FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 5 de julho de 2008

PERGUNTAS E RESPOSTAS - Padre Fábio de Melo

Há dois tipos de perguntas. Uma que precisa ser respondida e outra precisa ser vivida. Há perguntas práticas e perguntas existenciais. Perguntas práticas se contextualizam no horizonte da objetividade. Perguntas existenciais não provocam respostas imediatas. Viver é uma forma de respondê-las. É maravilhoso conviver com elas... O que torna uma pessoa especial é sua capacidade de viver intensamente por uma causa. São raras nos dias de hoje. Vive-se muito pela metade ultimamente. Pessoas que se empenham na realização de seus sonhos não se conformam com a uniformidade. Assumem o preço de serem diferentes e, geralmente, nadam contra a corrente. Isso requer coragem. Coragem de ser, não simplesmente de fazer. Ser é mais difícil do que fazer, afinal, é no ser que o fazer encontra o seu sustento. Faço a partir do que sou. Não, o contrário. Tenho encontrado muita gente perdida no muito fazer. Gente que perdeu totalmente o referencial existencial de suas vidas. Gente que se empenhou e investiu na vida só para um dia poder fazer alguma coisa. Estudou, lutou, aprofundou, com o desejo de um dia poder desempenhar uma função. É claro que o fazer também realiza, faz feliz, mas não podemos negar que há uma realidade que precede o mundo da prática. O significado que sou No silêncio do coração, há um lugar que não sabe fazer nada. É lá que nos descobrimos em nosso primeiro significado. É ele também o nosso lado mais sedutor. É ele que faz com que as pessoas se apaixonem por nós. É justamente por isso que ele tem que ser bem descoberto, de maneira que, quando façamos o que quer que seja, tudo o que fizermos tenha as marcas do que somos. É simples. Medicina muita gente faz, mas é no exercício da profissão que cada pessoa se mostra em sua intimidade mais profunda. Aí mora a diferença. Muitos Fazem a mesma faculdade, mas se encontram de maneira diferente com o conhecimento que recebem. Realizo tudo a partir de minha particularidade. Sou único, ainda que imitado por muitos. Eis a questão Essas coisas me fazem pensar na beleza e na responsabilidade que essa diferença nos traz. Ela nos coloca diante da vida como um acontecimento que merece ser sorvido com toda a intensidade do nosso coração. Agir é um desdobramento do meu ser. Eu sou, antes de fazer qualquer coisa. Há em mim uma realidade que me faz significar, mesmo que um dia eu fique totalmente incapacitado de realizar qualquer ação. Eu sou, mesmo na incapacidade dos movimentos e na impossibilidade dos gestos. Nem sempre podemos compreender tudo isso, por mais simples que seja. Vivemos na era da utilidade, onde tudo tem que estar conectado a uma função prática, onde o fazer prevalece sobre o ser. O que você faz na vida? Esta é a pergunta. O que você é na vida? Continua sendo a pergunta. Mas a primeira é mais fácil responder. Dizer o que se faz não dá tanto trabalho quanto dizer o que se é. O que se faz é simples de se dizer e as palavras nos ajudam, mas dizer o que se é, não é tão simples assim, e por vezes, as palavras nem sempre nos socorrem. Sou muito mais do que posso dizer sobre mim mesmo. Você também. Por isso não gostaria que nossa conversa terminasse com uma pergunta pragmática, dessas que se escutam em todas as esquinas que costumamos freqüentar. Opto por uma pergunta que não espera por resposta imediata, tão pouco pelo desconcerto da fala. Só lhe peço que honestamente debruce-se sobre ela: Quem é você?

UMA SUGESTÃO DE VIDA DIARIA


Uma sugestão de vida diária... Você deseja um conselho viável e bem prático? Ei-lo: Amanheça cada dia com a luz da esperança nos olhos, sorrindo, alando com Deus todas as manhãs: Senhor, Afasta de mim as preocupações desnecessárias, a impaciência, o ódio, a crítica maldosa, o desamor. Abençoe meus familiares, parentes, colegas e amigos. Todos aqueles que eu encontrar ao longo do dia de hoje. Senhor ! Que eu assuma meu trabalho com generosidade e bom humor, amando as tarefas e compromissos que irei assumir, executar, jogando longe os sentimentos negativos que só deprimem e debilitam, envenenando o meu espírito. Oh! Pai amado ! Fica comigo, ao longo de mais um dia. Quero sorrir, cumprindo o meu dever. Quero ser útil, incansável, Jovial, sem nunca esmorecer. Aprendizado... Guarda a lição do passado, mas não percas tempo lastimando aquilo que o tempo não pode restituir.

Hoje, apenas hoje... - Hoje, a partir de hoje, procurarei viver pensando apenas neste dia, exclusivamente, no aqui e no agora, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez; - Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado nas minhas convivências, ser cortês nas minhas maneiras de ser. A ninguém criticarei e, nem pretenderei melhorar e corrigir, à força, ninguém, senão a mim mesmo; - Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só para o outro mundo, mas, para este que estou vivendo no momento; - Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que elas se adaptem aos meus desejos; - Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos dos meu tempo a uma boa leitura, recordando-me que como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim, a boa leitura é necessária, também, para a vida da alma; - Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém; - Hoje, apenas hoje, farei alguma coisa que me custe a fazê-la, e, se me sentir ferido nos meus sentimentos, procurarei fazer para que ninguém o saiba; - Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado, talvez, não o cumpra perfeitamente, mas, ao menos, escrevê-lo-ei e procurarei fugir de dois males a saber: ”PRESSA” e “INDECISÃO” - Hoje, apenas hoje, acreditarei, firmemente, embora, as circunstâncias mostrem o contrário, que a providência de DEUS se ocupa de mim como se não existissem mais ninguém no mundo e, - Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor de modo especial. Não terei medo de gozar o que é belo e crer na bondade. Assim, somente, assim, poderei ver e sentir que as conquistas das virtudes nos esforços de viver o dia presente me ajudarão a descobrir o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos sem distinção de raças, cores e nem de crenças, porque somos todos irmãos em JESUS. Pense nisso, mas pense... AGORA e SEMPRE.
"OS TRISTES ACHAM QUE O VENTO GEME, OS ALEGRES, ACHAM QUE ELE CANTA"

UM MINUTO À MAIS


Um minuto a mais... Mudança de Vida... A vida muda em um minuto apenas. Em um minuto apenas DEUS providencia o socorro. Pode ser um coração atento, uma mão amiga, um pedaço de papel impresso caído na calçada. Papel que o vento não o levou para longe. Um minuto apenas e o amor volta e a esperança renasce Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens clareando tudo. Não se desespere, espere, o socorro chega. Um minuto apenas... O panorama se modifica. A vida refloresce. Tenha paciência, não se entregue à desesperança. Aguarde. Enquanto você sofre DEUS providencia o auxílio. Aguarde, um minuto apenas, sessenta segundos. Uma vida. Um minuto a mais. Em um minuto apenas, a misericórdia divina se derrama cheia de bênçãos nas vielas escuras dos passos humanos, corrige, saneia, repara transformando-as em estradas luminosas no rumo da vida maior...
Otimismo... Imagine as palavras no Céu: Tudo o que eu penso de bom acontece e a cada dia que passa me sinto cada vez mais feliz!

MEDITE


Medite!!! O que for a profundeza do teu ser, assim será teu desejo. o que for o teu desejo, assim será tua vontade. O que for a tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino... E quando descobrimos que nosso verdadeiro Eu é potencialidade pura, alinhamo-nos à força que coordena tudo no universo... A fonte de toda a criação é a conscientização pura... a potencialidade pura que busca expressar-se do não manifesto ao manifesto... O universo opera através de trocas dinâmicas... dar e receber são diferentes aspectos do fluxo da energia universal... Toda ação gera uma força energética que retorna a nós da mesma forma... O que semeamos é que colheremos amanhã... Em nossa própria capacidade de dar tudo aquilo que almejamos encontra-se a chave para atrair a abundância do universo - o fluxo da energia universal - para a nossa vida. E quando escolhemos ações que levam felicidade e sucesso aos outros, o fruto deste ato é sem dúvida alguma a felicidade e o sucesso que certamente nos virão.... E quando utilizamos as forças da harmonia, da alegria, do amor, atraímos sucesso e boa sorte facilmente... A inteligência da natureza opera pela lei do mínimo esforço... sem ansiedade, com harmonia e amor... É inerente a toda intenção e a todo desejo o mecanismo da sua realização... a intenção e o desejo têm, no campo da potencialidade pura, o poder da organização infinita... No distanciamento está a sabedoria da incerteza... na sabedoria da incerteza está a libertação do passado, do conhecido, que é a prisão dos velhos condicionamentos. E na mera disponibilidade para o desconhecido, para o campo de todas as possibilidades, rendemo-nos à mente criativa que rege o universo... E quando introduzimos uma intenção no campo fértil da potencialidade pura, colocamos essa infinita organização a nosso serviço... Todos têm um propósito de vida... um dom singular ou um talento único para dar aos outros. E quando misturamos esse talento singular com benefícios aos outros, experimentamos o êxtase da exultação de nosso próprio espírito - entre todos, o supremo objetivo...
Lembrem-se... Nos dias de provação, efetivamente, não seriam razoáveis quaisquer espetáculos de bom humor, entretanto, o bom ânimo e a esperança são luzes e bênçãos em qualquer lugar.

O HOMEM TRISTE


O homem triste... Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados indagou, em silêncio, por que vagueio pelas ruas. Talvez, porisso, apressou o passo e ainda que quisesse chamá-lo a palavra desfaleceu na boca. É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje bati de porta em porta em vão. Muitos disseram que eu ultrapasei a idade para ganhar o pão. Como a madureza do corpo fosse a condenação à inutilidade outros desconhecendo que vendi a minha melhor roupa para aliviar a esposa enferma me despidiram apressados crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão. Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrine a gritar palavras duras como se eu fosse um malfeitor vulgar. Contudo, acredite, nem me passou pela mente a idéia de furto apenas admirava os bolos expostos recordando os filhinhos a me abraçar com fome quando retorno à casa. Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos imaginando que eu fosse um bêbado porque eu tremia apoiado ao poste. Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas, não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias. A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação agradeço a dádiva que me ofereça em nome do Cristo que dizemos amar e peço para que me restitua a esperança a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver. Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco para que eu saiba apesar de todo o meu infortúnio que, ainda, sou seu irmão. Esta é a mensagem de um homem triste, quiçá, como tantos que vemos perambulando pelas ruas. É bem verdade que alguns são, de fato, pessoas que se comprazem na ociosidade. Todavia há os desafortunados que apesar de trabalhar a vida toda não puderam ajuntar moedas para o sustento próprio e da família e que chegado à madureza são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora, sejam pessoas dignas. É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papéis e outros objetos recicláveis para prover o próprio sustento. São nossos irmãos de caminhada evolutiva que não tem coragem de viver na mendicância. Porisso, trabalham com dignidade. Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis. O que não nos damos conta é que além do peso do carrinho tem, ainda, que carregar sobre os ombros o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente. É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente. Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai Criador e merecedores, sem dúvida, no mínimo, do nosso respeito. Senão os podemos ajudar que não os atrapalhemos jogando-lhes palavras amargas nem os menosprezando dificultando ainda mais a sua caminhada. Você sabia que muitas pessoas que hoje vivem na miséria já foram muitos ricas em outras existências e vice-versa. As leis divinas, a todos, nos reserva as lições para progredir e a lógica diz que aquele que é rico e esbanja sua fortuna em futilidades e em proveito próprio precisa passar por necessidades materiais para aprender a valoriar os tesouros que Deus lhe empresta, a fim de que possa progredir. JESUS CRISTO... É o Caminho, a verdade, a Vida. Seja feliz com Deus no coração.

PENSAMENTO DO DIA


"Meu Senhor e meu Deus"
São Tomé

QUEM É JESUS ? UMA PERGUNTA INCONTORNAVEL



Pe. Lucas de Paula Almeida, CM *
Depois que Jesus deixou a sua cidadezinha de Nazaré, partiu para Cafarnaum, que ficava na praia, e onde morou algum tempo. É aí nessa cidade que começa a sua vida pública. Aí começou a pregar: "Fazei penitência, porque está próximo o reino dos céus"(Mt 4,17).Mais adiante diz ainda o evangelho: "E Jesus percorria toda a Galiléia ensinando nas suas Sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda espécie de doença do povo. Sua fama espalhou-se também por toda Assíria, e lhe trouxeram todos os enfermos e possessos, lunáticos e paralíticos, e ele os curou. E uma grande multidão do povo da Galiléia, de Jerusalém, da Decápolis e da outra margem do Jordão o foi seguindo" (Mt 4,23-25).Poderíamos perguntar agora: Esse reino dos céus, que Cristo irá anunciar é o mesmo que os judeus professavam, ou é outro? É uma continuidade da lei de Moisés, ou Cristo veio para por fim à lei antiga?É claro que Jesus não veio para destruir, mas para completar a lei. Os judeus haviam perdido o principal da lei, que é o Espírito, o amor, a caridade. Em nome da tradição acabaram deturpando a verdadeira espiritualidade.Certo dia, saiu Jesus da Palestina e foi para o norte, rumo a região de Cesaréia de Filipe, seguindo pelo vale do Jordão. O lugar era muito conhecido dos discípulos, que tantas vezes pernoitaram no lago de Genesaré. No pé da montanha tinha sido construída uma cidade, pelo tetrarca Filipe, que lhe deu o nome de Cesaréia de Filipe, para bajular César, Imperador de Roma.E naquela região dos gentios, Jesus afastou-se do grupo para uma longa oração. Que será que o mestre queria resolver?Depois ele vem e começa a perguntar aos discípulos qual a idéia que o povo tinha dele. Isto é, quem o povo dizia que ele era?.Assim nos diz São Mateus nessa narração: "Em seguida foi Jesus para as bandas de Cesaréia de Filipe e perguntou aos discípulos quem dizem os homens que é o Filho do Homem?Responderam-lhe: Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros, Jeremias, ou algum dos profetas.E vós, perguntou-lhes, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: - "Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo".E Jesus respondeu-lhe: "- Bem aventurado és tu, Simão, filho de Jonas porque não foi a carne e o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus."Ora eu também te digo: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.Eu te darei a chave do reino dos céus; O que ligares na terra ficará ligado nos céus. E o que desligares na terra ficará desligado nos céus" (Mt 16,13-19).Primeiro Jesus estava querendo saber pela boca dos apóstolos o que o pessoal falava dele. Pelas resposta o povo não estava entendendo nada da pessoa de Jesus Cristo. Depois, perguntou o que os apóstolos diziam de sua pessoa. Pela leitura do Evangelho, vemos que todos viam em Jesus uma pessoa extraordinária. Não era um homem qualquer. Estava, porém, envolvido em mistério.Dizem que é "João Batista" ressuscitado: Porque para o povo e mesmo para os chefes do povo, João Batista era um homem de impressionante comportamento. Herodes mandou matá-lo, para cumprir a sua palavra de rei, mas o fez contra a vontade porque sabia que João Batista era um homem justo.Dizem que é "Elias", o qual, segundo uma tradição popular, não teria morrido e iria aparecer para ungir o Messias: Até fora de Israel, Elias era um grande santo, e o mais popular dos santos em toda a história do povo eleito. Ninguém imaginava um acontecimento extraordinário, como Redenção de Israel, sem que Elias tivesse alguma parte no mistério.Outros pensavam que Jesus fosse Jeremias, considerado como um dos grandes protetores do povo judeu.Outros pensavam que Ele fosse algum outro profeta antigo redivivo. (Lc 9,19)Porém aí Jesus lança uma pergunta direta aos apóstolos: "Mas, para vocês, quem sou eu?" (Mt 16,15). Todos fazem silêncio, pois seria feio errar. E obtém a maravilhosa resposta de Pedro, sublinhada tacitamente pelo consenso dos companheiros :"TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DE DEUS VIVO". Não foi fruto de um raciocínio. Mas uma palavra inspirada por Deus. Por isso disse Cristo: "Bem aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus".Duas coisas São Pedro declara: que Jesus é o Messias, isto é, o Salvador prometido, e que é Deus verdadeiro. Somente por um dom de Deus é que Pedro poderia dar essa resposta. E esse dom sobrenatural já mostra como Pedro está sendo preparado e escolhido para liderar os 12 e vir a ser o chefe universal da Igreja.

*PADRE LUCAS - 60 anos e 33 anos de padre é sacerdote vicentino da Congregação da Missão (CM), maestro, compositor, cantor e escritor, formado em Filosofia, Teologia, Pedagogia, Liturgia e Musica. 48 livros publicados e 46 CD editados (vencedor de23 Campanhas da Fraternidadewww.padrelucas.com.br

Última Alteração: 10:58:00
Fonte: Pe. Lucas de Paula Almeida, CM * Local:Belo Horizonte (MG)

COMUNIDADE LUGAR DE AMOR


Na abertura do nosso Congresso celebramos a Festa de São Tomé Apóstolo e ouvimos atentamente o Evangelho que lhe diz respeito. Não podia vir mais a propósito, por tocar num ponto essencial da problemática vocacional hodierna: a comunidade, lugar da vocação.Não é forçar a parábola inspiradora desta reunião internacional. Na verdade, o “bom samaritano” não resume à sua aproximação pessoal a salvação daquele homem que encontrara em tristíssimo estado. Alarga a sua ação ao contexto comunitário, significado numa “estalagem” onde poderia ser “bem tratado” (cf. Lc 10, 34-35). E não foi difícil à nossa tradição ver nessa estalagem a própria imagem da Igreja.
Mas é no Evangelho desta Missa de S. Tomé que a alusão comunitária se torna mais forte e mesmo determinante para qualquer percurso cristão, vocacional também. Sabemos como Tomé, um dos Doze, “não estava com eles” (Jo 20, 24) quando o Ressuscitado lhes aparecera “naquele dia, o primeiro da semana”. Sabemos que não acreditara em tal aparição e presença, pondo mesmo condições para a admitir, condições que nos podem parecer demasiado concretas e materiais: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado…”
Reparemos pois: tratava-se de alguém que conhecera Jesus de perto; de alguém que ouvira o testemunho dos outros, dito certamente com a força “querigmática” da primeira experiência pascal. E, no entanto, não fora suficiente…
Mas eis que “oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles” (Jo 20, 26). Então verá Jesus, experimentará a absoluta paz que só na ressurreição de Cristo desponta e soltará, por fim, a mais larga das profissões de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”. No atual contexto social do nosso Continente a vida é sobremaneira individualizada e dispersa. Criam-se e estreitam-se muitas redes de “comunicação”, mas os media não unem realmente os seus utilizadores de modo presencial e comprometido. Mais facilmente os informam do que os formam, mais facilmente os constituem em espectadores do que em participantes, mais facilmente os divertem do que os levam à reflexão aprofundada; ou os chocam e espantam, pela “dramatização” constante de factos e figuras, em contraste e oposição. Mobilizam episodicamente, para tudo se esquecer de seguida, na precipitação dos estímulos para ganhar audiência.
Creio que o “mal” não está propriamente nos media, mas em quem faça deles uma comunidade de substituição e por isso virtual, não real. Os media, em si mesmo, são um espantoso meio de cosmovisão e partilha de conhecimentos e sugestões. Neste sentido têm as virtualidades e os riscos da tão propalada globalização. Permitem uma consciência mais universal das coisas, mas não nos podem dispensar de atender à realidade próxima e concreta, nem alhear da convivência precisa e solidária, onde o todo se faz parte e parte pelo todo. Onde a “humanidade”, minha e do outro, se realiza, indispensavelmente, na relação, na partilha e no compromisso.
Voltando à parábola inspiradora deste Congresso, grandes idéias e “agendas” teriam os que passaram por aquele pobre homem que ali jazia meio morto… Finalmente, um samaritano, que também teria idéias e agendas, soube deter-se e levantá-lo, levantando-se a si mesmo como exemplo ímpar de humanidade e relação. Exemplo universal, global, porque localizado e concreto. O que se diz da sociedade diga-se também da Igreja e da dimensão vocacional, constitutiva da sua missão. Existe a Igreja como vocação divina à santidade, que é comunhão absoluta com Deus e com os outros. Na expressiva passagem que ouvimos da Epistola aos Efésios, é precisamente de “família” que se fala, com a forte carga de relação e proximidade que tal palavra evoca: “Irmãos: Já não sois estrangeiros nem hóspedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus…” (Ef 2, 19).
Assim traduzida tal realidade novíssima, oferecida na ressurreição de Cristo - como humanidade resgatada para a comunhão com Deus e com os outros, naquela “paz” que o mesmo Cristo derrama pelo Espírito -, a Igreja é no mundo uma fermentação permanente de unidade e comunhão. A constituição dogmática sobre a Igreja, do último Concílio ecuménico, encontrou as palavras mais adequadas e estimulantes para definir essa verdade.
Fala-nos o Concílio “da Igreja, que em Cristo, é como que o sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o genro humano” (Lumen Gentium, nº 1). E não se esquece de aludir às modernas possibilidades de comunicação, que tanto cresceriam nas quatro décadas seguintes: “As condições deste tempo tornam maior a urgência deste dever da Igreja a fim de que todos os homens, hoje mais intimamente unidos por toda a espécie de vínculos sociais, técnicos e culturais, alcancem a unidade total em Cristo” (ibidem).
Importa assim que, como Tomé, também cada um dos cristãos faça na comunidade a melhor experiência do Ressuscitado. Dessa experiência fundamental renascerá como “apóstolo”, irradiando vida pascal, deste ou daquele modo específico, como carisma e ministério. “Samaritanos da esperança para uma Europa com futuro humano e cristão”, assim nos queremos todos, especialmente na dimensão vocacional. Sejamos então intermediários activos entre cada um que encontrarmos e a “estalagem” em que se fortaleça e relance. Também porque um futuro humano significa necessariamente comunidade e convivência. Sobretudo porque futuro cristão significa vida pascal de comunhão e paz, celebração e partilha.
A Tomé ninguém mais o deteria, no testemunho de Cristo, porventura até à Índia. Mas foi na comunidade pascal de Jerusalém que se reencontrou naquele dia, como vocação e destino. Sejamos nós suficientemente criativos para acolher, integrar e acompanhar eclesialmente cada adolescente, jovem ou adulto e a experiência cristã redundará em múltiplas vocações.
+ Manuel Clemente, Bispo do Porto

JOVENS SER ESPERANÇA


Registra a mitologia o evento de Perseu, filho de Zeus e Zanae, fundador de Micenas. Medusa, uma das três Górgonas, era, a princípio, de uma beleza rara e tinha cabelos lindíssimos. Como houvesse ofendido Minerva, a deusa, para vingar-se, transformou-lhe o cabelo em horríveis serpentes e deu aos seus olhos o poder de petrificar todos aqueles nos quais eles se fixavam. Perseu cortou-lhe a cabeça, vencendo com energia a impiedosa Medusa. Na Praça de Florença ergue-se a estátua de Cellini: Perseu exibindo a cabeça de Medusa, cujo corpo se agita em contorções de réptil sob seus pés alados. E o símbolo da juventude destemida que triunfa sobre o mal. O Jovem que se apruma na vida também deve renhir e ser vitorioso como Perseu. Enfrentar as inclinações perversas e dominar a si mesmo, lançando-se em pugna sagrada na conquista da realização da própria vida, deixando após si um rastro luminoso. E necessário que clareie com o resplendor de uma fé intensa, com a luz de um grande amor. Dileção sem medidas para com a obra esmerada. O progresso individual, a marcha para o melhor, o combate ao erro e a expansão do bem, eis a tarefa que incumbe a todo ser humano. Ação viva, esforço real e leal de cada um rumo ao self control. Pe. Leonel Franca escreveu com maestria: “A maior consolação de uma vida humana é vê-la aprumar-se coerente e retilínea, uma vertical que só descansará em Deus”7. Além disto, o jovem deve andar escoltado por um valente campeão: o dever de cada dia. Suas normas inflexíveis são o maior galardão e o segredo da paz nas consciências cristãs. Do dever flui a felicidade como o perfume da flor. Dele emana aquela impressão total de bem-estar que chamamos alegria da vida. Ele é força taumaturga que enleva e eleva. Induz a posturas magníficas. Canta célebre ode: “Pode variar a língua... variar a raça também... o dever é imutável... brilha sempre diante de teus olhos com luz constante que alumia as trevas... e dá realce aos dias claros da vida”8. Toda grandeza cifra-se no cumprimento da obrigação, que traz o aplauso da consciência, o sinal iniludível da aprovação de Deus. Felizes os povos que têm jovens idealistas e que vivem em função do dever. Entretando o que é ser jovem? Ser jovem é possuir, no coração, uma fonte de esperança, de nobres ideais, de otimismo alvissareiro. Ser jovem é ter, dentro de si, caudais de energias prontas a se concretizar em iniciativas pelo bem comum, pelo próximo, pela pátria, pela humanidade.Ser jovem é saber amar, cercando, sem cessar, de ternura e compreensão os entes queridos.Ser jovem é fazer do dever de cada hora a felicidade mais inebriante, transformando a existência em sublime realização de si mesmo. Ser jovem é não tergiversar, nem vacilar ante os árduos embates da vida; é enfrentar com ânimo varonil obstáculos e dificuldades, transpondo-os com olhos fitos em Cristo.Ser jovem é não assimilar o erro, veiculado tão sutilmente, aqui e ali, nos jornais, nas revistas, no rádio, na televisão, nas palavras do falso amigo.Ser jovem é lutar sem tréguas contra o mal, as tentações, os vícios; é evitar os caminhos fáceis; é ter consciência de que os mortos não são aqueles que jazem numa tumba fria, mas, sim, os que têm morta a alma e vivem todavia.Ser jovem é saber que espíritos elevados não admitem pactos efêmeros, e, portanto, que o divórcio é uma aberração. Ser jovem é ser livre e usar racionalmente a liberdade.Ser jovem é não desanimar nunca, é ver o lado bom dos acontecimentos, é sempre acender uma vela e não lamentar a escuridão.Ser jovem é vibrar com as iniciativas do Grupo, participando, cooperando com o crescimento de todos.Ser jovem é poder repetir com São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim”, pois Ele é a origem da eterna juventude.Venturosa a nação que possui jovens que dão passos firmes ao compasso de nobres ideais! * Professor no Seminário de Mariana - MG

sexta-feira, 4 de julho de 2008

LASTIMAVEL - MAQUINAS DE CAMISINHAS NAS ESCOLAS



Máquinas de Camisinhas nas Escolas Públicas
O Ministério da Saúde já está inaugurando as primeiras 400 "máquinas de camisinha", nas escolas públicas, segundo o anúncio do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, em Florianópolis (SC). O encontro foi promovido pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde.A Igreja não concorda em hipótese alguma com esta medida imoral e inócua. E os nossos Bispos, bem como o Papa, já se manifestaram muitas vezes contra o uso e a distribuição de "camisinhas" para os jovens, por se tratar de um procedimento imoral e que fomenta o uso irresponsável do sexo, deseduca o jovem e faz aumentar ainda mais a contaminação pela AIDS e também há o aumento do número de meninas grávidas, como mostram alguns especialistas.É uma tristeza e uma vergonha que se estimule, mesmo que indiretamente, os nossos filhos à promiscuidade sexual. O jovem cristão jamais deverá usar uma camisinha pelos seguintes motivos:1 – A vida sexual deve ser vivida apenas no casamento de um homem com uma mulher (cf. Gen 2, 24) unidos em matrimônio. Fora disso, a vida sexual é pecaminosa (fornicação ou adultério);2 – O ato sexual entre os casais deve sempre estar aberto à vida, e não ser impedido por meios artificiais, como a camisinha. Seu uso é imoral em qualquer situação;3 – Está mais que comprovado que a camisinha não proporciona o tal “sexo seguro”; muitos pesquisadores afirmam que o vírus da AIDS, por ser cerca de 500 vezes menor que um espermatozóide, pode passar através do látex da camisinha, especialmente quando há problema de vencimento do prazo, má conservação, más fabricações, etc.Uganda é o único país da África que conseguiu até hoje baixar consideravelmente o número de contaminados pelo vírus da AIDS com uma campanha de fidelidade conjugal e de abstinência sexual antes do casamento. A castidade mostrou os seus frutos. A contaminação caiu de 26% para 6%. Por outro lado, a África do Sul, está com 30% da população contaminada, mesmo com o derramamento de milhões de camisinhas sobre a população.O Papa João Paulo II assim se expressou sobre a "camisinha": "Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana... O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo ... O preservativo oferece uma falsa idéia de segurança e não preserva o fundamental" (Pergunte ao Papa, Augusto Silberstein, Legnar Informática e Editora Ltda, SP, pg. 57).O filósofo francês, católico, Paul Claudel disse certa vez que: "A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio". Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje, para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá" (Gl 6,7).A gravidade do pecado da impureza é que mancha o Corpo de Cristo. "Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros" (1Cor 12,27), diz São Paulo, "... assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros" (Rom 12,5).

Mais esclarecimentos sobre o uso da camisinha
Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. A família cristã, diante deste mundo paganizado, é chamada a dar testemunho dessas verdades. Também sobre a homossexualidade, os pais têm o dever de ensinar os filhos o que a Igreja ensina. Muitos pais já estão sendo levados a ser "tolerantes" com o pecado de seus filhos. Isso fere a moral católica e a lei de Deus. Vale a pena recordar as sérias advertências de São Paulo:"Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço" (1 Cor 6,19)."O corpo, porém não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder" (1 Cor 6,13)."Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (1 Cor 6,20)."Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós” (1 Cor 3,16-17).Mahatma Gandhi, que libertou a Índia, e que não era cristão, mas amava Jesus, disse essas belas palavras:"A castidade não é uma cultura de estufa... A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária". "A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca". "Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço" (Tomás Tochi, "Gandhi, mensagem para hoje", Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss, 1974).Os homens e mulheres que mais contribuíram para o progresso do ser humano e do mundo foram aqueles que souberam dominar as suas paixões, e, sobretudo, viver a castidade. Fico impressionado ao observar como têm vida longa, por exemplo, a maioria dos nossos bispos católicos, e tantos sacerdotes que sempre guardaram com carinho a castidade. Se ela fosse prejudicial à saúde, não teríamos tantos bispos, padres e freiras, tão idosos, felizes e equilibrados.Santo Agostinho dizia: "Se queres ser feliz, sê casto".O Estado é laico, mas o povo brasileiro é católico em sua maioria. Isso é comprovado pelo Instituto de Pesquisa do próprio governo, o IBGE. Então esse bom povo católico tem o direito de que os seus filhos recebam uma educação pública de acordo com os seus bons costumes, que moldaram a nossa civilização, sem imoralidades. Por isso, é dever e direito dos pais protestarem ordenadamente contra esse absurdo implantado em nossas escolas. Se não o fizerem, seus filhos serão moldados pela mentalidade neopagã que domina cada vez mais a sociedade e o Estado.
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.comProf. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br

O GRANDE CISMA DO OCIDENTE


1. Resenha dos fatosDesde o inicio do séc. XIV, a França, num surto nacionalista encabeçado por Filipe IV o Belo, procurou exercer forte influência sobre o Papado. Filipe chegou a obter que o Sumo Pontífice Clemente V em 1309 fixasse residência em Avinhão (França), cidade em que os Papas se demoraram até 1376 (período impropriamente chamado “Exílio de Avinhão”).O Pontífice Gregório XI, tendo conseguido a muito custo voltar de Avinhão para Roma em janeiro de 1377, faleceu em breve nesta cidade (26 de março de 1378), sem ter podido tomar as medidas necessárias para consolidar a permanência dos Papas na Cidade Eterna.A eleição do sucessor de Gregório XI realizou-se em Roma numa atmosfera pesada, pois o povo fazia questão de ter um Papa romano ou, ao menos, italiano, após os sete Pontífices franceses que haviam precedido. A escolha recaiu, com exceção de uma voz apenas, sobre o arcebispo de Bari, Bartolomeu Prignani, que tomou o nome de Urbano VI, aos 7 de abril de 1378. O novo Pontífice foi devidamente entronizado e coroado, e o S. Colégio comunicou sua eleição a todos os monarcas e príncipes civis, que o reconheceram sem hesitação.Ninguém haveria pensado em impugnar a escolha de Urbano VI, se não fossem as demonstrações de caráter nervoso e duro, e até mesmo de perturbações mentais, que o Pontífice veio a dar no inicio do seu governo. Por ,motivo do seu temperamento, Urbano VI foi perdendo o apoio de seus próprios eleitores, os quais, tendo obtido a tutela do rei Carlos V da França e da rainha Joana de Anjou (dinastia francesa) de Nápoles, se reuniram em Fondi (reino de Nápoles) e procederam a ulterior eleição, escolhendo como novo Papa o Cardeal Roberto de Genebra (20 de setembro de 1378). Este apresentara suas homenagens a Urbano VI após a eleição e, por carta de 14 de abril de 1378, comunicara a escolha de Urbano ao Imperador Carlos IV; não obstante, aceitou fazer o papel de anti-Papa, com o nome de Clemente VII. Vendo que difícil seria permanecer na Itália, o Prelado resolveu transferir-se para Avinhão com os seus Cardeais e a sua Cúria (20 de junho de 1379). Urbano VI, abandonado como estava por seus eleitores, nomeou novo Colégio cardinalício, com o qual continuou a residir em Roma.Desde então havia duas cúrias e duas obediências na Sta. Igreja... Quem considera os acontecimentos com serenidade, não pode deixar de reconhecer que o Papa legitimo era Urbano VI, ao qual tanto os prelados como os simples fiéis haviam durante cinco meses tributado sua submissão; a pressão exercida pelo povo romano sobre os eleitores do conclave de abril 1378 não parece ter sido tal que tirasse a liberdade dos mesmos os prelados, em mais de uma de suas manifestações, mostraram saber muito bem que eleição forçada seria eleição nula e trataram de garantir previamente a inviolabilidade do conclave como manifestam os pormenores da assembléia descritos por atas autênticas(cf. Pastor, Geschichte der Päpste I 686). Contudo os contemporâneos dos acontecimentos experimentavam dificuldades para discernir qual dos dois Papas era o legítimo sucessor de São Pedro, de sorte que a Cristandade se viu desde fins de 1378 dividida em duas facções, nas quais havia inegavelmente boa fé e sincero desejo de obedecer ao Vigário de Cristo, mas desatino e perplexidade por falta de conhecimento claro dos acontecimentos. Para resolver o impasse, muitos doutores cristãos pensavam em concessões de parte a parte. Pululavam teorias novas sobre a constituição e o governo da Sta. Igreja, quando os Cardeais agregados a Roma e a Avinhão resolveram reunir-se em concilio geral a fim de tentar por termo à situação. A assembléia teve lugar na cidade de Pisa em 1409, provocando, porém, ainda maior confusão, pois elegeu um terceiro “Papa”: o Cardeal-arcebispo de Milão, Pedro Filargo, que se denominou Alexandre V; a este, morto em 1410, foi imediatamente dado como sucessor o Cardeal Baltazar Cossa, com o nome de João XXIII (1410). Está claro que estas eleições eram ilegítimas, pois o concílio de Pisa (como, aliás, qualquer concílio na Sta. Igreja) carecia (e carece) de autoridade para julgar o Papa, depô-lo e eleger outro em seu lugar. Contudo João XXIII gozou momentaneamente de prestigio, pois muitos teólogos e fiéis o tinham na qualidade de Papa legítimo (tais cristãos aderiam ao chamado “Conciliarismo”, teoria que, colocando a autoridade do Concílio acima da do Papa erroneamente visava dar à Igreja uma constituição democrática republicana).Após o os.-concílio de Pisa, a situação religiosa chegara ao auge do embaraço. Em vão o antipapa João XXIII procurava provocar a renuncia dos titulares de Roma e Avinhão; foi então que apoiado pelo Imperador Sigismundo da Alemanha, João resolveu convocar um concílio universal a se realizar em Constança (Alemanha) a partir de 1º de novembro de 1414.Esta assembléia teve de fato lugar de 1414 a 1418, constituindo uma das mais solenes reuniões de todos os tempos da Cristandade. João XXIII a ela compareceu pessoalmente, certo de fazer prevalecer a sua causa. Aconteceu, porem, que a assembléia estava impregnada de doutrina conciliarista: os sinodais, por conseguinte, exigiram logo de início a renúncia dos três Papas existentes.João XXIII, recusando-se a essa intimação fugiu de Constança aos 20 de março de 1415, julgando que, após a sua retirada, o concilio se daria por inabilitado a continuar os trabalhos. Na ausência do Pontífice, o Imperador Sigismundo tudo fez para manter reunidos os Padres sinodais estes então, a fim de prosseguir a sua tarefa baixaram algumas declarações de índole conciliarista nas sessões de 29 de março e 6 de abril de 1415: afirmaram, sim, representar autenticamente a Igreja militante, dotados de autoridade a eles imediatamente outorgada pelo próprio Deus!João XIII, fugitivo, foi preso nos arredores de Constança e levado de volta a esta cidade; finalmente a assembléia o depôs ao 29 de maio de 1415.Quanto ao bispo de Roma, Gregório XII, diante da atitude tomada pelo concílio, mandou a Constança um legado seu, o Cardeal João Dominici, o qual, em nome desse Pontífice (que era o verdadeiro Papa), comunicou à assembléia os poderes para proceder legitimamente nos seus trabalhos em vista do bem da Santa Igreja; fez saber outrossim que Gregório XII renunciava ao Sumo Pontificado, outorgando à assembléia a faculdade de eleger novo Papa (4 de julho de 1415). Ora os Padres sinodais aceitaram a autorização que lhes vinha da parte do Pontífice legitimo (se o orgulho tivesse prevalecido, levando-os a rejeitar a delegação que Gregório XII lhes comunicava, nada haveria sido feito, a situação de impasse se teria prolongado...). Com esse gesto de condescendência mutua dos conciliares e do autentico Papa, estava resolvida a situação: de um lado, deixava de haver Sumo Pontífice na Igreja e, do outro lado, existia uma assembléia eclesiástica devidamente retocasse a constituição estritamente monárquica da Igreja (salva, portanto, a absoluta autoridade do papa sobre o concilio), o Espírito Santo suscitava a solução da situação perplexa!Afastados João XXIII e Gregório XII, restava o anti-papa Bento XIII, continuador da série de Avinhão. Tendo-se recusado a abdicar, foi, por sua vez deposto pelo concílio de Constança aos 26 de julho de 1417.Tratou-se então de proceder a legitima eleição de novo Pontífice. A escolha recaiu aos 11 de novembro de 1417 sobre o Cardeal Odo Colonna, de então por diante Papa Martinho V (1417-1431); tratava-se de figura digna e douta, que logo passou a presidir às sessões do concilio de Constança. O jubilo da Cristandade foi então imensa, pois a tão almejada unidade havia sido restaurada!Os Padres sinodais ainda se reuniram até 22 de abril de 1418, estudando questões de fé e disciplina.Assim brevemente esboçados os acontecimentos, vejamos quais as conclusões dogmáticas que deles decorrem.2. O significado dos fatosTrês são os pontos dogmáticos relacionados com a história do concilio de Constança:1. O Conciliarismo. Ao encerrar definitivamente a assembléia de Constança, o Papa Martinho V não proferiu explicita aprovação da mesma nem de alguma das sentenças teológicas emitidas no decorrer de suas sessões. Estava, e está, claro que tal sínodo começou irregularmente em novembro de 1414 e agiu sem autoridade até aceitar a delegação e os poderes que o Papa legítimo Gregório XII lhe comunicou em 4 de julho de 1415; somente desta data em diante, ou seja, a partir da sua 14º sessão tornou-se assembléia legitimamente constituída para prover às necessidades da Sta. Igreja. Por conseguinte as teses conciliaristas promulgadas em março e abril de 1415 (na terceira e na quinta sessões gerais) não podem ser tidas como proposições definidas por um concilio ecumênico.Das atas do concilio depreende-se mesmo que as proposições conciliaristas foram promulgadas em Constança sem o consentimento pleno ou até à revelia da maioria dos Padres sinodais: estes, com efeito, não estavam todos presentes à sessão em que tais teses foram redigidas; na sessão seguinte, depois de tomar conhecimento das mesmas, solicitaram ao Imperador Sigismundo não permitisse que fossem publicadas; só não protestaram mais energicamente dada a premência da situação em que se achavam.Para ilustrar esta afirmação, basta notar o seguinte episódio aos 17 de abril de 1415, isto é, onze dias após a famosa quinta sessão do concilio, o cardeal Pedro d’Ailly pediu aos Padres sinodais que proferissem a condenação dos hereges Wycleff e Hus em nome do concilio apenas, sem nomear o Papa, visto que, dizia ele, o concilio é superior ao Romano Pontífice. Contudo uma comissão encarregada de examinar o caso se pronunciou contra o alvitre do Cardeal d’Ailly, que só foi apoiado por 12 votos dentre 40. Donde se vê que a intenção dos Padres conciliares na terceira e na quinta sessões não era a de definir como artigo de fé a superioridade do concilio sobre o Papa; visavam mais mostrar intrepidez e intimidar a João XXIII (anti-papa) mediante uma atitude enérgica do que estabelecer alguma doutrina de fé. - O próprio Cardeal d’Ailly as 17 de abril de 1415 não citou em seu favor os decretos da quinta sessão nem os mencionou no tratado que ele publicou dezessete meses mais tarde com o titulo: “De Ecclesiae concilii generalis, romani pontificis et cardinalium auctoritate”; nesta obra ele apelava para ulterior decisão do concilio, ulterior decisão que na verdade nunca foi pronunciada.De resto, para evitar todo equivoco sobre o assunto, o Papa Eugênio IV, sucessor de Martinho V, declarou em 1446 que reconhecia e venerava o concilio universal de Constança na medida em que os decretos do mesmo não contradiziam aos direitos, à dignidade e ao primado da Sé Apostólica... Esta sentença ainda hoje define bem a autoridade de que goza, na história da Igreja, a famosa assembléia de Constança.2. Regime parlamentar na Igreja. Aos 9 de outubro de 1417 (39ª sessão), os Padres de Constança promulgaram cinco decretos disciplinares, dos quais se tornou celebre o primeiro (“Frequens”). Mandava, se reunissem periodicamente concílios gerais, devendo o subseqüente ter lugar cinco anos após o anterior; e os demais de dez em dez anos; data e local seriam indicados no fim de cada concílio pelo Papa e a assembléia ou, na ausência do Pontifíice, pela assembléia apenas.Queria este decreto impor à Igreja uma forma de governo parlamentar?Duas são as interpretações que se podem dar a tal documento.a) segundo alguns historiadores a autoridade infalível da Igreja repousaria não sobre o Papa apenas, mas também sobre o concílio ecumênico, de sorte que o Pontífice Romano sem o consentimento do episcopado reunido nada poderia determinar em matéria de fé e moral. Tal doutrina é contraria ao ensinamento comumente transmitido na Igreja antes e depois do concílio de Constança; de modo que o historiador parece não ter o direito de a atribuir ao concílio, desde que este não a haja formalmente expresso;b) o decreto “Frequens”, sem querer tocar a questão teológica do primado da autoridade na Igreja visava apenas indicar uma norma de prudência prática: a periodicidade dos concílios gerais parecia ser oportuno meio preventivo contra a renovação de um cisma! - O decreto então essa norma até deixar de ser oportuna! O decreto assim concebido não obrigaria as autoridades eclesiásticas (muito menos os Papas) de maneira perentória; veio a ser mesmo obsoleto do séc. XVI em diante quando justamente a convocação de concílios ecumênicos passou a acarretar o perigo de cismas.É esta segunda interpretação que parece corresponder à mente do decreto “Frequens”, principalmente se se leva em conta que o conciliarismo nunca foi promulgado como doutrina de fé em Constança.3. Sucessão apostólica. Quanto à sucessão ou à linha dos sucessores de S. Pedro, ela não se interrompeu pelo cisma: basta considerar a maneira como foram eleitos os Papas de Roma, Avinhão e Pisa para se verificar que Urbano VI e seus sucessores em Roma eram os legítimos pastores do rebanho de Cristo durante o período de divisão. Martinho V eleito em 1417 não deu novo início ao Papado, mas, ao contrário, herdou a tradição e o patrimônio que, por meio de Gregório XII e Urbano Vi, vinham sendo transmitidos na Sta. Igreja desde os tempos de São Pedro.Ó admirável Providência Divina incessantemente manifestada na história da Igreja!Data Publicação: 08/01/2008
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”D. Estevão Bettencourt, osb.Nº 13, Ano 1959, Página 42.

PADRE FABIO DE MELO


O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las.Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar.Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer.É simples...
www.fabiodemelo.com.br

PORQUE SOFREMOS


E como enfrentar as situações de dor e sofrimento?
A+A-
Esta é uma pergunta que atormenta a nossa humanidade. Para Victor Frankl, médico e psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, o sentido da vida humana pode ser encontrado mediante a realização de alguma coisa, mediante um acolhimento à beleza da natureza ou das artes, por meio das quais a pessoa se realiza e se sente plena. Podemos citar o exemplo de pessoas que enfrentam escaladas a altas montanhas e ao atingir o cume, saboreiam uma sensação de plenitude. E por último, mediante ao enfrentamento de limitações da vida, as quais abrem um incalculável leque possibilidade diante de situações limites, como as doenças.
A questão é que temos a tendência de exagerar o lado positivo ou negativo da vida, pois exageramos o tom do prazer ou do desprazer em nossas vivências. Dependendo do grau de importância que atribuímos a esses aspectos (positivos ou negativos), caímos na reclamação, na murmuração da vida e, muitas vezes, nos tornamos amargos.
O sofrimento, assim como o prazer e a alegria, faz parte da vida. Não podemos fugir das situações de sofrimento, e muito menos impedir que as pessoas que amamos sofram. Portanto, precisamos aprender a aproveitar as situações que nos fazem sofrer da forma mais positiva possível.
Anselm Grun fala no seu livro “O céu começa em você” o seguinte: “Onde está o maior dos meus problemas, ali está também a maior de todas as chances, ali está também meu tesouro. É ali que eu entro em contato com minha verdadeira essência. E é ali que alguma coisa poderá ganhar vida e desabrochar”.
Enfrentar ou suportar a dor e o sofrimento é atitude que nos é custosa; não é fácil, requer garra, escolha e perseverança. Enfrentá-los não faz com que saiamos das situações ilesos, sem marcas, mas podemos sair renovados, com um novo sentido para a nossa vida.
Mas como enfrentar as situações de dor e sofrimento? Aí seguem algumas dicas que podem nos ajudar nesses momentos: em primeiro lugar, precisamos encarar essas situações como parte do ciclo da vida e como ciclo, manter a certeza de que elas irão passar. É importante atribuirmos sentido ao sofrimento que enfrentamos para que ele não passe em vão, e assim não caiamos no perigo de perder a oportunidade de crescer como pessoas.
A segunda dica é buscarmos manter um olhar positivo e a confiança de que vamos superar essa adversidade, mudando o que é possível mudar, aceitando aquilo que não pode ser mudado, mas em tudo e sempre mantendo o olhar de esperança.
A terceira dica é fundamental: precisamos manter a nossa fé firme em Deus, buscando no Senhor forças e inspiração, buscando n’Ele a graça de visualizarmos novas possibilidades diante da situação que enfrentamos. Ao pedirmos essa graça para Deus, precisamos dar outro passo.
A quarta dica é: precisamos nos manter abertos para mudanças, seja de rotina de nossas vidas ou qualquer outra mudança que a situação irá exigir. Por fim, a quinta dica é: não podemos deixar de buscar o apoio das pessoas com as quais convivemos e amamos, familiares, amigos, as pessoas do grupo de oração ou da paróquia da qual participamos, pois esse apoio é fonte de força e perseverança.
Precisamos guardar em nossa mente e em nosso coração que as situações de sofrimento fazem parte da vida, e nelas estão escondidas inúmeras possibilidades, por meio das quais podemos crescer como pessoa, pois como diz Goethe: “Não há nenhuma situação que se não possa enobrecer, o que quer que seja realizando ou suportando”.

Manuela Melopsicologia@cancaonova.comMissionária da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia, com especialização em Logoterapia e MBA em Gestão de Recursos Humanos.

MINHA VIDA UM .....LIXO ( CANÇAO NOVA FORMAÇÃO)


Tomei a decisão de reciclar minha vida
A+A-
Hoje acordei e fui refletir sobre o tema da semana no programa que é “Coleta Seletiva”. Percebi que minha vida é um lixo. Nossa! Que impacto! Um lixo? Sim. Lixo orgânico (vivo), material a ser reciclado.
Tomei a decisão de reciclar minha vida. Vasculhando o baú de recordações e o labirinto da memória, tive uma grata surpresa: tomei conhecimento de que os incontáveis objetos que por mim foram descartados, por julgá-los sem serventia, muitos deles ainda se encontravam intactos. Tão perfeitamente conservados que poderiam ser reutilizados, se assim quisesse. Reencontrei sentimentos antigos. Recuperei sonhos e metas. Não encontrei algumas pessoas e vi que realmente tinha perdido outras.
Estranho revirar o lixo… É assustador descobrir que tomava coca-cola com café para não dormir enquanto estudava para o vestibular; que curtia comer farinha de milho com café enquanto assistia televisão. Que fazia cabanas com folhas de bananeira e me achava grande. Que colecionava figurinhas e jogava “tapão”. Que caí do pé de amora e chorava com medo de minha mãe saber… porém, a marca na testa está aqui para quem quiser ver.
Fico espantado ao lembrar o dia em que resolvi beber vinho com a galera e parei só quando estava imerso em meu vômito e sem memória de quem eu era e onde estava.
Lembrar infância, adolescência e me perceber Jovem… fazendo uma releitura da vida como lixo… E tece Cristão.
Hoje posso rir de mim mesmo, selecionar o que posso e reciclar o que Deus quer. Minha vida, experiências e lutas…choro e sorriso… erros e acertos… Nada se perde! É lixo orgânico que hoje se torna adubo para fertilizar meu chão cristão!
Posso reescrever minha história, posso olhar para frente sem descartar o passado… Sou gente, sou homem sendo formado.
Quero oferecer minha vida, que ora cai no chão de outros, penetra e faz crescer sementes.
Minha vida nas mãos de Deus é adubo… É fertilizante…
Adriano Gonçalveshttp://blog.cancaonova.com/revolucaojesus

ATO DE ADORAÇÃO ( CANÇÃO NOVA FORMAÇÃO)


Um amor que afeta nossas ações
A+A-
Eu pensava que adoração era um tempo de cantar, tocar instrumentos e erguer minhas mãos ao Senhor. Esse tempo gasto na presença d’Ele era grandioso. Não posso negar que Ele realmente habitasse nesses louvores. Porém, quando a música terminava e o período de adoração acabava, era hora de ofertar, ouvir a Palavra e viver o resto da semana.
A adoração é a nossa resposta de amor a um Deus, que se fez carne e morreu numa cruz por cada um de nós e se fez Pão para permanecer conosco. Adorar é sentir um amor profundamente dedicado a Jesus. Se amamos alguém, isso afeta nossos pensamentos, nossas ações, e nossos corações. Atos de adoração são uma resposta a esses efeitos. Se nós realmente adoramos reverentemente ao Senhor, isso afeta muito mais que cantarmos ou a forma com que cantamos.
Esse amor enche nossa vida até ao ponto que em que tudo se torna uma expressão desse amor. Podemos adorar ao Senhor com músicas, em dança. Romanos 12:1 ensina-nos que oferecer nossos corpos como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Deus é nosso ato espiritual de adoração.
Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração que renda louvor a Ele. E como a Palavra promete: Deus habita em meio aos louvores de Seu povo. Eu estou preparado para Deus habitar continuamente em minha vida. Eu quero esta graça para mim e é isso que busco a cada dia diante do Santíssimo Sacramento na Eucaristia Adorada ou celebrada nas Santas Missas. Eu quero amá-Lo e conhecê-Lo e assim fazê-Lo amado e conhecido pelas pessoas.
Eu preparei este vídeo para você começar a declarar seu amor por Jesus. E também esta música que fala da liberdade daqueles que encontram com o próprio Senhor Jesus, nosso Deus amado.
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Enilda Rochahttp://blog.cancaonova.com/metanoia/

O QUE FAÇO AO SER CONTESTADO


Quem não se deixa questionar pelos outros acabará na solidão
A+A-
Facilmente percebe-se a maturidade, a segurança e a autoconfiança de alguém quando ele é questionado. Há um provérbio que diz o seguinte: “Quer conhecer uma pessoa, dá-lhe poder!”
Em minhas observações sobre os relacionamentos humanos, sugiro: “Quer conhecer uma pessoa em sua consistência e segurança, observe sua reação ao ser questionada ou ao se confrontar com alguém que diverge de seus conceitos pré-estabelecidos”. Tal fato pode ocorrer em todos os níveis de relacionamento, tais como, entre colegas de equipe ou em relações hierárquicas. Quando surge um subordinado que ousa questionar ou discordar dos projetos ou idéias de um chefe inseguro, ele pode ter por parte dessa pessoa uma reação agressiva. Além de não ser bem acolhido, pode ser definido e considerado como um opositor, “persona non grata”, uma pedra que precisa ser removida do caminho ou até como um inimigo ou traidor por ter idéias que não se encaixam com as do seu superior. O questionador se dá conta de que, embora tivesse a melhor das intenções, já que estava apenas tentando colaborar com idéias diferentes, seu questionamento não é bem-vindo.
Percebe que, como resultado de seu atrevimento de “questionar” o chefe, está agora sendo discriminado ou “gelado” por este, afinal, quem o autorizou a ser tão atrevido em discordar do chefinho? Para que esse fato não acabe em discórdia, discriminação ou até demissão, o melhor a fazer é não ousar a discordar ou questionar novamente o chefe!
A partir dessa atitude de desistência dos subordinados o “todo-poderoso” sente-se vitorioso e feliz. Agora sim, está tudo bem; os obstáculos são coisas do passado! Percebeu que a estratégia de usar a força do cargo, impedindo que os “pequeninos” se metam em assuntos do chefe, funciona mesmo! Daí em diante o rolo não pára. Pão gostoso é aquele que é bem sovado… quanto mais força se usa, mais macio ele fica!
Até quando?
O que ocorre é que, agindo dessa forma, o detentor do poder não terá paz interior e muito menos conseguirá, a longo prazo, atrair colaboradores que se associem aos seus projetos. O jeito será ir se acostumando a trabalhar e a “carregar o piano sozinho” porque são raros os que se dispõem a se juntar a quem habitualmente age desta forma. Além de não contar com os colaboradores, seus empregados e ajudantes o “servem” mais como a um senhor e não como um amigo, companheiro ou até pai. Muitos dos que estão ao seu redor, só ali permanecem por não terem outra opção. Mas até quando?
Quem não se deixa questionar pelos outros, é firme como areia e acabará na solidão. Quando perder o poder, antes já terá perdido os seus colaboradores.
Quem é frágil não pode sofrer nenhum esbarrão. Quem não aceita novas idéias, deve viver de aparências e, muitas vezes, da mentira. Pode até se impor e se manter no cargo por um certo tempo. Mas não terá paz nem legitimidade.
Quem utiliza o poder para dominar os outros, um dia não terá mais energia para tal, então a corda arrebentará e não deixará saudades. Livres do opressor, como pássaros, voarão para outros campos e o antigo “senhor” terá como única companhia a solidão.
Auto-análise
Quantas vezes tenho analisado minhas próprias atitudes e reações e percebido que também ajo assim!… Por isso, essa reflexão serve, em primeiro lugar, para mim mesmo. Melhor perceber agora do que lamentar mais tarde. Oxalá você também possa refletir e analisar as suas atitudes. Todos nós temos pessoas que estão, hierarquicamente, acima e abaixo de nós. Quantos destas já nos questionaram e não têm mais coragem de fazê-lo, porque não acolhemos suas opiniões e questionamentos! Portanto, minha proposta é que sejamos honestos com nós mesmos.
Analisemos nossas atitudes e reações ao sermos questionados ou quando os outros discordam frontalmente de nossas posições. Elas vão mostrar nossa firmeza, segurança e autoconfiança ou se estamos construindo sobre a areia. Cedo ou tarde será inevitável que a verdade apareça. Antecipemo-nos ao futuro!
Assim, deixo a seguinte pergunta: elimino e continuo senhor da razão ou acolho o diferente e “faço do limão – com o azedume que sinto ao ser questionado – uma limonada?”
Pelo fruto se conhece a árvore, disse Jesus. Pela minha reação perceberei quem sou e a quantas anda a minha consistência interior.
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Pe. Alirhttp://blog.cancaonova.com/padrealir/

NO AMOR DE DEUS ( CANÇÃO NOVA FORMAÇÃO)




O ato sexual é a 'celebração do amor', como que a 'liturgia do amor conjugal'
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O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus “viu que tudo era bom” (Gen 1,25). Portanto, tudo o que Deus fez é belo.
O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso a utilizar para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela.
Da mesma forma o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. É por meio dele que a criança inocente vem ao mundo.
Assim como Deus deu ao casal humano a missão de gerar os filhos “crescei e multiplicai” (Gen 1,28), também providenciou o sexo como instrumento de procriação. E mais: para fortalecer a união e o amor do casal fez do sexo também o meio mais profundo da manifestação do amor conjugal. Podemos dizer que o ato sexual é a “celebração do amor”, como que a “liturgia do amor conjugal”. E é no ápice dessa celebração do amor que o filho é concebido. Isto é, ele não é somente a carne e o sangue do casal, mas, principalmente, o fruto do seu amor. É por isso que a vida sexual de um casal que não se ama de verdade nunca é harmoniosa.
O sexo é manifestação do amor. Sem este, ele fica vazio, desvirtuado e perigoso como aquela faca na mão do assassino. Faz muitas vítimas… O que é a prostituição senão o sexo sem amor? É apenas um ato de prazer, comprado, com dinheiro ou outros meios.
No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado; nem que o corpo da noiva pertence ao noivo. A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe o comprometimento de vida conjugal, vida a dois, na qual cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro. Cada um é “responsável pelo outro até a morte”, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este “compromisso de vida” o ato sexual não tem sentido e se torna perigoso.
As conseqüências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros; filhos abandonados, ou criados pelos avós, ou em orfanatos. Muitos deles se tornam os “trombadinhas” e delinqüentes que cada vez mais enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores. Quantos abortos são cometidos porque se busca apenas, egoisticamente, o prazer do sexo, e depois, elimina-se o fruto: a criança! Só no Brasil são 4 milhões por ano. Quatro milhões de crianças assassinadas pelos próprios pais!
As doenças venéreas também são flagelos do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, da blenorragia, do cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS. O remédio contra a AIDS é a vivência sexual apenas no casamento; e não, como se propõe, irresponsavelmente, o uso de “camisinhas”, em vez de se eliminar o vício pela raiz.
É urgente que os cristãos, pais, professores e educadores, tenhamos a coragem de ensinar novamente a castidade aos jovens. Um jovem que se mantém casto até o casamento, além de tudo, prepara a sua vontade e exercita seu autodomínio para ser fiel ao cônjuge no casamento. É preciso mostrar urgentemente aos jovens os valores da castidade, tanto em pensamentos como em atos. A televisão e os filmes pornográficos de vídeos, as revistas eróticas, abundantes e asquerosas, injetam pólvora no sangue de nossos filhos, fazendo-os escravos do sexo. E por causa disso estamos vendo meninas de 13, 14 anos, grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães.
Temos que acordar. Temos que ter a coragem de oferecer aos jovens a opção da pureza que Jesus nos legou: “Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5,8). Nesse assunto Cristo foi exigente e não deixou margens a dúvida: “Todo aquele que olhar para uma mulher com desejo de cobiça, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5,27).
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Felipe Aquinofelipeaquino@cancaonova.comProf. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br 04/07/2008 - 07h00
Tags: Sexo namoro casamento

terça-feira, 1 de julho de 2008

O MAIS BELO FILHO DO HOMEM ( Padre Roberto Toca de Assis )



Sacramento, queremos pedir ao Senhor que a nossa alma, que o nosso interior possa aprender a viver cada momento, cada experiência, daquilo que Ele tem feito e realizado em nós. A alegria de poder ver o Senhor. Como Ele se manifesta e como é belo poder ver Jesus no Santíssimo Sacramento, a sua beleza escondida, única, real, pessoal! E é esta experiência que queremos viver neste dia. Experiência que vivemos na Santa Missa e a Igreja rompe o tempo e se me permitem dizer: quase que o [tempo] “desrespeitando”.Quero começar com uma passagem que os Santos Padres sempre meditavam em suas cartas: “Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens” (Salmo 44/45,3). Esta passagem é muito anunciada no tempo da Paixão de Jesus, pois nós católicos temos uma admiração pelo ‘Mistério Eucarístico’ dentro de nós: adorar a Deus no véu do Sacramento. Se nós católicos não temos uma admiração e sentimos alegria num culto supremo de adoração, nenhum mistério vai parar dentro de nós. Esta admiração por Ele, que é mais belo entre os filhos dos homens, é confirmada por São Paulo: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (Filipenses 2,6-7), assumindo a natureza humana menos o pecado.
Nós queremos hoje nos encontrar com o Senhor, a nossa alma está aqui, queremos levantar aqui hoje um culto de adoração e dizer: “Jesus, és Filho mais belo entre os homens!” Eu repito: se você, católico, perdeu o encanto, a alegria por Jesus no Sacramento pode ter certeza de que vai perdendo, perdendo, perdendo cada vez mais essa admiração. Muitos não se alegram mais com a presença de Jesus no Sacramento, não se importam em buscá-Lo, não desejam mais vê-Lo, estar na presença d’Ele e adorá-Lo. Esta passagem do Salmo é uma passagem Eucarística e nos dá o encanto do coração do Senhor, a alegria de estar na presença d’Ele; e nos dói o coração quando os católicos perdem a graça, perdem o encanto e a felicidade por ver e estar com Ele. Imagine se eu – como sacerdote – subisse ao altar para consagrar o pão e o vinho e não tivesse a alegria de estar com Nosso Senhor Jesus Cristo Senhor? Ali está Aquele que pode encher o meu coração [referindo-se a Jesus]. Mas parece que a dureza do coração vai se fazendo presente nos meus irmãos; os tabernáculos vazios, as Santas Missas frias, Jesus esquecido, abandonado, tanto que chegará um tempo em que tudo o que é belo para o Senhor será proibido; tudo que alegra o coração do Senhor será proibido! Tudo isso é tão apartado, negligenciado, por tão sublime presença e chegará um tempo em que um sacerdote bem paramentado vai ser zombado ao celebrar a Santa Missa... E, hoje, infelizmente isso já acontece, de forma que parece ter valor aquele sacerdote que celebra de qualquer maneira. É por isso que eu disse que a Carta aos Filipenses é a alma de Jesus no altar, Ele é o alimento vivo, palpitante em sua vida! Não podemos deixar que o coração fique gélido na presença d’Ele!
Por isso que um católico – que não tem mais admiração pelo mistério [da consagração do Corpo e Sangue de Cristo e de toda a Igreja] –, como vai entender a dor (e creio que você está entendendo o que digo ao seu coração), como vai entender o sofrimento dos pobres se não entende como o Cordeiro [Jesus Cristo] é sacrificado no altar? Conversando com Dom Cláudio, ele disse que estava triste, pois houve uma secularização na vida consagrada feminina também, perdeu-se o amor, perdeu-se o mistério da vida consagrada e o amor por Jesus. Está se retirando o mistério de tudo, também na vida do leigo a cada dia se está retirando o mistério, deixando-o cada vez mais gélido. Você precisa alimentar a sua fé, precisa acreditar no mistério, tem de ir não com a razão, mas com a emoção e sentimentos. Ora, um homem consagrado, uma mulher consagrada, que perdeu o desejo de comungar o mistério da fé, como pode entender a sua vida de consagrado? Você precisa entender o caminho da dor, o caminho do abandono, por isso a Santa Missa é ato de sacrifício, embora alguns teólogos queiram dizer que esta é um simples ato, um rito. Quando você participa da Celebração Eucarística, faz parte “contemporânea” com Jesus, o que significa ser do mesmo tempo, da mesma época em que vivemos, hoje. Por isso a Missa é um ato do Senhor. Se você está com vontade de chorar, chore; se está com dor, coloque-a no altar, e lembre-se de que você não é inocente como Jesus; só Ele é inocente. Muitos ateus, quando morre um amigo deles, colocam a culpa em Deus e julgam que ninguém tem direito de sofrer. Você deve entender que o Senhor é a única resposta da sua dor. Faça d’Ele a razão da sua vida! Eu sei que você está entendendo isso no coração: O mais belo do Filho dos homens está ao nosso redor. É Ele que vem e entra dentro de nós, que nos alimenta e só Ele é o Inocente entrando na sua vida para lhe dar sabedoria – diante tantos momentos que você vive e de tantos questionamentos, como: “Por que meu filho de 12 anos foi morrer assim?” ou “Por que meu filho está doente?”, etc. Quantos são os casais que aprenderam a amar por terem filhos com Síndrome de Down, lembrando-se de que Jesus é o Inocente, o Cordeiro, pois não abriu a boca contra aqueles que O maltrataram. Ele era o mais belo do Filho dos homens e ninguém queria olhar para Ele diz o profeta Isaías [após a flagelação e morte]. Filhos e filhas, é neste ponto que lhes falo do caráter sacramental da Santa Missa. Guardem primeiro a passagem: “Tu és Filho mais belo...” na qual podemos crer no Cordeiro, que entra em nossas vidas, alimentando-nos a alma; e que o católico, a católica, que perdeu a graça, não conseguirá chegar a algum lugar. A Igreja espera o seu coração sedento pelo Véu do Sacramento do Filho dos homens. No sorriso dos inocentes está Jesus Cristo. Dom Cláudio disse que está difícil trabalhar com as vocações, pois o mistério foi esquecido e na nova igreja de São Pio na Itália Nosso Senhor Jesus Cristo está abandonado, jogado, ultrajado, esquecido no segundo andar em uma capela fria. Tomem o profeta Isaías no capítulo 53, versículo 2, que diz: “Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos”. Até parece que o profeta fala contra o salmista, mas não é. O profeta diz que Jesus era o mais belo passando pelo sofrimento; quantos O tratam com zombaria... Quando você quer fazer o sacrifício e é ultrajado é quando tem de continuar. E bendito seja Deus pelos sacerdotes que têm continuado a tratar Jesus como Ele merece! Pois casa, carro, o “fundador santo” não são o bastante para se encontrar com Jesus. O Senhor deu para nós Sua graça e a Sua beleza no sofrimento e nós as temos, pois o Espírito Santo nos dá a graça e a beleza de Jesus. Jesus, és Filho mais belo entre os homens, afirma Padre RobertoSem Jesus no Véu do Sacramento não se pode viver e duvido se um católico verdadeiro vive sem a presença do Sacramento! Que venham aqueles que não têm vergonha por causa de Jesus Sacramentado! E padres que desejam, ardentemente, celebrar com fervor o mistério Eucarístico! Esta expressão de amor o conduz ao sofrimento dos inocentes. Hoje por causa da recessão dos Estados Unidos, por causa do Iraque, entre outros, quantos não vão morrer de fome! A morte dos inocentes, como o pobre de rua, aquele que não tem atendimento médico nem uma palavra de amor. Como um casal que tem a ‘graça’ de ter um filho com Síndrome de Down, ambos transformam o amor presentes neles e potencializam esse sentimento. A Santa Missa é a celebração suprema. Jesus é a beleza do Pai. Há a alegria de poder ver Jesus Sacramentado, pois após a consagração não há mais pão, mas é o meu Senhor que se faz presente no altar. Se você não tem mais encanto pelo Sacramento, você vai perder tudo, até sua própria vida. Tenha certeza de que não irá se desviar dos caminhos que Deus tem para você, nem perca a inocência, hoje um dom tão precioso e raro. Precisamos voltar a crer no amor puro, voltar a acreditar na lealdade do coração dos outros e que há homens e mulheres santos na sua vida, assim como que Jesus está em nosso coração!Filipenses 2,6: Nela estão contidas duas passagens que eu usei na pregação: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus [...] assemelhando-se aos homens.” Sem deixar de ser Deus, Cristo aniquilou-se e na celebração da Santa Missa Ele não se torna pão, mas sim, um sacrifício, no qual podemos “comer” Deus. Ele é comido por toda a Igreja, Ele é degustado e isso não é simbolismo. Muitos tentam torná-Lo um simbolismo, mas a verdade é que Jesus foi dado em sacrifício perfeito. Na Santa Missa, você se torna servo, ela não forma orgulhosos, ela forma servos. Largue o orgulho de não dar direito a um pecador recomeçar; o orgulho de não querer ser humilhado, por isso a Missa perde o valor para alguns católicos, que se afastam de Jesus por não estarem junto d’Ele. Eu convido você para nunca perder a graça e o encanto por Jesus no Véu do Sacramento. Lembrando que a Santa Missa é um culto de sacrifício, que nos escolhe e nos torna servos perfeitos, conduzindo-nos e preparando-nos para a vida eterna. Quando eu vejo um fragmento de Hóstia Consagrada, que se perde, eu digo à minha alma: “Tu és o mais belo entre todos”; no menor fragmento está o mais belo de todos os homens! E se eu perder a beleza pelo menor fragmento, vou perder a graça por todo o Sacramento: do sacerdócio, da minha vida.

PLENITUDE DA LEI DO AMOR ( Padre Roberto Toca de Assis )



São semelhantes aos demônios aqueles que crêem, mas não amam. Diz Santo Agostinho que hoje vivemos uma realidade muita seca, até internamente na Igreja, entre nós, padres, entres os consagrados, há certo medo de se jogar aos pés de Jesus. Medo que, muitas vezes, nos impedem de viver a vontade de Deus.
Fui a Roma entregar as regras de vida da comunidade, ao entregar os estatutos o cardeal disse: “Não tem muita coisa para ler, não”, era como se o coração dele dissesse: “Não importam as regras! Quero o amor de Jesus brilhando na face da terra”. Ele dizia: “Padre, o que basta é o amor”, essas palavras dele me marcaram muito.
Sei que o que vai me dar o céu não é a regra de vida, mas é o amor. Há uma multidão de pessoas esperando que lhes apresentemos o amor de Deus. Quantas atitudes existem em nome de Jesus, mas no fundo não são atitudes de acordo com o Evangelho. Se você escutar a voz do Espírito Santo e a voz de Deus, vai ver que Deus nos convida a amar. Como hoje nos faltam – a nós cristãos – atitudes de amor que mexam com a estrutura de nossas vidas e de nossa comunidade. Eu não vejo sentido nelas [vidas e comunidades] se não houver amor para salvar o sofrido, o pequeno; eu vivo esta experiência e o meu coração é consolado com isso por causa de Jesus.
Você, na comunidade, na família, deve ser a pessoa que atrai os demais por amor, pois hoje o povo tem sede do amor. As estruturas têm matado o amor, as nossas posições o matam também.
Hoje, na pregação da tarde, falei da morte do Zacarias, ao falar sobre isso me doeu o coração porque ele me amava gratuitamente, um amor de entrega que marca o coração. Hoje o mundo vive um amor que se troca: se ama pelo valor e não pelo que se é. Outro pecado do Cristianismo é fazer a distinção de pessoas e a falta de acolhimento. Saber acolher alguém, dar um sorriso, dá um abraço é um dom santo.
Cuidado! Porque, às vezes, você olha os pecados na sua sexualidade, mas falta o amor, falta o acolhimento, isso ninguém confessa. Não podemos negar o amor, não nos pode faltar o amor!
Esses tempos tão duros em que estamos vivendo – só podemos viver na misericórdia. Ame por causa de Jesus! Socorra àqueles que sofrem em nome de Jesus! Vida fraterna é o amor que transcende as paredes!Muitas vezes, vamos numa secretaria de uma paróquia ou na comunidade em busca de amor, mas encontramos regras e mais regras... Mas não somos chamados a viver só da lei, mas sim do amor!
O amor de Jesus fazia e faz o inferno tremer. Hoje escutando Davi, e Saul querendo matar por ciúmes... Mas quantas vezes nós também “matamos” alguém por ciúmes. Precisamos estar dispostos a sofrer por amor. Quando eu choro por causa do Zacarias, porque o amo, creio na vida eterna, mas sinto saudade. Não perca tempo diante das situações em que você tem de ter misericórdia. Há muitas pessoas para as quais você pode devolver a vida. Saia do cotidiano, do ordinário, vá para o extraordinário, saia ao encontro daqueles que necessitam. A santidade é o amor que perdoa e que salva. Sei que enfrentar as “estruturas” é difícil; às vezes eu tenho dificuldade de fazer isso na minha Fraternidade [Toca de Assis]. A vida fraterna é o amor que transcende as paredes! O amor que vai buscar o irmão e a irmã que estão perdidos. As pessoas precisam saber que você tem o amor de Jesus.

JESUS ESPOSO DE MINHA ALMA ( Padre Roberto Toca de Assis )



O que significa a palavra "místico"? É aquilo que une ao céu. Mas os católicos estão confundindo as coisas, e estão indo buscar "misticismos" de fontes orientalistas, que não tem nada a ver. Há pouco tempo saiu o livro "O Segredo", o qual muitos estão lendo, mas que é totalmente contrário à mística da Igreja. Há pouco tempo, em um programa de TV, um homem tentou humilhar os estigmas do padre Pio, mas quanto mais eles fazem isso, mais Deus mostra Sua Glória nos seus servos. Hoje, Padre Pio é o homem mais amado da Itália, mais que São Francisco nos dias atuais, e não é qualquer reportagem que vai tirar o mérito daquilo que ele fez. Vocês têm cantado esse lindo canto chamado “filho do Céu”, do padre Fábio. E hoje posso dizer que o que falta na Igreja são homens que falem do céu, que expliquem às ovelhas o que é o céu. Isso é místico! E não é nenhum tipo de alienação você querer saber o que é do céu. O Padre Pio disse a uma de suas filhas espirituais que são necessárias pessoas que ensinem aquilo que é do céu. Porque não escutam o que é do céu, as pessoas vão buscando fontes de fora para tentar saciar a sua alma, mas tudo em vão. Faltam homens que lhes falem do céu. E aqui está a beleza dos santos, eles fizeram isso. Temos exemplos de hoje também. Não dá para deixar de falar do Monsenhor Jonas que falou de Deus a vida toda e não vai parar. São homens que falam daquilo que Deus quer fazer na sua alma, e que apontam a direção a seguir.
O padre Pio recebeu aquilo que a Igreja chama de transverberação. Ele recebeu na sua alma a marca dos estigmas. E quando eu falo de alma, não fique pensando em algo difícil de entender, estou falando do seu interior. É como diz o salmista: ‘Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!’. Precisamos deixar nossa alma se marcar por Deus, como fez padre Pio. Nesse sentido, como é bom escutar pregações como essas que estamos tendo aqui, elas saciam a nossa alma. Quando eu tenho tempo não deixo de ver as pregações que são feitas na Canção Nova, pois quanto alimento para a minha alma eu posso obter aqui. Deixe sua alma ser marcada por Deus.
Quando o padre Pio recebeu as marcas, ele sabia de tudo aquilo que ele iria sofrer, e aqui está a virtude, que eu divido em dois pontos, em dois mistérios: Em primeiro lugar o servir a Deus mesmo na dor. A alma de São Pio foi marcada pelo amor, pelo mistério da dor e do se consumir por Jesus. E antes de seu corpo começar a sangrar por Jesus, sua alma já sangrava. E isso nenhuma ciência pode explicar. Antes de os estigmas aparecerem na sua carne, a alma de São Pio já padecia os sofrimentos de Jesus. Você pode saber que sua alma já está marcada pelo amor profundo a Jesus quando você não tem mais medo de tudo aquilo que o Evangelho pode te proporcionar e quando há um amor indizível pelo Santíssimo Sacramento. Quando há uma fome insistente em comungá-lo, tê-lo dentro de si, principalmente no tempo da tribulação. Porque no tempo de consolação, é até fácil buscar Jesus. Já em um tempo duro e árduo da sua vida, há muito mérito em continuar buscando e amando o Senhor, sendo fiel mesmo no tempo do sofrimento. No tempo da tribulação dê a tua vida e tua alma a Nosso Senhor Jesus Cristo. O mérito será maior, e é muito maior o que Deus pode fazer na sua alma nesse tempo. Deus também realiza a sua obra no tempo de consolação, mas durante as dificuldades a marca da glória é maior, o conhecimento de Jesus é maior.
'A alma de São Pio foi marcada pelo amor e pelo mistério da dor'Em segundo lugar, o outro mistério é quando você não evita o sofrimento por causa de Jesus. Você sabe que vai sofrer no caminho que está, pois o Espírito lhe disse, e até mesmo tua inteligência já percebeu, mas você não se desvia, permanece fiel a Jesus. Quando você, mesmo sabendo que vai sofrer por Jesus, vai decididamente na direção que Deus lhe mostra, com coragem, então a tua alma vai ser marcada, você vai ser consolado e seus sentimentos vão se tornar os sentimentos de Jesus. Quando o padre Pio recebeu a transverberação, ele sentiu fogo na alma dele. Mas não foi somente o padre Pio que pôde sentir isso. Quantas vezes você comungou Jesus e também sentiu que Deus queria algo da sua alma, do seu coração, e depois se distraiu? Quantas vezes você também não percebeu que Deus queria lhe dizer alguma coisa? “Não te percas inutilmente com pensamentos. Não se desgarre o teu coração pelas artimanhas do demônio”, diz são Pio. Esse homem de Deus nos diz para não nos perdermos em nossos pensamentos, para não nos desgarrarmos de Deus nunca. Essas são palavras muito fortes da boca de São Pio. Quanta preocupação atinge a nossa alma no momento da ação de Graças na missa! Quanta distração acontece conosco depois que recebemos o corpo e o sangue de Jesus!Uma fonte de distração hoje nas missas é o bendito celular. Praticamente em todas as missas toca um celular. É a distração! Você não pode se esquecer que é nesse momento em que você recebe Jesus que Ele te fala mais fortemente. Quantas vezes você não foi tocado pelo canto da comunhão que entra na tua alma assim como Jesus o está fazendo? Mas quantas vezes também você já não se distraiu e perdeu as graças que Nosso Senhor quis lhe dar?Na última missa da sua vida padre Pio subiu muito sofrido ao altar. Hoje temos até fotos e imagens dessa missa. E o altar estava cercado de rosas vermelhas, pois foram 50 anos que ele já tinha os estigmas de Cristo. Sem contar os estigmas da sua alma que já existiam. Os estigmas da carne eram humilhação para ele, pois ele foi zombado, caluniado e tantas outras coisas que fizeram. Mas os estigmas da alma eram a sua delícia, ele mesmo o disse.
Hoje essa realidade de racionalismo que toma conta da nossa fé em muitas coisas, traz um medo de que a sua alma também seja marcada assim por Jesus. Jovem, você ousaria duvidar que Jesus hoje quer marcar profundamente a sua alma? Que Ele quer dar muito mais a vocês do que possam imaginar? Você ousaria duvidar, jovem, que Ele quer marcar a tua alma com dardos de amor, um amor que leve o teu coração a tomar decisões fortes? Não duvides! Esse amor fará com que você olhe firmemente para aquilo que o Senhor quer, sem se desviar. E tudo isso vêm da Missa, e depois é que se espalha em todos os outros ministérios. Fiéis acompanham atentamente a pregação do padre RobertoO Senhor quer te dar um místico coração para o seguimento de seu Filho. E não tenha medo disso! Esse amor de Deus vai marcar tão fortemente a vocês que vai lhes dar força, sabedoria, fortaleza.
Ouçam o que São Pio continua dizendo nessa sua carta: “Os que são entendidos do céu não querem outro caminho, não transitam em outro caminho, senão o da santidade”. Nem fique você pensando em suas fraquezas, limitações. Deus quer lhe dar essa fortaleza. Deus quer que você trilhe esse caminho de Santidade. No caso de São Pio, a santidade não se manifestava nos estigmas da carne, mas sim nas marcas da sua alma. Por isso, se você ficou questionado ao ler a reportagem que fizeram outro dia, não se deixe levar. Os estigmas da carne não eram a glória de São Pio, pois sua glória estava na santidade de Deus que habitava sua alma.
Em abril deste anos o seu corpo vai ser retirado do túmulo. E se preparem para aquilo que Deus vai mostrar em seu servo. Deus vai dar a graça de todos verem o corpo de São Pio. Jovem, não pense que sua vida com Deus se resume em pecar e ser perdoado. Não, Ele quer que você seja mudado em sua alma! Quer você mudado pelo amor profundo que Ele quer te dar. Tuas fraquezas não são barreiras para aquilo que o Senhor quer fazer em você, nem mesmo os seus medos o são. Se você acreditar que quando você é perdoado pelo Senhor trata-se apenas do começo daquilo que vai se realizar na sua alma, então você verá a sua vida mudada. Você não pode temer aquilo que Deus quer dar a você! Mesmo se o seu coração ainda está muito duro, é aí mesmo que Deus quer realizar a sua obra. E não seja orgulhoso a ponto de não deixar o Senhor realizar o que Ele quiser em você. Se hoje você tem dificuldades em ser de Deus, aprenda que o sofrimento é uma escola, e não seja orgulhoso a ponto de querer ser perfeito já hoje. Viva cada momento com fidelidade, saiba trilhar o seu caminho e ficar com o seu Senhor mesmo na dificuldade. Se você precisar de perdão, então corra atrás da confissão, mas deixe o amor do Pai ir curando o seu coração e transformando você, te santificando. É bonito ver uma juventude sedenta de Deus, que busca a Deus.
Comungue na Missa com a tua alma e você vai perceber aquilo que é do céu. Permanece fiel e não deixe o inimigo te enganar dizendo que você não é digno de Deus por causa dos teus pecados. Você não conseguirá ser outra coisa a não ser aquilo que Deus quer que você seja hoje. Não tenha medo de deixar Deus ferir o seu coração, pois Ele quer te levar à plena realização e à felicidade, mesmo quando o caminho for o da dor e do sofrimento.

Fonte Cançao Nova

VIOLENTOS NO AMOR DE JESUS (Padre Roberto Toca de Assis )



Eu desejo ardentemente oferecer essa pregação, da minha alma e de todos os meus filhos e filhas, à toda a Comunidade Canção Nova, lembrando um fundamento tão lindo, dado pelo Monsenhor Jonas o fundador: aqui é um território Eucarístico.
Uma passagem que me incentiva neste momento está no Evangelho de São Mateus 11,12: ‘Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam’. Falar do mistério do Corpo de Jesus, nos dias de hoje, é um ato de violência. É não permitir que esses mistérios sejam tirados da nossa própria alma, do nosso coração.
Lembrando-me de São Pio, eu percebi que há dois caminhos que hoje são ardentes e preciosos: o primeiro é a nossa autêntica profissão de fé. Do seu coração não ser alterado pelas falsas doutrinas que vão contra a fé que você professa; principalmente contra o maior e mais sublime que nós temos: o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Com muita alegria clamamos: Canção Nova um território Eucarístico.
Que eu faça você compreender que comungar o Senhor é comungar o sacrifício da dor, sua vida, a verdade absoluta. Comunhão pessoal de dois corações. É extraordinário que você comungue o sacrifício perfeito durante o sacrifício da Missa. Adorar ao Senhor é dar a vida por Ele. Por isso que o adorador entra em comunhão, coração com coração, alma com alma, e a cada Missa participa do sofrimento do Senhor.
Os Santos têm um amor profundo pela Igreja, pelos mistérios. O Senhor quer verdadeiramente entrar em sua vida, quer ser alimento, ser o amor. Em nossa decisão de comungar Jesus, precisamos ser violentos e rasgar nosso coração para Deus entrar. Que você ao viver o sacrifício na Santa Missa você tenha para com Ele um intenso mistério de comunhão, tão profundo que entre dois humanos é impossível. Por mais que você comungue com a outra pessoa, nunca iremos ter a verdadeira comunhão como temos com Cristo. Por mais que você ame, há um limite natural do homem. Quando você O comunga, Ele entra totalmente em Corpo e Sangue, indo nas raízes de sua alma. Há uma verdadeira comunhão, pois Jesus vem em pessoa. Ele de fato se entrega radicalmente ao extremo, em comunhão de corações. Mas porque ainda a grande maioria não conhece o Sacramento, não sabe que o Senhor na Missa se entrega totalmente. O segredo da santidade é entrar totalmente em Deus de poder degustá-lo. Jesus é maravilhosamente o Senhor deste território Eucarístico.
Na Palavra em Romanos 9,14-16: ‘Que diremos, pois? Haverá injustiça em Deus? De modo algum! Porque Ele disse a Moisés: Farei Misericórdia a quem eu fizer Misericórdia; terei compaixão de quem eu tiver compaixão (Ex 33,19). Dessa forma, a escolha não depende daquele que quer, nem daquele que corre, mas da Misericórdia de Deus’.Não é o teu querer, por favor, seja ‘violento’ com o Senhor, se mostre ardente ao amor do Senhor, pois Ele se dá todo a você. Você pode ter Ele como verdadeiro amigo. Chega de receber Jesus como ‘coisa’. Ele é teu Deus, teu Senhor. Ele não é objeto, É o sacramento do Sacramento.
'Adorar ao Senhor é dar a vida por Ele' Após a Consagração não existe mais pão, é o Corpo de Cristo. Que você seja ‘violento’ com o mistério maior da Igreja. Lutero tentou amenizar as coisas, é como se o vinho fosse mais ou menos presente, com um sangue entrado no vinho. Não, Não existe mais vinho, não existe mais pão. Essa presença persiste até o final da Missa, adorado. O ápice da Igreja é a graça de poder comer Deus. Ajoelhe na Consagração. Dobre realmente seus joelhos, porque é um momento penitencial. Ajoelhar-se é um ato de adoração a Deus. Ele vai tirando esse desânimo, a falta de expressão de adorar a Deus. Adore com violência, não seja morno. Vá ao altar com toda sua alma, todo seu coração, Jesus destrói todo muro que não permite que você se entregue a Ele. É pessoa com pessoa. Deus é quem faz Misericórdia. Cada Missa é o amor de Deus. Falta muito aos católicos a coragem e ‘violência’, determinação de amar e ter Jesus como único Senhor de tua vida, no profundo do teu coração. É difícil ver tantos católicos frios comungando o amigo Jesus. ‘Comungar Jesus é comungar o sacrifício da cruz’, dizia São Tomas de Aquino. Quando você O comunga, o faça para ter o Senhor lá dentro do mais profundo do teu coração. Tua vida tem que ser consumada por Ele. O primeiro desejo do Senhor é que sua vida seja consumada como se fosse o último momento mais belo de tua vida. ‘Tudo quero por Ti. Entregar-me e consumar-me por Jesus. Eu estou em Ti e Tu entras em meu corpo e em meu sangue’. É o que acontece em toda a Missa.
Paixão sempre lembra morte e Ressurreição de Cristo. E não depende de quem quer, mas da Misericórdia de Deus. A Missa é o nosso alimento.E por todo racionalismo, diplomacia onde se perde e tem medo de dizer a verdade para os outros, em nome de um ecumenismo, a Igreja não quer ofender a ninguém, mas quer a Verdade.
'Você deve querer o amigo Jesus todos os dias, ter a necessidade da Missa, do amor Dele'Nós adoramos sim, pela TV, rádio, fotografias, Internet, nesse Território Eucarístico. Que alegria escutar a Deus tão amado, tão anunciado, tão querido e isso exige um ato de violência. A Canção Nova nos faz homens ‘violentos’ para Deus. E em muitas paróquias não podemos adorar, às vezes nem a Missa diária tem mais o ardor missionário. A nossa missão é dar Deus a todos, fazer você ‘violento’ para ter o Corpo e Sangue de Jesus. Quantas vezes as pessoas falam que nas paróquias não podem adorar a Deus assim, mas não existe paróquia que não adore a Deus. Não é opção. Não é piedade popular. É a razão de vida, e não um culto. É o ápice, é a vida da Igreja, é a razão de tua vida, é por causa Dele que você está aqui. Deus de amor, Corpo e Sangue. Esse Deus escondido a quem nós depositamos todo nosso amor, é essa violência que esperamos. Essa violência profunda. Ficar sem comungar um dia deve te trazer muita dor. Você deve querer o amigo Jesus todos os dias, ter a necessidade da Missa, do amor de Deus. Muitas pessoas falam que o rito é o mesmo, que é tudo igual. Isso é satânico. Mentira. A cada dia é um sacrifício novo. Não é a mesma coisa de todos os dias, consulte o seu coração, se não é o teu interior. Na Missa minha vida é consumada com Jesus na Eucaristia. Ele se entrega todinho a você, é seu amigo mesmo, sem limitações. Não se preocupe com seus problemas. Deus é amor e vai ao seu encontro por amor. Ele quer entrar no mais profundo de sua vida. Eu desejo com toda a minha alma que você seja violento com os mistérios do Reino de Deus. ‘Não és tu que me hás de mudar em ti, como os alimentos de tua carne, mas és tu que serás mudado em Mim’ Santo Agostinho. O que Deus quer de você é uma fusão de amor. Coração a coração, pessoa a pessoa. É o amigo que pode entrar nas suas entranhas. E que todos falem: Ele é meu amigo.