida no espírito e formação com conteúdo dirigido às famílias aconteçam conforme orientação Nacional, Estadual, Diocesana.

5- COMO FAZÊ-LA ACONTECER?

De acordo com a realidade de cada local, em comunhão com o Bispo e com o Pároco. Procurar desenvolver, conforme orientações contidas no projeto nacional para o Ministério para as famílias, atividades específicas dando atenção especial aos cônjuges, jovens vocacionados à vida familiar na sua preparação para o casamento, às crianças, aos viúvos e às famílias incompletas. Devemos procurar, no que depender de nós, a comunhão com o clero e outros movimentos familiares da igreja para fortalecer o trabalho de pastoral sem, no entanto perder a vocação a que fomos chamados como Renovação Carismática Católica.

Wilson e Marli Rossi Gabriel
Coordenadores Nacionais do Ministério Para As Famílias

CONSELHO PARA OS PAIS


Conselhos Para Pais
Charles Swindoll


1. Resista à tentação de dar coisas ao invés de dar de si mesmo - nossa presença, nosso envolvimento pessoal.

Prover para a família é bíblico e temos um dever de providenciar para nossos filhos. 1 Tim. 5:8 chama aquele que fracassa em prover para sua família "pior que o descrente".
Mas a tentação à qual estou me referindo vai além das necessidades básicas. É a batalha entre brinquedo versus tempo.

Às vezes o pai deseja tentar compensar as longas horas que ele passa ausente com coisas materiais, ao invés de estar "lá" quando precisam dele.

Não tem como substituir sua presença, seu tempo em:
- festas da escola;
- ajudar no dever de casa, quando há necessidade;
- assistir o jogo quando o filho está competindo;
- estar por perto, quando ele está aprendendo a jogar bola ou quando ela quer ajuda para fazer um desenho ou armar uma pipa.

* Jesus veio aqui nos mostrar o amor de Deus pelos seus filhos.
O que foi que Jesus deu aos seus discípulos? Roupas? Bens? Dinheiro? O que Jesus mais deu a seus discípulos foi seu tempo.

Mat 28:20 "E eis que estou convosco todos os dias …."
Vamos ver nessas seis dicas que Jesus tratou seus discípulos como nós pais devemos tratar nossos filhos.

2. Não dê o melhor no trabalho e apenas o que sobrar em casa.

Todos nós temos limites de energia, entusiasmo, idéias, humor, e paixão pela vida.
É fácil para os pais usar todas essas coisas no trabalho, deixando quase nada para o final do dia.
Resultado, a esposa e os filhos recebem só os restos.

Pais, nossas famílias merecem mais! Se você não reservar parte da sua energia e força para sua família, você chega lá no final do dia cansado, irritado e sem disposição para "dar" mais nada!

Vamos ser homens que pensam primeiro no bem estar de nossas famílias.
Vamos conservá-las como a prioridade nas nossas vidas.
Vamos preservar o melhor que temos para nossas famílias.

* Jesus ensinou muitas pessoas, às vezes milhares.
Ele teve que enfrentar inimigos decididos a matá-lo.
Mas, Jesus sempre guardou o melhor dele mesmo para seu tempo com seus discípulos.
A passagem mais famosa nos ensinamentos de Jesus, o "Sermão do Monte" é direcionada não às multidões, mas aos discípulos.

Em Mateus 5:1-2, quando Jesus viu o tamanho da tarefa diante dele, quando ele tinha muito trabalho a fazer, ele se dedicou a ensinar aqueles poucos que Deus tinha dado especialmente a ele.

João 17 mostra o apego especial que Jesus tinha para com esses discípulos:

João 17:6-9 "Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus…"
… v. 12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura."

Jesus olhou para estes homens como uma dádiva preciosa de Deus. E nós ainda mais, devemos olhar nossos filhos assim!
Jesus se esforçou para guardar, para preservar e para não perder nenhum.
Vemos o carinho, a afeto que Jesus tinha para com seus discípulos.

É verdade que Jesus não se casou, não teve filhos, nunca foi "pai" enquanto esteve aqui na terra.
Mas, dizer que ele não sabia como um pai sente é esquecer que, se ele e Deus são um, então ele sente o que um pai sente.
É assim que Deus quer que nós pais sintamos para com nossos filhos.

3. Ao invés de dar "sermões" sobre tudo que precisa mudar em seus filhos, que tal dar um bom exemplo através de uma atitude de escutar e aprender com a família.

Tiago 1:19: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar."

Quando as coisas fogem do controle em casa, temos a tendência natural de inverter a ordem do que Tiago disse.
Primeiro, ficamos com raiva.
Daí gritamos (sempre a mesma coisa…"Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não mexer com a antena da televisão quando estou vendo o jogo…!!!.).
Finalmente, nós ouvimos.

Quando isso acontece, nós perdemos o mais importante.
Nossos filhos podem parar. Pode ser que eles olhem para nós.
Mas eles não estão ouvindo.
Eles se calam. Eles param. Eles nos temem, mas, eles não nos respeitam.
Nossa casa não é uma extensão do nosso escritório ou sala de trabalho.
Sua esposa e filhos não são seus empregados.

Talvez consigamos respeito automaticamente onde trabalhamos; mas em casa precisamos ganhá-lo à moda antiga: através de nosso exemplo.

O difícil não é dominá-los, mas dominar a nós mesmos, e ganhar a luta contra nosso próprio temperamento.

Em Lucas 9:46 Jesus viu os discípulos discutindo quem era maior.
Talvez dois anos mais tarde a mesma discussão começa na hora da última ceia em
Lucas 22:24
Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. 25 Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. 26 Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. 27 Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve.

Qual a atitude de Jesus? Gritos? Desespero? Frustração?
Jesus falou as mesmas palavras, com a mesma paciência que tinha falado dois ou três anos antes.

Jesus lembrou os discípulos de seu exemplo.
Como pais, não podemos ter exemplo melhor do que Jesus. Vamos tratar nossos filhos com a mesma paciência com a qual Jesus tratou seus discípulos.
E, quem sabe, eles acabam um dia sendo igual àqueles mesmos discípulos do Mestre Jesus.

4. Vamos não exigir a plena perfeição dos nossos filhos.

Nós pais às vezes exigimos demais, não é?
Às vezes esperamos que nossos filhos sejam quase perfeitos em tudo.
Se um terço dos chutes contra a rede de um jogador resultarem em gol, isso é o que?
É um ótimo resultado!
De fato, se ele mantiver essa marca, será um sucesso no campeonato.
Mas nós muitas vezes esperamos demais de nossa esposa e filhos, como se todos os chutes deles tivessem que resultar em gols.

Seu filho vai ter notas baixas, ele vai ter brigas com colegas.
Ele vai esquecer de lhe dar um recado importante.
Mas, tenha cuidado em como você reage às falhas dele.

Col 3:20 "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados."

Uma criança irritada é alguém que não consegue saltar alto o suficiente, graças a um pai exigente, que por ignorância pensa que ser um bom técnico significa estar sempre subindo a barra.
Já vimos na vida de Jesus como ele foi paciente com as falhas de seus discípulos.
Não podemos esquecer que ele continua paciente para conosco.
Devemos ter cuidado não somente no julgamento dos outros, mas de nossos filhos também:

Mat 7:2 "Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também."

5. Resista à tentação de encontrar intimidade ou prazer fora da sua casa.

Graças à nossa habilidade de racionalizar, nós homens podemos nos envolver nos casos mais ridículos que alguém pode imaginar. Eu já ouvi diversas estórias.
Eu também já escutei os filhos dos adúlteros depois do ocorrido, que nunca conseguiram compreender, que sofrem mais do que podemos descrever, que carregam cicatrizes permanentes.

O charme da paixão sedutora é incrivelmente forte, capaz de cegar até os santos.
A tentação pode ser o suficiente para fazer um pai esquecer por um momento até sua família.

O desejo pode fazê-lo menosprezar as conseqüências devastadoras do seu pecado.
Mas, há conseqüências e elas podem destruir não somente sua família, mas seus filhos também.

** É por isso que eu sugiro que os pais carreguem consigo uma foto da sua família, e que a olhem com freqüência.
É difícil ter fantasias sexuais enquanto se olha para os rostos sorridentes e crédulos dos seus familiares.
Qual a atitude de Jesus perante as tentações que ele enfrentou?

João 17:19 "E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade."

Jesus se manteve puro e se negou, porque era certo e justo.
Mas, também sabemos que ele fazia isso pensando nos seus discípulos e na importância disso para eles.

6. Assuma seu papel de líder espiritual da sua família.

Sua esposa e filhos desejam que você os guie espiritualmente.
Os filhos adoram saber que seu pai ama a Deus, anda com Deus e fala sobre Deus.
Nunca esqueça seu valor como líder espiritual da família.
Deut 4:10-11
Reúne este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará a seus filhos. Então, chegastes e vos pusestes ao pé do monte; e o monte ardia em fogo até ao meio dos céus, e havia trevas, e nuvens, e escuridão.

Deut 6:1-7
Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir;
para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.

Está pronto para um desafio?
Comece a passar tempo com Deus, torne-se num homem de oração, ajude sua família a saber o quanto você ama a Cristo e deseja honrá-lO.

Por que não começar hoje?
Vamos lá, é um dos maiores presentes que um homem pode dar a sua família.

E, não há dia melhor para começar do que no seu dia.


Painho,
Obrigada por sempre esta ao meu lado mesmo nos momentos em que é difícil aceitar
minhas decisões... Obrigada por confiar em mim, mesmo que pra isso algumas vezes o senhor teve que engolir seu orgulho ou passar por cima de seus princípios pra ficar do meu lado... Obrigada por ser simplesmente meu PAI... Eu te amo demais...