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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A PESSOA DIVINA DE CRISTO

O Paráclito que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito de Verdade que procede do Pai, dará testemunho de mim" (Jo 15,26).____________________________________________________________
Na maravilhosa Pessoa de NS Jesus Cristo , a natureza humana não se torna divina , nem tampouco a essência divina se torna humana. Cristo possui , sim , duas naturezas , duas vontades e duas inteligências ; unidas , mas imiscíveis. Este erro é muito frequente , porque tudo em Cristo é atribuído à Sua Pessoa divina.
Deus é um ser incriado , indiviso , uno , substância simples , Espírito puro . Soberano , independente , Ser supremo , ilimitado e eterno - possuidor de inteligência e justiça infinitas .
O IV Concílio de Latrão e o I Concílio Vaticano - com base nas Sagradas Escrituras - atribuem a Deus a eternidade.
Deus é amor , é vida e fonte eterna de vida e santidade . Deus é um ser incondicionado , onipotente , onipresente e onisciente , transcendência absoluta . Deus não nasce , nem morre . É um ser perfeito e imutável.
Os seres criados , por definição , não possuem estas características ; portanto , em Cristo , Deus se une ao homem , mas não se torna homem , nem o homem se torna Deus . Em Cristo , o Deus inivisível , incondicionado e eterno , une-Se à natureza humana , corporal , visível e finita , para a redenção da obra da criação . Essa união é eterna , mas a distinção entre o humano e o divino é mantida. Deus não nasce e nem morre . Contudo , há dois mil anos , encarnou-Se para redimir o homem , na Pessoa do Deus Filho -- o Verbo eterno que viveu a paixão , morte e ressurreição , para redenção do homem e para a glória suprema de Deus. __________________________________________
Dogmas católicos sobre a Pessoa Divina de Jesus ___________________________________________
* É dogma que NS Jesus Cristo é Deus e é homem . O Cristo é plenamente Deus e plenamente homem (I Conc. Nicéia )
* É dogma que existem três Pessoas em Deus , não três substâncias , nem três deuses ; mas um Deus e três Pessoas ( I Conc. Nicéia )
*Em Cristo ocorre a união hipostática entre a substância divina e a substância humana. O Cristo possui a mesma natureza divina ( homousios), ele é a inteligência de Deus encarnada , o Logos divino.
* Cristo é o Verbo divino, unindo-se livremente à substância humana e assumindo livremente a paixão redentora.
* É dogma da Igreja que a Virgem Maria é a mãe de Deus , porque , ao nascer , Jesus já possuia as duas naturezas (Cf. Concílio de Éfeso)
* É dogma católico que Deus é o Pai natural de Cristo , porque Jesus não teve nenhum homem como pai.
* Da mesma forma como uniu-se à substância humana , Nosso Senhor Jesus Cristo também decidiu fazer-se presente no pão e no vinho consagrados , na celebração da eucaristia.
* São dogmas a Ressurreição ao terceiro dia , a Segunda Vinda e o Juízo Final , para a conclusão da obra da redenção. _____________________________________________________
Concílios da Igreja e dogmas sobre Jesus Cristo _____________________________________________________
A Santíssima Trindade _______________________________
Em Deus há três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina que é numericamente a mesma - Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216).
Jesus Cristo é Verdadeiro Deus e Filho de Deus por essência -declarado no Símbolo "Quicumque" do Concílio de Toledo (400-447).
Jesus Cristo possui duas naturezas que não se transformam nem se confundem. Afirma o Papa São Leão I Magno (440-461) em sua epístola dogmática de 13 de Junho de 449: "Ficando então a salvo a propriedade de uma e outra natureza... natureza íntegra e perfeita de verdadeiro homem, nasceu Deus Verdadeiro, inteiro no seu, inteiro no nosso" (Dz. 143 ss.)
Também diz o Concílio de Calcedônia (451, IV Ecumênico):" Cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma vontade física e uma própria operação física. "
A heresia que negava a divindade de Cristo era o arianismo , refutada no I Concílio de Nicéia . A heresia que negava a humanidade de Cristo era o monofismo ; o monofisismo e o monotelismo (variação mitigada do monofisismo) foram refutados , respectivamente , nos concílios de Calcedônia e no III de Constantinopla.
Provas da existência das duas vontades de Cristo , nas Sagradas Escrituras:
"Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres..." (Mt 26,39) "Não seja feita Minha vontade, mas sim a Tua..." (Lc 22,42) "Desci do céu para fazer não a Minha vontade, mas sim a vontade de Quem Me enviou..." (Jn. 6,38) "Ninguém Me tira, Eu a doei voluntariamente, tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente..." (Jo 10,18) Verdade também declarada pelo III Concílio de Constantinopla (680-681), sob Santo Agatão (678-681) Jesus Cristo é Filho Natural de Deus Concílio de Trento (1545-1563), na sessão IV de 13 de Janeiro de 1547 (sob Paulo III; 1534-1549). ____________________________________________________________
Essa união do divino no humano é um mistério da fé , porque não plenamente entendida pelos limites da inteligência humana , é uma verdade prefigurada no Livro do Gênesis quando se diz que Deus criou o homem "à sua imagem e semelhança". Está profetizada também no Antigo Testamento , em Isaías com a expressão "Deus Forte" e nas demais referências ao Salvador que nasceria de uma mulher jovem.
Deus se une efetivamente à humanidade na Pessoa do Cristo , que é , toda ela , divina ; apesar das distinção entre a dimensão natural e a dimensão divina. Cristo se subordina a Deus e isso expressa essa distinção . Cristo, na obra da mediação , age de conformidade com as suas duas naturezas , fazendo cada natureza o que lhe é próprio. Porém, devido à unidade da pessoa, o que é próprio de uma natureza é , às vezes , na Escritura, atribuído à pessoa denominada pela outra natureza ( João 10:17-l8; I Ped. 3:18; Heb. 9:14; At. 20:28; João3:13 )
Tudo que NS Jesus Cristo é , e tudo o que faz , se atribui à Sua Pessoa que é divina. Como homem , Cristo viveu e sentiu com todas as restrições experimentadas pelos homens. Mas em sua Pessoa , o divino sempre esteve presente e unido à dimensão humana . Após a sua morte , ao subir , em definitivo , ao céu , Cristo assumiu a forma corpórea gloriosa. Todos os homens justificados pelo Cristo, serão ressuscitados em um corpo glorioso no fim dos tempos .
Quando esteve presente entre os homens , na forma humana , o Deus Filho nunca deixou de estar no céu. E nunca deixou de ser onipresente . O Cristo é o 'arché' , o princípio através do qual tudo foi feito e que sustenta a realidade criada. O Cristo é a inteligência divina , a sabedoria divina.
Deus conhece toda a realidade criada , e está igualmente presente por toda a parte. Decidiu , livreamente , unir-Se ao homem para regenerar a realidade criada ; para expressar Seu amor pelas criaturas e para a Sua Glória. O Deus Filho é , portanto, o modo como Deus conhece a Si próprio e conhece a realidade criada.
As limitações da natureza humana de Cristo , nos seus tempos da carne , não diminuiram ou limitaram , em nada , os Seus atributos divinos. Deus quis unir-se ao Homem , em Cristo , porque decidiu , soberanamente , fazê-lo . Em Deus , nada é imposto como necessário , exceto a Sua Vontade e o Seu Amor por Si mesmo .
Em Cristo , mesmo na paixão e morte , Deus foi glorificado , porque essa paixão foi assumida voluntariamente pelo Deus Filho , para o cumprimento da Sua missão. A missão de derramar seu sangue perfeito para derrotar o pecado e a morte, definitivamente. ____________________________________________________________
TRINDADE IMANENTE (AD INTRA ) E ECONÔMICA ( AD EXTRA ) ____________________________________________________________
Ao discutir a doutrina da Santíssima Trindade, temos que distinguir o que é doutrinariamente conhecido como Trindade imanente e Trindade econômica , ou Trindade "ad intra" , e Trindade "ad extra" , respectivamente. A existência da Trindade imanente não implica em divisões , evolução , ou em algum tipo de fenômeno de causação no interior da divindade. Deus é sempre uno e indiviso , absoluto e incontrastável . Não possui causa externa a Ele.
A patrística distingue entre a "Theologia" e a "Oikonomia"; sendo o primeiro termo o mistério da vida íntima da Trindade , e o segundo as obras de Deus através das quais Ele Se revela e comunica a Sua vida. É através da "Oikonomia" que nos é revelada a "Theologia"; mas, é a "Theologia", que ilumina toda a "Oikonomia". As obras de Deus revelam quem Ele é em Si mesmo; e inversamente, o mistério do seu Ser ilumina a compreensão de suas obras. __________________________________________________________
Processão intelectiva e volitiva __________________________________
O Deus Filho é assim a processão intelectiva , o modo como Deus se conhece ; o Deus Espírito Santo é a processão volitiva , o modo como Deus se Ama e quer a Si próprio.
O Deus Filho procede do Deus Pai , o Deus Espírito-Santo procede do Deus Pai e do Deus Filho , sendo adorado com igual glória. Somente o Deus Pai não procede de ninguém.
Não há distinção entre as Pessoas divinas que desejam enviar o Espírito Santo . A Expiração é comum ao Deus Pai e ao Deus Filho , por essa razão , o Espírito Santo procede de ambos .
As Pessoas do Pai (Deus que conhece) e do Filho (Deus conhecido) estabelecem-se na relação de processão intelectiva ; as Pessoas de Deus (Deus que ama) e do Espírito Santo (Deus amado) constituem uma relação de volição , trata-se do amor de Deus por Ele mesmo .
Em cada Pessoa da Trindade , as outras duas estão presentes e assim está presente Deus , em Sua totalidade.
Em Deus não existe o tempo e o espaço -- um antes e um depois . Não há um momento em que Deus começa a Se conhecer , nem um momento em que começa a Se amar . Tudo ocorre simultaneamente . Apenas é feita a distinção em termos de relação real , porque desse modo foi revelado por Cristo , como carcaterística imanente da natureza divina . Deus é um ser racional e deseja , dessa forma , Se fazer conhecer aos homens. ______________________________________________
'Proceder' não é sinônimo de criar ou de causar , as Três Pessoas não são criadas , nem causadas ; procedem , eternamente , em Deus. A Santíssima Trindade 'ad extra' expressa o modo como Deus se manifesta no mundo. _________________________________________________________
As Obras feitas pelas Pessoas da Trindade _________________________________________________________
Existem três obras, que são atribuídas à Trindade ; a criação, a redenção e a santificação.
Ao Deus Pai atribui-se a obra da criação. Ao Deus Filho atribui-se a obra da redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza humana, assumindo a culpa do seu pecado, para resgatar a todos da morte , de modo sacrificial. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de regeneração e de santificação,na ministração dos sacramentos. A redenção é um assunto da graça divina , planejada antes da fundação do mundo , apresentada na forma de um pacto (de livre aceitação). É uma ação que envolve toda a Pessoa da Trindade , expressão da misericórdia infinita de Deus pelos homens.
O Deus Filho encarnou na forma humana , Ele salva e julga os homens; o Espírito Santo foi enviado em Pentecostes , Ele guia , auxilia , e defende a Igreja , contra o erro. Espírito Santo que atua em todos os sacramentos , transmitindo a graça santificante. O Espírito Santo passa a habitar com o homem após o recebimento do batismo ; batismo que apagou a culpa original , a culpa de Adão , que fechou o céu aos homens .
Com o recebimento da graça justificadora do batismo , passamos a integrar a família divina. Aptos a fazer as obras de valor sobrenatural.
Em todas as suas ações , Deus atua como uma unidade , ou seja , ainda que se atribua uma obra específica a uma das Pessoas da Trindade , todas as três Pessoas atuam conjuntamente , em substância.
A Santíssima Trindade foi uma revelação feita aos homens pelo Cristo , antes da vinda de Jesus essa verdade não era conhecida. Trata-se de um mistério da fé ; mistério em que nosso entendimento não pode , plenamente , penetrar ; mas que deve reverenciar. No fim dos tempos a revelação sobre a Trindade será completa. __________________________________________
SOBRE A SANTÍSSIMA TRINDADE__________________________________________
Disse São Tomas de Aquino:
"Quando falamos de Santíssima Trindade, temos que fugir dos erros opostos e caminhar com precaução entre ambos: Um é o de Ario, que afirma a trindade de substâncias com a trindade de pessoas ; e o outro o de Sabelio, que afirma a unidade de pessoas com a unidade de essência.
Para não cair no erro de Ario, é necessário que ao falar de Deus nos guardemos de usar os vocábulos "diversidade" e "diferença", por temor de alterar o conceito da unidade de essência, bem que para expressar a oposição relativa podemos empregar a palavra "distinção". Por isso, quando em qualquer escrito ortodoxo falemos as palavras diversidade ou diferença das Pessoas, devemos entender distinção. Do próprio modo, si se quer não alterar o conceito da simplicidade divina, devemos guardarmos de usar as palavras "separação" e "divisão", as quais significam divisão de um todo em diversas partes. Assim também, para não alterar o conceito da igualdade das pessoas divinas, devemos evitar a palavra "disparidade"; e por último para não alterar o conceito da semelhança entre as mesmas pessoas, não podemos dizer de nenhumas que seja dessemelhante e estranha a outra, porque, como disse Santo Ambrósio (De Fide, lib. II), entre o Padre e o Filho nada tem que seja dessemelhante, pois neles tem uma mesma e só divindade. Ao qual acrescenta Santo Hilário, que em Deus nada tem de separável. (De Trinitate, VII).
Enquanto ao erro de Salesio, para não cair nele, devemos abstermos de empregar a palavra "singular", por ser oposta ao conceito da comunicabilidade da essência divina. Porque como disse Santo Hilário em seu mesmo citado livro: Chamar Deus singular ao Padre e ao Filho, é um sacrilégio. Pela mesma razão não devemos tampouco usar a palavra "único", se não queremos adulterar o conceito de pluralidade de pessoas, pois, como disse também Santo Hilário, em Deus cabe a singularidade nem o sentido que implica a palavra "único". Dizemos certamente Filho único, por quanto, em efeito, Deus não tem vários; mas está mal dito Deus único, por quanto, a divindade é comum à várias pessoas. Tampouco devemos usar a palavra "confundido" por não tergiversar a ordem da processão das pessoas divinas, pois como disse Santo Ambrósio: O que é uno, não é confuso, assim como também tampouco é múltiplo ou que não contém diferença alguma. Evidente também, por último a palavra "solitário" , como oposta ao conceito da união entre as pessoas divinas, porque como disse Santo Hilário (IV, De Trinit.): O Deus à quem adorar devemos, não é um Deus solitário nem um Deus em quem se ache fale diversidade alguma."(Sum. Theol., I, q. XXXI, 2)."______________________________________________________
Autor: Prof Everton Jobim

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