FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ANTES QUE SEJA TARDE


Um dia assisti a um filme chamado "A ONDA" que se passava em uma pacata escola secundária americana. A história contava um caso real: certo dia, em uma aula de História, um aluno demonstrou sua perplexidade com a falta de reação da população alemã no que concerne aos verdadeiros absurdos praticados naquele e país que culminaram com a morte de milhares de pessoas antes e durante a segunda grande guerra. O professor , então, a título de exemplo, propõe um exercício de estremo rigor e ordem aos seus alunos, oferece um nome ao grupo, no caso " A Onda", elege para líderes 2 ou 3 alunos obscuros e cria "princípios elevados" mais formais que materiais para rígida obediência do grupo. Em alguns dias, o monstro criou pernas e andou por conta própria: os chefes logo se tornaram corruptos e arrogantes, os alunos que se recusavam a participar eram hostilizados e até agredidos, o próprio grupo elegeu "inimigos" contra quem lutar, a maioria silenciosa calava diante dos absurdos por medo, etc. Em duas semanas o cenário para o terror estava pronto. Não serei estraga-prazeres e contarei o final do filme, basta dizer que a história ilustra com precisão a resposta que o aluno pedia ao professor. Todos foram vendo acontecer e silenciando, até um dia em que já não adiantava mais falar. O monstro vivia! Lembra-me um poema de Maiakovski:
"Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta e, porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."
Curioso ponto de reflexão é o fato de que os regimes de exceção sempre encontram no homem medíocre o seu mais fiel e ferrenho defensor. A razão é que, numa Democracia ao sabor da liberdade, essas nulidades desaparecem, sucumbem no pântano lodoso de sua própria incompetência. Florescem na mentira como lírios nefastos. Talvez daqui a alguns anos nossos netos perguntem como foi possível deixarmos tudo o que se avizinha acontecer. Não víamos? Não percebíamos? Como era possível? Bem, nosso extremo egoísmo nos conduz sempre a um não-envolvimento a uma postura de discreto ou ostensivo afastamento desses sectários agressivos com que vez por outra temos o desprazer de cruzar. E eles são, de certa forma, fáceis de reconhecer, pois seguem um padrão possível de descrever: estão sempre "envolvidos" em algum movimento ou ação, sempre trabalham empenhadamente pelas causas que os abraçam, são limpos, perfeccionistas, articulados e muito verbais, adoram ordem e respeitam cegamente a autoridade. Como muita gente de bem, os ativistas da paz, os ecologistas, os homens de fé, também se encaixam em muitas dessas características, exceção feita ao "respeito cego" , há sempre o risco de não distinguirmos o joio do trigo. Há, no entanto, uma característica, além da já mencionada, que os separa como um muro: os frutos que de cada um se colhe, os meios de atingir o fim de cada um, a negação violência por parte dos trigos e o seu absoluto respeito ao direito alheio. O joio pode ser nosso filho, nosso chefe, nossa amiga, nosso conhecido. Ele é o normal que agride! Ele, em condições normais, vaga pela vida sob discretos modos, mas, se o mal o arrebanha, se algum poder lhe chega às mãos, pode revelar-se um tirano sanguinário. Após os sinistros atentados em Nova York e Washington, a Internet foi bombardeada por textos, piadas, análises, orações, etc Uma delas que me chegou às mãos, deixou-me perplexo, em especial porque o rapaz dizia-se inspirado pelo Espírito Santo! Leiamos o que recebi:
"Agora entro no assunto ao qual o Espírito Santo nos mostrou: Será que o que estamos fazendo tem agradado ao Senhor Jesus?? Nós, realmente estamos dando o nosso melhor na obra de Deus?? Será que semelhantemente aos terroristas daríamos a própria vida por uma causa, causa esta o Senhor Jesus e a propagação do Seu evangelho?? A palavra de Deus nos adverte: "Assim também vós, quando fizerdes tudo o que foi mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer." (Lucas 17:10)."
Tudo indica que o autor dessa inominável blasfêmia seja , na verdade, um rapaz sereno, que tenta ser um bom cristão com honestidade, que acredita mesmo que essas palavras diabólicas poderiam sair de outra boca que não a do Mal. Na sua boa-fé, quem o arrebanhou? A julgar por esse fruto, certamente um mal pastor. Curioso é que o e-mail vinha endereçado a várias pessoas e apenas uma moça além de mim parece ter atentado para o absurdo. As demais, se realmente leram, nada viram digno de nota. O mal prolifera assim exatamente, na indiferença dos homens de bem. Esquecemos a prática cristã dos primeiros tempos da admoestação. Tenho uma amiga especialmente querida que mantém um site católico na rede, recentemente, li um artigo em sua página sobre Homossexualismo que me pareceu mal pensado quanto a seus efeitos, disse-lhe com sinceridade e ela prontamente concordou e retirou o texto da página. A sincera busca da verdade suplantou a vaidade de estar certa acima de discussões. Espero que, se um dia receber uma crítica a algo publicado neste site, possa agir com a mesma grandeza que ela teve. Precisamos estar atentos aos nossos irmãos, filhos, amigos, conhecidos, antes que seja tarde. Precisamos olhar para eles com carinho antes que o mal os arrebanhe para seus intentos. Às vezes, querem apenas atenção e servem a quem lhes conceder esse pouco que pedem. Além disso, sim, admoestemo-nos com carinho e brandura, aquela que eu talvez não tenha tido com o autor daquela reflexão que achou poder extrair algo de bom da barbárie inominável que vitimou os Estados Unidos. Olhemo-nos com carinho e atenção, prestemos a atenção uns nos outros, sejamos discípulos e mestres uns dos outros alternadamente. Os jovens homens-bomba que abalaram o mundo, segundo algumas reportagens de televisão nem eram realmente homens que se distinguiam por sua fé, parece que sua motivação primeira é o prestígio social que essa coragem monstruosa alcança em sua sociedade. Queriam mais a aprovação de seus semelhantes que de Deus. É bem possível que sim! Penso que essa disposição de ir ao extremo não seja nenhuma predisposição genética dos árabes, mas uma triste característica do gênero humano em sua drástica fraqueza e eterna busca de carinho, prestígio e reconhecimento. Podemos prestar um grande serviço a Deus dando esse pouco a nossos irmãos, antes que seja tarde e os agentes do Mal se adiantem.

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