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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

SUTIL MANIPULAÇÃO CONTRA A VIDA NA AMÉRICA LATINA



Por Carmen Elena Villa
A América Latina se converteu no território no qual certas ideologias intensificam seus esforços para substituir e alterar os valores fundamentais como a família e o respeito à vida desde sua concepção até sua morte natural, denuncia o sacerdote argentino Juan C. Sanahuja, fundador e diretor do portal virtual Noticias Globales (http://www.noticiasglobales.org/), que promove notícias a favor da vida, denunciando ao mesmo tempo o engano e a manipulação.
O Pe. Sanahuja é jornalista pela Universidade de Navarra, na Espanha, e doutor em Teologia pela mesma instituição. Também é membro correspondente da Pontifícia Academia para a Vida e vice-assessor do Consórcio de Médicos Católicos de Buenos Aires.
Autor de «El desarrollo sustentable. La nueva ética internacional» («O desenvolvimento sustentável. A nova ética internacional»), passando por Roma, ele falou com a Zenit sobre o tema da manipulação contra a vida na América Latina.
– Quais são os fatores, na sua opinião, que foram gerando uma mentalidade antivida na América Latina?
– Juan C. Sanahuja: Além das metas de população antinatalista, que se impõem em alguns países, ou considerações dos Estados Unidos, há três objetos muito claros que devem ser estudados em profundidade.
O primeiro foi o Informe Kissinger de 1974, que diz que não se pode impor o controle de natalidade, mas que é preciso mostrar a cara, falando de direitos de saúde sexual e reprodutiva ao invés de impor metas demográficas. É uma maneira mais sutil e, portanto, mais eficaz para formar nas pessoas a mentalidade antivida.
O segundo é a mudança de padrões culturais dos países do terceiro mundo. Dentro deles está o conceito de religião.
O terceiro são os que foram impostos por políticos nascidos nestes países. Políticos do terceiro mundo que formam uma rede nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Deu-se ao longo destes anos – e vemos que está tendo êxito — uma nova série de políticas em suas universidades para transmiti-las. Isso está mais lento na América Latina porque a Igreja Católica pesa muito e porque muitas igrejas cristãs também difundem a mentalidade a favor da vida. Junto com as catequeses, conferências cristãs souberam defender os valores de uma família.
– Onde esta mentalidade penetrou mais fortemente?
– Juan C. Sanahuja: A mentalidade antivida colonizou o mundo jurídico, os juízes, os advogados e o mundo médico. Daí a oposição que estas pessoas apresentam diante da objeção de consciência plasmada na Conferência sobre a mulher realizada em Pequim em 1995. Não quero dizer que todos os juízes, advogados e médicos estejam colonizados, mas sim uma parte. Eles se declaram contra pontos não-negociáveis que o Papa Bento XVI estabeleceu claramente: a vida humana, a família e direitos dos pais à educação dos filhos.
É uma engenharia social da qual a mídia participa. Mas temos a grande força da verdade. Estas mudanças culturais estão baseadas num cúmulo de mentiras e manipulações.
– Você poderia citar alguns exemplos da manipulação das causas do aborto?
– Juan C. Sanahuja: Na Argentina, por exemplo, está se levando a cabo um debate, porque desde os anos 30 o código penal não penaliza o aborto em caso de morte da mãe e em caso de estupro de uma demente. Agora a pressão é muita para que se ampliem essas causas a todo tipo de estupro e que se inclua também a saúde psíquica. Na Espanha, mais de 90% dos abortos são praticados por motivos psíquicos da mulher. É uma causa muito aberta.
Além dos números amplificados de aborto, dá-se um engano claro com a chamada pílula do dia seguinte, que é abortiva.
– Em que países da América Latina você vê que existe uma maior pressão antivida?
– Juan C. Sanahuja: Vejo sobretudo no México, no Brasil e na Argentina uma pressão muito grande. No Brasil e na Argentina, por parte do governo federal de cada um dos países. No México me parece que a situação é diferente; ultimamente, o governo federal se distanciou; inclusive há dois estados que incluíram o respeito à vida desde sua concepção até sua morte natural. No Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e na Argentina, com o de Cristina Kirchner, ambos estão empenhados em legislar a favor do aborto.
– Quais ideologias existem por trás desta manipulação antivida?
– Juan C. Sanahuja: Ideologia de gênero é um enorme guarda-chuvas onde se inclui o aborto, a anticoncepção, a esterilização da mulher, a homossexualidade. Tudo isso argumentado pela sentença que diz que o sexo biológico com o qual se nasce não importa, a sexualidade se constrói ao longo da vida e cada um faz o que quer com sua vida e seu corpo. Isso vem bem contrastado pela V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, realizada em Aparecida (maio de 2007), que declara como isso provocou modificações legais que «ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família».
– Você crê que a Igreja serviu como muro de contenção para deter a mentalidade antivida na América Latina?
– Juan C. Sanahuja: A raiz cristã serviu como muro de contenção, sim. Mas temos de ser conscientes de que este não é um tema só de questão religiosa. Não matar, o direito de educar aos filhos, a homossexualidade como atitude antinatural, são três questões que pertencem à lei natural que Deus inscreveu no coração do homem. Isso deveria ser evidente em todas as pessoas, sejam crentes ou não. A Igreja anuncia a lei natural, mas devemos levar em conta que estamos defendendo valores naturais e não religiosos.


Última Alteração: 10:44:00
Fonte: Zenit.org Local:Roma (Itália)

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